terça-feira, 26 de agosto de 2014

A INQUISIÇÃO NO BRASIL

Essa grande nação, marcada pelo Cruzeiro do Sul, simbolizando a redenção de um povo na sua feição de sensibilidade cristã, ouvirá o grito do Rei dos reis em seu berço esplêndido, como argumenta seu hino, para explodir em luzes na hora decisiva do concerto das nações. Categorizada pelo Cristo para ser a remanescente das nações e como a primeira em dar exemplo de fraternidade, abrirá seus vigorosos braços para acolher pessoas de todas as procedências - será a mãe e o pai a abrirem as portas para os filhos pródigos. A derradeira catástrofe de feição coletiva através de mudança de clima, de deslocamento das águas e de reforma dos homens respeitará, de certa forma, este país que nada tem a ver com as dívidas do velho mundo e que servirá de hospital para recolher aqueles enfermos que poderão se recuperar, pela altura de suas aspirações, pelo amadurecimento de suas qualidades. O Brasil vai amparar os que sobrarem das contorções geológicas, do difícil parto da Terra, do qual nascerá um sol que dissipará todas as trevas. O Brasil vai refletir a sua luz em todo o globo, porque aos outros deve todas as experiências que acumulou através dos séculos. Francisco de Assis e os seus colaboradores trabalham ativamente nos céus do Brasil, para que este cumpra o seu dever. Recorda o que o Mestre disse a João no Seu apostolado: Importa que você fique até que eu volte.

O Cristo voltará para liberar as consciências ativamente preparadas para herdar o reino da Terra e viverem na plenitude do Amor.

A escravidão, no Brasil, foi a Inquisição já aliviada, que sobrou para a vigilância dessa nação, para que ela desse o exemplo de que todos têm o direito de liberdade, mostrando que todos somos filhos da mesma massa e herdeiros do mesmo Pai Celestial. O exemplo foi fecundo, pois muitos escravos, em cujo sangue e epiderme vinha a marca de sua procedência africana, uma vez livres, continuavam querendo ser escravos, por gostarem dos donos de engenho, porque mesmo nas senzalas eram bem tratados, o que dificilmente acontecia nos outros países. Muitos se sentiam felizes, mesmo quando experimentavam nos lombos ressequidos pelo sol, a tala de couro cm. Dentre eles havia muitos Espíritos que vieram do alto escalão terreno e que logo aprenderam a lição de humildade, no corpo de um preto velho ou de uma ama de leite.

Os homens falam muito em Deus. Habituaram-se a repetir o Seu nome em vão, sem, todavia, crerem verdadeiramente n'Ele. O Senhor, em Sua onisciência. Não esquematizaria a Terra, planejaria os fatos e estruturaria a evolução dos homens e das coisas, sem um objetivo maior. O cumprimento das profecias, em relação a Deus, é ilusão passageira, fogo fátuo de pouca importância. Todavia, para nós outros, o fim dos tempos nos perturba e comove, por termos de passar por provas que deverão atingir as últimas fibras do nosso equilíbrio. As palavras do Livro Santo assim se expressam: "Os justos viverão pela fé". Justos são aqueles que incrementam todos os dias os trabalhos de disciplina íntima, que estimulam a caridade e que exercitam o Amor, procurando universalizar os seus sentimentos. Nesse clima, a criatura sairá da opressão dos acontecimentos e, mesmo na Terra, respirará o ambiente do céu.

Bombas de hidrogênio e outros engenhos de guerra nada significam em se falando da lei e da vontade do Criador. O planeta continuará na sua órbita após os acontecimentos, mais serenado e evoluído, mais arejado e pacífico. O Brasil foi escolhido como terapia divina para os que sobreviverem à borrasca. O vendaval irá limpar as escórias humanas, para que o verdadeiro Amor encontre guarida nos corações que herdarem o mundo.

Porém, a premissa de que nada se perderá, tudo se transformará para melhor, é infalível.

O medo que avassala os homens é oriundo da ignorância da bondade e misericórdia da Suprema Inteligência.

Quando os desbravadores dos mares chegaram à Terra hoje conhecida como Brasil, Francisco de Assis já tinha vindo à frente, em companhia do Divino Mestre, o que foi constatado por certos índios dotados de vidência, que tiveram a graça de observar na primeira missa celebrada nas Terras de Santa Cruz, a presença de ambos. Certamente não viram somente os dois. Mestre e discípulo, mas uma falange de obreiros dirigidos por Jesus de Nazaré.

Estas terras estão marcadas para uma grande dinâmica espiritual, que vem se preparando pelos processos do tempo, e pelas mãos dos próprios homens, sob inspiração dos céus. Ninguém tira do destino deste país o que lhe foi dado pela vontade de Deus.
Estamos para chegar ao fechamento de um ciclo espiritual, onde se processará uma seleção rigorosa de almas, pela lei de justiça, senão de Amor, para que o Amor puro se converta em felicidade para os homens, que souberam viver e amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo.

Há, na pátria brasileira, regiões já em preparo, sem que os próprios dirigentes saibam da sua verdadeira finalidade. Essa vastidão de terras desabitadas recolherá, mercê de Deus, os desprovidos de pátria, remanescentes da revolução geológica e dos impositivos cármicos. O medo será o combustível para que eles se refugiem neste grande lar, que eles ajudarão a elevar no esplendor do concerto das nações. As suas experiências se confundirão com as já catalogadas na consciência deste povo ordeiro e benevolente.

As convulsões geológicas, as eclosões atômicas de águas e a transferência em massa dos homens, tudo, em comparação com a grandeza de Deus, é menor do que o despejar de um copo d'água sobre um viras.

Se pudesses observar, com nossa ótica, bilhões de vidas em plena batalha num pingo d'água... São processos evolutivos que obedecem a determinadas leis universais, feitas pela Inteligência Maior, soberana do Universo.

Brasil, és tu o esplendor de todas as esperanças! Que Deus te abençoe hoje e eternamente!

Confiemos, que ninguém se perderá no grande rebanho entregue ao Cristo. Ele está no leme dos nossos destinos!

Livro: FRANCISCO DE ASSIS – João Nunes Maia (Miramez)


sábado, 23 de agosto de 2014

JOÃO BATISTA

Foi a influência de Elias que levou João a adotar os seus métodos de ataque direto e áspero aos pecados e vícios dos seus contemporâneos. Ele procurou vestir-se como Elias, e esforçava-se para falar como Elias; em todos os aspectos externos ele era como o profeta de outrora. (LIVRO DE URANTIA – PARTE IV: A VIDA E OS ENSINAMENTOS DE JESUS)

Ele vestia-se como o Elias de outrora, e fulminava as suas repreensões e dardejava as suas advertências com o “espírito e o poder de Elias”. . (LIVRO DE URANTIA – PARTE IV: A VIDA E OS ENSINAMENTOS DE JESUS)

Quando entrei no meio dos regentes dos eons, olhei para baixo, para o mundo da humanidade, por ordem do Primeiro Mistério. Descobri Isabel, a mãe de João, o Batista, antes de ela tê-lo concebido, e semeei nela um poder que eu havia recebido do pequeno Iaô, o Bom, que está no Meio, para que ele pudesse fazer proclamações antes de mim, preparar o meu caminho e batizar com a água do perdão dos pecados. Este poder está, então, no corpo de João. (O PRIMEIRO LIVRO DE PISTIS SOFIA)

Além disso, em lugar da alma dos regentes que ele deveria receber, encontrei a alma do profeta Elias nos eons da esfera; e levei-a daquele lugar. Tomei sua alma e levei-a à Virgem da Luz, e ela transferiu-a aos seus recebedores. Eles levaram-na à esfera dos regentes e lançaram-na no útero de Isabel. Assim o poder do pequeno Iaô, que está no Meio, e a alma do profeta Elias foram confinados no corpo de João, o Batista. Por esta razão, então, estáveis em dúvida anteriormente, quando vos disse: 'João falou: eu não sou o Cristo.' E vós dissestes: 'Está na escritura: Quando o Cristo vier, Elias virá antes dele e preparará o seu caminho’. (O PRIMEIRO LIVRO DE PISTIS SOFIA)


Mas quando me dissestes isto, respondi-vos: 'Elias realmente veio e já preparou todas as coisas, como está escrito, e fizeram com ele o que quiseram’. E quando soube que vós não havíeis compreendido que eu vos havia falado a respeito da alma de Elias, que está confinada em João, o Batista, respondi, falando abertamente, face a face: 'Se quiserdes aceitar João, o Batista, ele é Elias, sobre quem eu disse que viria’.” (O PRIMEIRO LIVRO DE PISTIS SOFIA)