Não sou umbandista, mas não há quem pratique o espiritismo sem que, numa ou outra oportunidade, se depare com entidades ou médiuns desta linha. A linha maior espiritual da umbanda são os Exus. São considerados Exus todas as pessoas que, depois de mortas, não têm conhecimentos provindos do catolicismo e da Bíblia. As entidades da umbanda, básicas no seu misticismo, têm todas elas ligações com a igreja e a religião católica e com Jesus, mas também na sua versão católica.
A mitologia da umbanda começa com Iansã, que é memorizada por Santa Terezinha do Menino Jesus ou Santa Bárbara da Igreja católica. A cor desta entidade é o amarelo das águas, já que o planeta é na sua maior parte água. Os Exus se proporcionam nos seus caracteres ligados à água, limpa, corrente, parada etc.. Exu é uma palavra que aos leigos soa a ofensa, porém ela indica exatamente isso, um leigo, uma entidade de um leigo em desenvolvimento e pobre de conhecimentos. Na prática, todos os que rodeiam estes centros de espiritismo também o são.
Iansã, também, é considerada mãe das pessoas viradas para o mal e que se ligam às águas assombradas. Mas esta também vem virada protegida por Oxós que, na igreja, visualiza-se com São Sebastião.
Oxós é o pai das entidades da mata, e que saídas das águas se desenvolveram na mata, ligadas à natureza, como dos níveis superiores que operam, no campo da construção ou no campo da medicina ou da cura, das legislações etc..
Da união destas duas entidades, nasceu Iemanjá, sua cor é o azul e na mitologia católica, se configura com a mãe de Jesus. A Senhora elevada à mãe dos aflitos da terra. Iemanjá era uma mulher sozinha, mas do casamento do Céu com a Terra, nasceu Ogum que se casou com Iemanjá.
Ogum, na mitologia católica, vem memorizado como São Jorge e de Ogum vêm as chuvas, o verão, o inverno, outono primavera etc.. Do casamento de Ogum com Iemanjá, nasceram entidades para cuidar de tudo, dos trovões, das rotações da Terra, da alimentação, das raças, plantios, etc..
Ainda há a linha mitológica dos Exus femininos, as entidades de cabeça que comandam as Pombas-gira, como Calunga, Maria Padilha e a Rainha. Os Exus mirins da água do mar, o Povo das Águas, os marinheiros. Os caboclos das águas, da terra, das matas e do ar, os Oxossis, caboclos boiadeiros.
Pai Oxalá - Sem ele não haveria manifestação, pois este é o Verbo Encarnado - O Médium de Deus - Jesus Cristo - O Filho de Deus da mitologia Católica.
Babalaô - Entidade de nível superior que acompanha os "Pais de Santo" ou Mães de Santo, normalmente são médiuns e donos do centro espírita de umbanda.
E qualquer um que queira conhecer meticulosamente os pormenores desta linha espiritual deve recorrer a livros específicos, pois é bastante complexa e é uma religião estruturada como tal, muitos são católicos que através dos centros da Umbanda procuram ajuda dos espíritos para melhorar os seus negócios ou achar empregos. Então, nada mais normal que, ao tornarem-se espíritos, passem a fazer parte desta linha, pois em vida já não iam lá? E ainda é lá que serão julgados pelas infrações contra sua religião que cometeram quando vivos. Pois esta não é uma necessidade do homem e nem do seu espírito, mas já que a criou, fique com ela. E a mesma coisa se diga com todas as linhas de espiritismo. Isto é um anacronismo? Por quê? Pois já vimos que a umbanda nasceu em São Paulo , em 1906. O kardecismo nasceu em 1864, na França, e, antes disso, não existiam, e as pessoas não morriam, tornando-se entidades ou espíritos como agora? E nos países onde não há o espiritismo, como fazem?
Eu classificaria o espiritismo tradicional, que, como um todo, é misturado com o mediunismo, como um problema, pois trabalhando na sua base com a fotografia e a terapia da aura, vejo o problema em muitas pessoas. Posto que a atuação seja à base do mediunismo, esta é cármica e provoca extra-sensações e faculta a recuperação só quando o atuado opera para resolver os problemas dos seus cobradores. Entretanto, pela falta de humildade, se condiciona a ser mais do que é, descumprindo esta possibilidade, põe-se no carma dos outros que também lhes transmitem a falta de capacidade de aceitar os preceitos, as Leis da Natureza e os Decretos da Lei de Deus, que dizem: "O ser dimensional, ao reencarnar, é posto num lugar da casta social humana em função dos seus méritos ou deméritos das vidas anteriores, de onde sairá para melhorar ou piorar, em função das suas atuações na vida". Onde o preceito moral é o carma, que prende a vida, determinando a sua qualidade, na morte, na reencarnação, nos fatos da vida, etc.. Na base da lei das consequências, da causa e efeito, em que, para cada ação corresponde uma reação, haverá conseqüências positivas ou negativas, ativando-se ou neutralizando-se, até que o carma seja neutralizado e ele se cumprirá: "até o cumprimento do último jota", - foi dito.
Todo o tipo de violência ou desrespeito, a começar do próprio meio de vivência, dos pais, aos próximos, gera carma negativo a ser compensado ponto a ponto, ou com atos que gerem carma bom que neutralize o carma ruim. Qualquer ação que venha a implicar com a emoção do próximo, que passe o nosso direito, que ofenda ou prejudique, é dívida a ser compensada, do mesmo modo que o nosso direito termina exatamente, onde começa o alheio. Revidar a ofensa é nosso direito? É, mas como saber que não é um acerto de contas? Na dúvida, perdoa. Não revides. A vingança é minha: é dito. Oferecer o outro lado da face. Quem é isento de pecado, atire a primeira pedra. Entregar a Deus as nossas contas, no "Seja feita a Vossa vontade assim na terra como no Céu". E no momento da nossa morte, procurar o "encanto" o "nirvana", isolar-se de tudo, aproveitando o momento, a oportunidade para descansar e preparar-se para novas lutas e novas provas da vida futura, que virá no momento certo, pois são regras a respeitar e aprender.
Nada de manter animosidade, ódio, cobranças e desapontamentos. Confiar na justiça de Deus, e nada de querer conferir, porque aí é que o espírito se confunde. Nada de querer reparar erros cometidos aqui, do plano espiritual, pois aqui se faz e aqui se paga. É perdoar para sermos perdoados e aprontar-se para viver conforme temos merecido na vida, que se encontrou na lei do retorno, quando vier à hora.
Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus: a regra da vida para estar em paz com o mundo e com Deus. Amar a Deus acima de tudo e ao teu próximo como a ti mesmo. Fazer aos outros, o que gostaríamos que os outros nos fizessem. São regras de ouro para uma vida sadia.
Amar a Deus, dar a Deus o que é de Deus. Isso significa aceitar a Sua justiça e os ensinos dos Mestres indicados, que mostram como abrir e fechar o dia, e viver o dia e a noite, curtindo as possibilidades que cada um tem de descobrir as maravilhas criadas por Ele, descobrindo e apreciando a beleza que todos têm em volta, que é a Sua criação.
E aqui vou pedir emprestadas as palavras de Jesus, no livro A VIDA DE JESUS DITADA POR ELE MESMO, que diz: "Não é orar repetir palavras com o corpo curvado para a terra e o semblante coberto pela máscara da devoção e da humildade.", (terços, orações marianas, etc.). "O que muito ama, já orou, o que deseja o bem de seus semelhantes já orou também, e o que faz propósito firme de não pecar dominando a natureza da carne, o egoísmo e todas as baixas paixões, esse bateu, e abrir-se-lhe-á, esse pediu, e dar-se-lhe-á. Pedi e fazei para resgatar-vos, assim com a alma, elevando o espírito a Deus pela sinceridade de vossos propósitos e pelo amor que deverá reinar em vossos corações, assim também tereis orado como eu vos ensinei". - (do livro "OS PONTEIROS DIRECIONADOS AO CÉU III" - das Legiões Litáuricas).
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