terça-feira, 3 de junho de 2014

SOBREVIVENDO NO INFERNO...

Certamente é uma frase forte, que emociona e leva a pensar, mas tem a ver com a voz da favela, um conjunto da música moderna, porém lendo essa frase na camiseta de um jovem que passou por mim, comecei a pensar no assunto. Pensava a minha moda, e passavam na minha mente imagens vistas nos filmes com as filas de expulsos e despejados pelos bombardeios nas guerras do Laos, do Vietnam, da Bósnia, até os guetos da África do Sul e Quênia, de onde as pessoas fugiam procurando refugiar-se num lugar melhor, onde certamente cabia essa frase, pois tentavam sobreviver no inferno. E ainda me lembrava da guerra de Israel e palestinos, que a televisão mostra nos seus noticiários, pois o mundo ainda oferece sempre, bastante disso.
Aquele jovem não era nada disso que queria evidenciar na camiseta, mas infelizmente a situação de muitos lugares do mundo é difícil, e a vida nas favelas brasileiras também é, e essas pessoas estão aí para lembrar que ainda há pessoas que tentam sobreviver no inferno. Eu não conheço diretamente, mas acompanho as notícias, que não faltam nos jornais e na televisão, e ainda há sempre outros casos que nos chamam a atenção, por exemplo: na revista semanal “ISTO É” da páscoa 2001, havia uma matéria sobre idosos que vale apena comentar. Dizia que o Brasil precisa escutar a professora Maria Auxiliadora Coelho, professora titular de nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela entrevistou 475 idosos, em 13 asilos cariocas, conveniados com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.
O objetivo de Maria Auxiliadora era recolher dados sobre a alimentação dos internados. Outra realidade estarrecedora desviou sua atenção a ponto de mobilizá-la a relatar a sua experiência em um livro: 65% dos idosos nunca receberam um telefonema sequer e 41% deles nunca foram visitados pelos familiares. “Há muitos idosos que só conhecem os netos pelas fotografias. E esses netos, muitas vezes, não sabem que os avós estão num asilo”.
ISTO É perguntou: Quais são as situações mais dramáticas? Maria Auxiliadora responde: Vi velhinhos que entraram no asilo andando e caíram, por falta de corrimãos, ficando paralíticos. Não há cadeiras de rodas. Nunca vi tantos descaso e sofrimento humano como nos asilos do Rio.
Precisaria dizer mais (?), o quê? Já estamos na matéria do sobreviver no inferno, então, se não é inferno, é sala de espera.
Li outra frase também, essa estava colada. Um adesivo brilhante, colado no vidro de um carro, na minha frente, na rua lia uma frase que também me levou a pensar, dizia: “Sou feliz por ser católico”, pois isso é o ponto da questão. Pois todas as religiões inventadas pelos homens são a causa dessas situações de que falei, mas o catolicismo é aquela que gerou todo o atraso, pois é aí o abuso que o homem cometeu na Itália sobre a religião, de onde hoje temos as consequências, pois tudo nasceu dessa falta de moral, nasceu o erro, nasceu o egoísmo das pessoas que adoram a cruz e desrespeitam o próximo, e desse desamor, nasceram todas as situações iguais. Enfim, pela falta de uma verdadeira religião, o mundo foi condicionado.
As religiões são feitas de frases bobas que as pessoas não entendem bem, mas se exaltam, pois o sujeito do adesivo não sabe, mas sendo católico em vida, deve-se preparar para sobreviver no inferno depois. Pois é o que o espera ao terminar a sua vida aqui. Católicos, evangélicos, mulçumanos, hebreus, etc., todos os que se juntam para rezar e participam dos cultos do deus dos padres, pastores, rabinos, ou das mesquitas, não sabem, mas contrariam assim o primeiro mandamento mosaico que vale até hoje, em que se inclui ainda, o sincretismo das práticas do espiritismo.
Há continuação da vida e os que morrem nos tiroteios, nas guerras, nos bombardeios, até reencarnam rápido, porque são inocentes. E os trapaceiros, os assassinos e os que têm muitos inimigos no astral também, pois é para não infernizar mais essas dimensões astrais, que já são um inferno, já pelo nível de degradação em que se encontram, pois os levam a reencarnar rápido, para que sejam perseguidos aqui, pela lei de Talião, e não lá. E os que ficam por lá, são os que não observaram o primeiro mandamento em vida, os que prejudicaram o meio ambiente e não respeitando a natureza, destruíram o seu futuro e lá, fazem a triagem, se preparam para reencarnar nas favelas e locais que eles mesmos prepararam em vidas anteriores. E nos tempos atuais, está sendo realizada uma grande seleção, muitos irão para outros lugares do espaço, onde eles sempre encontrarão a sua favela. No momento, então, nessas dimensões há muito alvoroço, pois o Juízo está correndo e os espíritos são convocados aos seus destinos.
Luigi
13/05/2001
Do livro: RECORTES LITÁURICOS – Legiões Litáuricas

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