Muitos
confundem a caridade com a esmola, mas há diferença. O sublime da caridade é
aquilo que se encontra nesta prática, quando são procurados, em si própria, os
recursos fundamentais para praticá-la. Ao realizar uma intenção generosa de
caridade aciona-se a própria força e a própria inteligência, em resumo, os
recursos do próprio talento.
Entretanto
há um contexto complexo porque a caridade é uma forma de viver participando nos
acertos da justiça, em tudo que acontece no dia a dia, onde se procura corrigir
sempre o vício, a vagabundagem, a falta de responsabilidade, o ócio, a
ignorância, a violência em todas estas formas, a exploração, o congelamento
improdutivo dos bens, etc.
A caridade
ensina a entender estes contextos e a corrigi-los, no fundamental respeito à
vida, a natureza e ao bem comum, contando inclusive os desperdícios, por onde
se aprende também os conceitos que todos os espíritos são forças de Deus e
devem conforme os seus graus de evolução, entender os de grau inferior, isto é,
socorrerem-se mutuamente.
Ninguém
dentro da caridade é chamado a candidatar-se a paraísos de favores, mas é o
caminho para moldar-se no santuário do espirito, onde todos são chamados ao
máximo aproveitamento das oportunidades trazidas do passado, no desabrochamento
destas sementes inteligentes trazidas nos valores mentais, porque a caridade
exige ensino, participação, criatividade, sagacidade e dinamismo nas soluções dos
problemas, para realizar na prática o bem-estar coletivo, no respeito ecológico
e do bem-viver, e nestes contextos serão balanceados os méritos e sustentos,
pois no sentido cósmico a palavra caridade significa amor. E quando se aplica
com amor, sem visar lucro ou ganho imediato, significa também sustento ou investimento.
Investimento e sustento no futuro das reencarnações, aonde também vêm à
evolução. Esta caridade é aquela que volta multiplicada sempre, porque se
integra com a laboriosidade do sistema ecológico, que circunda e dar a vida aos
seres da criação. Esta inclusive é a caridade que pode solucionar os grandes
problemas da pobreza, das crianças abandonadas e das favelas, pois esta pobreza
não terá mais sentido, quando não tenha que ser corretiva.
O não amor,
ou a falta de entendimento deste sentimento de caridade se equivale à
ignorância, de onde nasce a perversão da exploração da caridade. É por isso que
existem riquezas em decadências e outras em ascensão, pois ainda há muitas
riquezas que não podem ser usufruídas pela comunidade que não soube apreciar este
sentimento.
Muitos ainda
confundem a caridade com a esmola, ou o concurso na solidariedade, mas caridade
é diferente, pois esta é amor, no mesmo tempo que cumpre as obrigações das
responsabilidades, esta é inclusive a caridade messiânica, de onde no seu
entendimento generalizado, iria se instaurar mais uma humanidade desenvolvida e
feliz no Universo. Esta caridade é um investimento em Deus, que no seu reverso
significa magnetismo áurico, consequente ao trabalho realizado na lei da
solidariedade ou amor ao próximo, que se vincula ao trabalho real pago, na lei
do retorno, onde na falta desta caridade, vem à causa da miséria.
Na caridade
da esmola, por exemplo, ao fazer um negócio pague sempre o preço justo, não se
aproveite das eventuais dificuldades de quem vende, por que nesta lei você é
quem vai ficar mais pobre. Ao reencontrar um objeto perdido ou a saúde pague na
esmola, pague sempre para qualquer coisa que recebe, pague o que achar justo,
para que da sua caridade não seja descontada a esmola recebida.
Mestre LUIGI
Nenhum comentário:
Postar um comentário