terça-feira, 28 de maio de 2013

JESUS NUNCA FOI CRUCIFICADO

Notícia postada no Portal Terra em 28/05/2013

Um texto religioso encadernado em couro - provavelmente datado do século 5, porém descoberto há apenas 13 anos - vai causar o colapso do cristianismo no mundo inteiro, alega uma agência de notícias do Irã. O livro, escrito sobre pele curtida, aparentemente afirma que Jesus nunca foi crucificado e que Cristo previu a vinda do profeta Maomé. Escrito em siríaco (um dialeto do aramaico), o evangelho vaticinaria inclusive a chegada do último messias islâmico. As informações são da iraniana Basij Press e foram divulgadas pelo site conservador americano WorldNetDaily (WND).

Autoridades turcas acreditam que essa possa ser uma versão autêntica do evangelho escrito pelo discípulo Barnabé, e a imprensa iraniana afirmou que seu conteúdo vai desencadear a queda do cristianismo ao provar que o Islã é a verdadeira religião. Outras fontes, no entanto, julgaram as alegações improcedentes e a consideraram uma "risível" propaganda anticristã. ABasij Press informa que o texto foi escrito nos séculos 5 ou 6 e previu o surgimento de Maomé e da religião islâmica. Segundo a agência, o mundo cristão nega a existência de tal evangelho.

No capítulo 41 do Evangelho de Barnabé, estaria escrito: "Deus se escondeu enquanto o Arcanjo Miguel os levou (Adão e Eva) para fora do céu, (e) quando Adão se virou, ele notou que sobre a porta de entrada para o céu estava escrito La elah ela Allah, Mohamad rasool Allah", que significa "Alá é o único Deus e Maomé é seu profeta".

O texto teria sido confiscado em 2000 por autoridades turcas durante um trabalho de repressão sobre gangues acusadas de contrabando de antiguidades, escavações ilegais e posse de explosivos. A descoberta, contudo, só atraiu a atenção do mundo em fevereiro deste ano, quando foi informado que o Vaticano fez uma requisição oficial para ver o livro. Ainda não se sabe se o pedido foi atendido.
As origens do suposto evangelho são desconhecidas, mas o site National Turkafirmou naquele mês que o livro foi mantido no palácio da Justiça da capital turca, Ancara, e seria transferido sob escolta policial armada para o Museu Etnográfico da cidade. Para a Basij Press, a descoberta é tão importante que vai abalar a política mundial.

"A descoberta da Bíblia original de Barnabé vai agora comprometer a Igreja e sua autoridade e revolucionar a religião no mundo", escreveu a Basij Press em seu site. "O fato mais significativo, porém, é que essa Bíblia previu a vinda do profeta Maomé e comprovou a religião do Islã."

Apesar de autoridades turcas acreditarem que o texto é verdadeiro, outros questionaram sua autenticidade. Erick Stakelbeck, um analista de terrorismo e observador próximo dos assuntos iranianos, afirmou à WND que "o regime iraniano está empenhado em erradicar o cristianismo por qualquer meio necessário, ainda que isso signifique executar cristãos convertidos, queimar Bíblias ou invadir igrejas".

Escrevendo para o site Catholic Culture, o jornalista católico Phil Lawler descreveu o conjunto de alegações como "um risível desafio iraniano ao cristianismo". Ele afirmou que "se o documento foi escrito no século 5 ou 6, não pode muito bem ter sido escrito por alguém que estava viajando com São Paulo cerca de 400 anos antes. Deve ter sido escrito por alguém reivindicando representar São Barnabé. Devemos aceitar essa alegação?", indaga Lawler. "Tenha em mente que a datação do documento é fundamental. Por volta do século 7, não era necessária muita clarividência para 'prever' a aparição de Maomé."
Com informações do Daily Mail.

terça-feira, 21 de maio de 2013

A MILITARIZAÇÃO DO CRISTIANISMO

Jesus ensinava a "dar a outra face", a "amar os próprios inimigos", mandou Pedro devolver a espada à bainha e o reprovou: "Quem com a espada fere com a espada perece" (Mateus, 26, 52).

Talvez nem todos os primeiros cristãos estivessem dispostos a "dar a outra face" e a sacrificar a vida, mas, com certeza, entre eles era muito difundido um sentimento de repúdio às armas. Teólogos e bispos, venerados ainda hoje como santos, escreveram páginas inequívocas sobre o assunto.

Nós, cristãos, não erguemos mais a espada contra uma nação, não aprendemos mais a arte militar.

O fato é que nos tornamos filhos da paz, graças a Jesus Cristo, que é nosso Senhor, e desertamos de chefes a quem serviram nossos antepassados: se aceitássemos suas ordens, nós nos tornaríamos estranhos à promessa divina. Que se diga ao soldado para não matar. Se receber ordem para matar, que se recuse. Do contrário, que seja afastado [da Igreja]. Se um catecúmeno ou fiel quiser servir como soldado, que seja afastado, pois despreza Deus. O cristão não pode se tornar soldado voluntariamente. Quem carrega uma espada deve prestar atenção para que não faça escorrer sangue. Se o fizer, não poderá participar dos mistérios.

Quando alguém comete homicídio, fala-se de crime; mas quando é o Estado que o encomenda, chama-se "ato de coragem". Aos cristãos não é permitido matar outrem; ao contrário, que deixem que assassinem a ele.

Alguns cristãos chegaram a enfrentar o martírio por se recusarem ao serviço militar, como o jovem Maximiliano. Convocado em 295, declarou: "Não me é lícito prestar serviço militar, pois sou cristão", e foi decapitado.

As coisas mudaram com a chegada de Constantino.

O Concilio de Áries, de 314, excomungou os cristãos que desertaram em tempos de paz.

O Concilio de Nicéia pareceu retomar os velhos costumes, tanto que o cânone 12, nele aprovado, dispõe: "Aqueles que, sentindo-se chamados pela graça, e por zelo a abandonaram a divisa, mas logo depois, como cães, voltaram atrás, chegando a oferecer dinheiro e presentes para serem aceitos novamente ao exército, devem permanecer entre os penitentes por treze anos..." Durante o reinado de Teodósio I, ao contrário, foram excomungados os relutantes e os desertores.

Os perseguidos se tornam perseguidores: a repressão ao paganismo.

Os cristãos, que ainda exibiam na carne os sinais das perseguições, tornaram-se perseguidores.

Durante os últimos anos de vida de Constantino, vários templos pagãos foram demolidos, sobretudo no Oriente. Outros templos continuaram em atividade, mas foram despojados de tudo que tinham de precioso: estátuas, objetos preciosos, revestimentos de ouro e prata, portas de bronze. Muitas obras de arte foram levadas para embelezar a nova capital: Constantinopla.

As festas tradicionais pagãs, com seus jogos circenses e as lutas entre gladiadores, eram cada vez menos toleradas, com exceção daquelas em homenagem ao imperador e à sua família.

Só em Roma os templos e antigos cultos continuaram íntegros.

Em 341, Constante tentou proibir os sacrifícios com um edito. Mas a política anti-pagã dos sucessores de Constantino bateu de frente com um grande descontentamento por parte do povo.

Em 361, subiu ao poder o imperador Juliano, apelidado de "apóstata" pelos historiadores. Ele tentou reorganizar a antiga religião politeísta e criou estruturas de assistência aos pobres, que concorriam com aquelas cristãs. Ao mesmo tempo, assegurou a liberdade de culto a todas as religiões do Império, inclusive ao judaísmo e às comunidades cristãs hereges.

Juliano morreu após apenas dois anos de reinado, e seus sucessores retomaram a política anti-pagã.

Em 392, o imperador romano Teodósio I proibiu mais uma vez todos os sacrifícios e cultos pagãos, fossem públicos ou privados, sob pena de confiscar os locais ou terrenos em que eram realizados. Os templos foram abandonados. Muitos foram demolidos, outros foram transformados em igrejas cristãs.

Os pagãos desfilavam em verdadeiros cortejos de protestos, exibindo suas imagens sagradas. Essas manifestações, por sua vez, desencadearam a reação dos cristãos e provocaram sangrentos tumultos.

O imperador Teodósio II (408-450) mandou punir algumas crianças, culpadas de brincar com restos de estátuas pagas. E, de acordo com os elogios dos cristãos, Teodósio "seguia conscienciosamente cada ensinamento cristão”.

Em 415, em Alexandria, uma turba de fanáticos cristãos linchou a matemática, astrônoma e filósofa neoplatônica Hipácia, importante expoente da cultura pagã.

Nos séculos que se seguiram, as antigas religiões pré-cristãs se tornaram cultos cada vez mais diminutos, ainda praticados em algum vilarejo camponês perdido (a palavra "paganismo" deriva, na verdade, do latim pagus, "vilarejo") ou em grande segredo por alguns intelectuais neoplatônicos.

Mas o paganismo não morreria completamente. Ele “... revive nas manifestações litúrgicas ligadas à vida do dia-a-dia, nas libações sagradas e no uso cada vez mais difundido do incenso, no culto aos santos e às relíquias, que tomam o lugar dos ídolos, na veneração a algumas árvores, animais, fontes e fenômenos naturais, que vive ainda nos dias de hoje”.

Texto extraído do livro: O LIVRO NEGRO DO CRISTIANISMO - Dois mil anos de crimes em nome de Deus - Jacopo Fo, Sérgio Tomat, Laura Malucelli

domingo, 19 de maio de 2013

O PRIMEIRO CONSELHO DE NICÉIA E AS HERESIAS

Por volta de 314, ao menos dois grandes movimentos heréticos surgidos no norte da África, onde se encontravam as comunidades cristãs mais numerosas e ricas do Império, preocupavam Constantino.

O primeiro foi o cisma dos donatistas, um movimento rigorista, contrário aos compromissos com o poder imperial, que contava com muitos prosélitos e que, em 311, chegou a eleger em Cartago um anti-bispo, em contraposição ao legítimo.

Constantino, após tentar uma mediação, acabou apoiando o bispo legítimo Ceciliano, subvencionando a Igreja "oficial", proibindo que os donatistas usassem os locais de culto e negando o asilo para alguns de seus líderes. Em seguida, seu filho Constante promoveu uma perseguição ainda mais cruel e sanguinária contra eles.

O outro movimento era muito mais perigoso: tratava-se dos agostinianos, um verdadeiro exército de guerreiros em nome de Cristo.

Os agostinianos eram expoentes de classes populares com reivindicações políticas e sociais, como a libertação dos escravos, o perdão das dívidas e o fim dos usurários.

Eles se organizavam em batalhões armados que realizavam incursões avassaladoras nas grandes propriedades, incendiando casas e matando as famílias dos latifundiários mais odiados.

Foram massacrados pelas tropas imperiais.

Na época de Constantino, outra grande disputa dividia o cristianismo. Principalmente no Oriente, os cristãos haviam se dividido entre partidários e adversários de Ário, um presbítero da diocese de Alexandria.

Ário e seus seguidores afirmavam que o Filho de Deus, ao contrário do Pai e tendo sido por Ele criado, teve um início; portanto, Cristo representava uma divindade de segundo plano. Foi para resolver essa questão que Constantino convocou, em 325, em Nicéia (na antiga Turquia), aquele que ficou na história como o primeiro concilio geral da Igreja Católica. Dele participaram mais de 300 bispos e prelados, com exceção do bispo de Roma, que mandou dois representantes.

As conclusões desse primeiro concilio foram muito importantes para a história da Igreja. A grande maioria dos padres aprovou um Credo, no qual se afirmava que o Filho fora gerado, e não criado, com a mesma substância do Pai (em grego, homooüsion, quando, para os arianos, era apenas homoioúsion, ou seja, "de substância similar"). Pela primeira vez, foi proclamado dogma, ou seja, verdade revelada, um termo que não estava contido nas Escrituras (em nenhuma passagem, o Novo ou o Antigo Testamento afirmam que o Filho é consubstanciai ao Pai).

Além disso, os Padres Conciliares declararam sua crença no Espírito Santo, tradução do hebraico ruah, que era, no entanto, de gênero feminino. A Trindade proclamada pelo Concilio era constrangedoramente similar à tríade das religiões politeístas. E, para surpresa, até os bispos arianos aprovaram o novo Credo, salvo por dois deles, que logo foram exilados.

No Concilio de Nicéia, foram tomadas outras decisões muito importantes para a vida da Igreja: por exemplo, ficou estabelecido que apenas outros bispos, e não mais as comunidades que reuniam todos os fiéis, poderiam consagrar um novo bispo. O território da cristandade também foi dividido em zonas de influência, sujeitas ao poder, respectivamente, dos bispos de Roma, Antióquia e Alexandria, que passaram a se chamar metropolitas. A legitimação da autoridade na Igreja não vinha mais de baixo para cima, mas de cima para baixo.

O Concilio não marcou o fim do arianismo. Entre 327 e 328, Constantino reabilitou Ário e alguns de seus seguidores, e nomeou como conselheiro o bispo ariano Eusébio de Nicomédia, que o batizaria em seu leito de morte. Pelo contrário, a partir de 326 foram exiladas dezenas de bispos anti-arianos.

Sucederam-se vários combates entre facções, com muitos mortos e feridos; concílios e contra-concílios, que condenavam ora uma tese, ora outra; de exílios e de retornos; de perseguições por parte de imperadores "arianos" e "niceianos".

Todos os historiadores concordam que Constantino não entendia nada de questões doutrinárias. A única coisa que lhe interessava era tornar o cristianismo uma crença homogênea, sem nuances, sem ambiguidade, livre de conflitos internos perigosos.

Tirando isso, a unidade era uma obsessão sua: unidade do poder político em torno de sua pessoa e dinastia; unidade das populações sujeitas a Roma, amalgamadas por uma religião única, na qual confluíam elementos culturais de origens diferentes; e unidade da Igreja, obtida impondo-se a todos os crentes a opinião da maioria, ou pelo menos da maioria dos amigos do imperador, e se estes mudavam, mudava também a política religiosa do imperador.

As motivações de ordem política e social eram evidentes na repressão aos donatistas e aos agostinianos.

A história da heresia ariana, no entanto, foi mais complicada. Nem as teses trinitárias nem as arianas colocavam em risco o projeto imperial de hegemonia, mas a controvérsia em si representava um perigo.

Não se podem obter estabilidade e paz social com uma religião partida em facções que se condenam e renegam reciprocamente a autoridade e legitimidade da outra. Escolher significava, contudo, um "mal menor". Provavelmente, o que fez a balança pender primeiro para uma posição, depois para outra, foram considerações muito pragmáticas: a cada vez, a efetiva força de uma ou outra corrente ou a utilidade de seus defensores.

Texto extraído do livro: O LIVRO NEGRO DO CRISTIANISMO - Dois mil anos de crimes em nome de Deus - Jacopo Fo, Sérgio Tomat, Laura Malucelli

quarta-feira, 15 de maio de 2013

MENSAGEM DE ALLAN KARDEC


Aos Dirigentes de Centros Espíritas
Irmãos, que o Pai, em Sua Infinita Misericórdia e Amor, abençoe a todos nós.

A Doutrina Espírita, alicerçada no Evangelho de Jesus e nas revelações trazidas pelos Espíritos de Alta Hierarquia, nasceu de uma programação Divina para redenção desta humanidade, para acelerar o despertar das consciências para a vida além dos limites materiais; para despertar o amor e o perdão; e para disseminar e solidificar a mensagem do Evangelho do Cristo nos corações ainda imaturos dos habitantes da Terra.
Revelações extraordinárias de cunho moral o mais elevado, impulsiona aquele que busca consolo e progresso.

Os Dirigentes das Casas Espíritas, equivocados no seu agir e modo de pensar, sem aprofundarem-se no estudo devido da Doutrina dos Espíritos, vem distorcendo os ensinamentos e ofuscando sua força.

Evitam o contato com os espíritos sofredores e não aceitam como real as revelações que os médiuns lhes apresentam sobre a presença de Seres Superiores da Terra e de fora da Terra, e ainda, muito menos quando um Ser diferente se identifica como habitante do interior da Terra.

Os Dirigentes Espíritas devem despertar para sua responsabilidade na condução da Doutrina Espírita e para as consequências que lhes pesam nas consciências quando provocam celeumas desnecessárias, intrigas mórbidas e estagnação do conhecimento.

Confrades espíritas, olhai ao vosso redor, para as Lições de Perdão e Amor semeadas pelo Excelso Mensageiro; são de conhecimento geral, mas não são aplicadas pela maioria das pessoas em sua essência libertadora. O mesmo não ocorre com a divulgação acerca do conhecimento da vida extra física, da realidade dos planos inferiores do invisível, da aceitação das muitas Moradas da Casa do Pai, pois se existem moradas superiores e inferiores a nossa, ali também, habitantes existem. E por que não aceitar, dentro da lógica dos mundos habitados, os que são superiores a nós e nos visitam e nos estendem as mãos em auxílio e socorro, não por interesses escusos ou qualquer objetivo de domínio, mas por amor incondicional, que já alcançaram em seus mundos de beleza inigualável?

Irmãos espíritas, vossas mentes encontram-se estagnadas no preconceito tolo de “ser espírita ou não ser espírita”, do fantasioso e imaginário com a realidade verdadeira dos fatos! Estudai profundamente a Doutrina dos Espíritos, codificada com sacrifício e amor para estimular o raciocínio, o progresso e a renovação das criaturas.

Identificai os fatos ali descritos acerca do "Final dos Tempos" e do "Exílio Planetário" para os espíritos atrasados e renitentes no erro, na rebeldia, no desamor. Abri vossas mentes para a necessidade urgente dos confrades espíritas aderirem aos Postulados do Cristo e ao socorro aos sofredores do plano físico e espiritual principalmente, pois caridade maior não há do que aquela praticada anonimamente, dentro do santuário do Centro Espírita, no socorro aos milhares de almas sofredoras e atormentadas do plano invisível.

Tendes as descrições dos planos inferiores, regiões de expurgo para as almas comprometidas com as Leis Divinas. Estes locais não deixaram de existir após sua descrição minuciosa nos livros espíritas, ao contrário, de lá até os dias atuais, o número de sofredores aumentou consideravelmente, e a densidade vem aumentando gradativamente em proporção maior que a violência aumentada do plano físico.

Socorrei os espíritos através da mediunidade exercida com disciplina e amor.

Deixai de lado o medo e o preconceito e atendei com o mesmo desprendimento e alegria todos os espíritos que se apresentarem a vós, tratando-os de acordo com sua graduação espiritual e compreendereis a importância do momento de "transição planetária" que estamos vivendo.

O "Final dos Tempos" apresenta-se aos vossos olhos que se encontram fechados; os gritos e clamores dos sofredores vos alcançam, no entanto vossos ouvidos estão tapados. Os acontecimentos à vossa volta, indicam, como anúncios luminosos gigantescos, a materialização das profecias anunciadas pelos antigos Profetas; mas, vossos olhos e ouvidos encontram-se fechados.

Como imaginais encontrar as Regiões Sublimes com vossos sentidos atrofiados?

Acaso julgais que ignorando a realidade dos fatos e praticando apenas uma parte das Lições libertadoras da Doutrina Espírita, será o suficiente para libertar-vos do expurgo nas regiões sombrias de sofrimento e dor?

Estão enganados irmãos!

Enxugai o pranto dos vivos e dos mortos; estendei as mãos à caridade anônima no plano físico e espiritual. Estudai o Evangelho do Cristo profundamente, alcançando Seu Cerne de Luz para que vossos olhos e ouvidos se abram e possais, enfim, enxergar e ouvir as "revelações, os fatos" que se apresentam, escancarados diante de vosso olhar petrificado pela dúvida, pela incerteza, pela incredulidade.

Os Dirigentes Espíritas, atendendo a chamado urgente das Esferas Superiores, foram chamados à responsabilidade na condução acertada da Doutrina Espírita.

O Planeta Terra fenece, sua humanidade encontra-se dividida entre ‘esquerdistas’ e ‘direitistas’, o exílio planetário ocorre e a verticalização final se aproxima.

Retirai a venda de vossos olhos e raciocinai na lógica dos fatos: Nascer, crescer, morrer, renascer mais uma vez, tal é a Lei da Reencarnação para o progresso constante e ilimitado das criaturas. Contudo, será interrompida para os rebeldes neste Planeta. O processo reencarnatório, que é ilimitado para o espírito trânsfuga das Leis Divinas, encontra-se limitado para todos os espíritos que não alcançaram a graduação espiritual moral evolutiva mínima, dentro dos padrões de amor e perdão, instituídos por Jesus em Seu Evangelho. Serão e estão sendo transferidos para continuarem o processo evolutivo em outro Orbe compatível com sua frequência vibratória.

Irmãos, Dirigentes Espíritas, reconsiderai vossos preconceitos e valores na aceitação das verdades. Aceitai a lei de que somos todos iguais, abrindo as portas das Casas Espíritas para todos os espíritos que ali aportarem, dentro da lógica e da disciplina instituída, do amor e da caridade como bandeira.

Aceitai a realidade dos fatos, e os fatos indicam a transformação final das fronteiras.

Abandonai o sectarismo e o preconceito e juntai-vos ao Grande Exército do Cristo, que trabalha e luta pela libertação do Planeta do jugo das sombras e das trevas, e de sua humanidade despertada para as Divinas Leis de Ascensão e Progresso.

Lutai por firmar-vos no Amor.

Aceitai as diversas raças de Irmãos Extras e Intraterrenos, Irmãos e Amigos que se juntam às fileiras do Grandioso Exército do Cristo, sob a égide do Cristo Planetário.

Que Deus vos abençoe, libertando-vos para a Luz.

Amai-vos como o Pai nos ama.

Kardec.

Mensagem extraída do Blog:
http://comandoestelar.zip.net/arch2009-03-29_2009-04-04.html

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O CRISTIANISMO DE CONSTANTINO

Segundo a tradição, na véspera da Batalha de Ponte Mílvio, Constantino teve uma visão (ou talvez um sonho profético), durante a qual recebeu um brasão milagroso e a ordem celeste de reproduzi-lo nos escudos, para obter a vitória. Esse brasão, dependendo da fonte, poderia ser um "X ao contrário, com as pontas dobradas" ou as iniciais gregas do nome de Cristo, x (chi) e p (ro), entrecruzadas.

Muitos historiadores colocaram em dúvida ou redimensionaram a veracidade do episódio. Talvez os soldados de Constantino, provenientes da Gália, usassem um símbolo solar no escudo, que poderia ser confundido com a cruz cristã; ou Constantino pode ter mandado gravar o monograma apenas para distinguir suas tropas das de Magêncio.

Com certeza, Constantino, na época, já travara contato com ambientes cristãos. Por exemplo, o bispo Osio, de Córdoba, já fazia parte de seu séquito.

É possível imaginar que Constantino tenha aproveitado a ocasião para testar a eficácia da nova religião e, tendo visto que funcionava decidido adotá-la, transformando o Deus dos cristãos em seu protetor pessoal.

Em seguida, Constantino concedeu crescentes favores, financiamentos e reconhecimentos ao culto cristão. Os bispos, por exemplo, foram isentos do pagamento dos impostos, tornaram-se funcionários imperiais e até juízes de apelação. Em troca, obteve uma ingerência cada vez maior nos assuntos internos da Igreja, da qual se considerava "bispo externo".

Ao mesmo tempo, ele assegurou por muitos anos, pelo menos aparentemente, a prática dos tradicionais cultos romanos: assumiu o encargo de "Pontífice Máximo", ou seja, grande sacerdote do culto politeísta romano; aceitou a realização de jogos e sacrifícios aos deuses em sua homenagem; mandou cunhar moedas com a imagem do Sol Invictus, o Sol Invicto; e tornou feriado o Dies Solis, o Dia do Sol, nosso "domingo". O Sol Invicto era uma divindade adorada por muitos povos do Império e pelo próprio Constantino, antes da conversão. Ao mesmo tempo, entretanto, a esfera solar podia ser considerada um símbolo do Deus dos cristãos e de outras religiões monoteístas do Império.

Outro sinal do empenho de Constantino foi a promulgação de leis morais muito rígidas. Um exemplo é a seguinte, emanada em 320.

O homem que tomar uma moça, com ou sem seu consentimento, sem antes ter estabelecido um acordo com seus progenitores [...] não terá na resposta da moça nenhuma vantagem dada pelo direito antigo, e a própria moça será considerada culpada de cumplicidade no delito. E como muitas vezes a vigilância dos pais é burlada pelos discursos e comportamentos cativantes das nutrizes, que sobre elas [...] recaia a ameaça do seguinte castigo: a abertura de sua boca e de sua garganta, que emitiram sugestões arrasadoras, será fechada com a ingestão de chumbo derretido. Se for verificado o consentimento voluntário da virgem, que esta seja punida com a mesma rigidez que seu raptor, e não será concedida imunidade nem às moças que forem raptadas contra sua vontade, pois poderiam ter permanecido em casa até o dia do casamento, e se a porta houver sido arrombada pela audácia do raptor, estas poderiam ter pedido ajuda aos vizinhos com seus gritos e se defendido a todo custo. Mas, para estas moças, cominamos uma pena mais leve e ordenamos que sejam deserdadas por seus progenitores [...] Se os progenitores, para quem a vingança pelo crime deveria ser uma preocupação particular, mostrarem tolerância e reprimirem sua dor, serão castigados com a deportação.

Os historiadores contemporâneos garantem que a adesão ao cristianismo de Constantino foi convicta e sincera, e é provável que seja verdade, se levarmos em consideração que as concessões religiosas de um oficial romano da época eram bem diferentes das nossas: "...a função do imperador é a de se colocar como sujeito coletivo que represente toda a cidade e todo o mundo (orbis), na qualidade de Imperator orbis. De fato, o primeiro encargo que Augusto reserva a si mesmo é o de Pontifex Maximus, representante junto à divindade que constitui o pacto da aliança [...] E isso continua em vigor até Constantino. Roma, portanto, através de seus sacerdotes, de seus institutos, de seus colégios coletivamente representados pelo imperador, pede à divindade três coisas:

1. A fertilidade das mulheres (tanto mães quanto Mulheres, pois, para os romanos, havia pouca distinção);
2. A vitória dos exércitos;
3. A paz social.

Em troca, ofereciam o culto às divindades.

O direito penal romano tem penas atrozes para os transgressores do culto, pois desrespeitar o culto significava desrespeitar o pacto [...] e a consequência da chama apagada pela não observância de uma vestal era a infertilidade das mulheres, a derrota do exército e a desordem social. Esse é o esquema com base em que Roma age da República até Constantino. Constantino, quando proclama o Edito de Milão, realiza uma operação muito simples: como os velhos deuses não funcionavam mais, pensa em substituir o velho Panteão pelo deus dos cristãos, e, ao perceber que o motor volta a funcionar a pleno vapor e se converte [...] Constantino continua pagão, ou seja, ligado à mentalidade religiosa clássica, até sua morte."

Texto extraído do livro: O LIVRO NEGRO DO CRISTIANISMO - Dois mil anos de crimes em nome de Deus - Jacopo Fo, Sérgio Tomat, Laura Malucelli

sábado, 11 de maio de 2013

CONSTANTINO E A IGREJA IMPERIAL

As histórias sobre as conversões dos imperadores quase sempre são feitos colossais. Constantino é aquele que adota o cristianismo como religião oficial do Império. O mesmo imperador que mandou matar o próprio filho, a mulher, o sogro e o cunhado. Reza a lenda que Jesus apareceu para ele e lhe prometeu vitória na batalha em troca da adoção do cristianismo como única religião do "mundo civilizado" e do uso do símbolo da cruz, alçado de forma triunfante na batalha. Naturalmente, nem todos os seguidores de Jesus concordaram com esse pacto, que implicava uma verdadeira renúncia aos valores cristãos fundamentais. E, então, um dos primeiros gestos cristãos de Constantino foi perseguir todos os cristãos que seguiam o Evangelho literalmente e, assim, forçosamente, estavam em conflito com os devotos do poder. Um sem-número deles foi morto, outros tantos acabaram no exílio, desprovidos de qualquer bem, outros foram reduzidos à escravidão.
Constantino e a Igreja imperial
Notas biográficas
Constantino nasce em Mesia (a atual Sérvia), por volta de 274. Seu pai, Constancio Cloro, era um oficial de carreira; sua mãe, Flávia Helena, concubina de Constâncio, era uma albergueira, ou seja, uma subserviente funcionária da estalagem da estação postal.
Constâncio Cloro depois repudiou Helena para se casar com Teodora, filha do imperador Maximiliano, e, no ano de 293, entrou na tetrarquia (governo de quatro) criada por Diocleciano, primeiro com o título de "césar" (vice imperador), e, em seguida, em 305, com o de "augusto" (imperador pleno).
Constantino participou de várias campanhas militares durante os anos de juventude, primeiro a serviço de Diocleciano, depois de Galério e, finalmente, de seu pai.
Quando Constâncio morreu, em 306, os soldados aclamaram Constantino "augusto", desobedecendo as disposições emanadas de Diocleciano, dando um verdadeiro golpe de Estado. Seguiram-se seis anos de guerra civil entre os vários pretendentes ao título de imperador, entremeada por lutas travadas para levar os bárbaros até as fronteiras.
Para consolidar seu poder, Constantino desposou Fausta, filha de Maximiliano, estabelecendo com ele uma aliança para reinarem juntos no Ocidente. Mas o casamento e o pacto não o impediram de atacar e matar Maximiliano em 310.
No mesmo ano, de acordo com um escrito comemorativo da época, Constantino visitou um templo de Apoio, na Gália, onde o próprio deus apareceu e colocou nele uma coroa de louros. O mesmo escrito cria uma genealogia que estabelecia que Constâncio, pai de Constantino, não era homem de origem humilde, mas filho do imperador Cláudio II.
Em 311, os pretendentes ao título de "augusto" eram quatro: Constantino e Magêncio, filho de Maximiliano, no Ocidente, e Valério Licínio e Maximino Daia no Oriente. Constantino se aliou a Licínio, concedendo-lhe a mão de sua irmã, Constância, e marchou rumo à Itália contra Magêncio. Em 312, naquela que é lembrada como a Batalha da Ponte Mílvio, mas que na verdade se iniciou em Saxa Rubia, Constantino derrotou Magêncio, que morreu durante a retirada, tornando-se, assim, único senhor do Ocidente. Em 313, ele e Licínio promulgaram o Edito de Milão, que assegurava liberdade de culto aos cristãos e transformava o cristianismo em uma das religiões oficiais do Império Romano. Iniciava-se o processo de integração dos cristãos à sociedade romana e à organização do Estado.
A liberdade de culto dada aos cristãos seria o pretexto para a luta pelo controle do Oriente entre Maximino (perseguidor dos cristãos) e Licínio (que, mesmo não sendo batizado, agia como defensor dos cristãos). A guerra no Oriente se encerra com a vitória definitiva de Licínio e o suicídio de Maximino.
Em 314, Constantino convocou o Concilio de Aries, que condenou definitivamente a heresia donatista (um movimento cristão de rigor excessivo que, em 311, em Cartago, elegeu um bispo alternativo àquele oficial e apoiado por Constantino) e permitiu que os cristãos ocupassem cargos públicos, o que até então era considerado pecado.
Em seguida, abafou violentamente o protesto dos agonistas, ou circunceliões, que, por trás de motivações religiosas, escondia uma verdadeira guerra de classes.
No mesmo ano, Licínio se revoltou contra Constantino. Surgiu, assim, uma guerra que teve Constantino como vencedor. Compelido à rendição, Licínio foi obrigado a lhe ceder quase todas as províncias orientais, mantendo apenas a Trácia.
Em 323-324, Licínio se rebelou novamente e de novo foi derrotado. Dessa vez, foi preso e morto, apesar das súplicas feitas por Constância ao irmão Constantino. A partir de então, desaparece qualquer resíduo da tetrarquia criada por Diocleciano, e Constantino domina como um monarca todo o Império Romano.
Em 325, acontece o famoso Concilio de Nicéia, o primeiro concilio ecumênico da Igreja Católica. Dele participaram cerca de trezentos bispos e prelados, na maioria orientais, sendo presidido por Osio, um homem de confiança do imperador. As principais questões abordadas foram o dogma da Trindade, a reafirmação da origem divina de Cristo e a condenação à heresia ariana.
Em 326, Constantino manda matar seu filho preferido, o primogênito Crispo (concebido com uma concubina), e, em seguida, a mulher Fausta. Segundo diz a lenda, Fausta teria acusado falsamente o enteado de assediá-la, e Constantino só teria descoberto a verdade depois.
No mesmo ano, condenou à morte também Liciniano, filho de sua irmã Constância e de Licínio.
Em 330, Constantino transferiu a capital para a cidade grega de Bizâncio, rebatizada de Constantinopla, após ser ampliada e reconstruída. Décadas antes, os imperadores romanos já tinham transferido o centro de comando para fora de Roma, por motivos logísticos e militares. Constantino fez algo a mais: criou uma segunda Roma, com o mesmo número de palácios, um Senado e benefícios iguais aos dos cidadãos romanos para seus habitantes (como a distribuição gratuita de trigo). Talvez Constantino se sentisse mais seguro e protegido no Oriente, prevalentemente cristão, do que em Roma, onde o grupo de senadores hostis a ele ainda tinha muito poder e influência, e quisesse que seus sucessores governassem o Império a partir de uma nova capital, "livre" dos antigos ranços.
Constantino morreu em 337. Só foi batizado à beira da morte, por um bispo ariano.
A Igreja Ortodoxa Grega até hoje o venera como santo.
Pouco depois de sua morte, foram eliminados seus meios-irmãos Dalmácio e Anibaliano, e o Império foi dividido entre seus três filhos legítimos: Constantino II, Constâncio II e Constante.
Constantino II foi assassinado em 340, em uma emboscada, pouco depois de tentar usurpar os domínios do irmão Constante, que, por sua vez, foi morto alguns anos depois, por um matador do usurpador Magêncio.
Constâncio II morre de febre em 346, na véspera de um combate contra o sobrinho e rival Juliano.
Texto extraído do livro: O LIVRO NEGRO DO CRISTIANISMO - Dois mil anos de crimes em nome de Deus - Jacopo Fo, Sérgio Tomat, Laura Malucelli

OBSERVAÇÃO: No livro "JORNADA DOS ANJOS" da autora Sandra Carneiro, nas páginas 120 e 121 é relatado que Constantino é o próprio autor das mortes de seu filho Crispus por estrangulamento e em seguida na mesma noite arrependido vai aos aposentos de sua esposa e a afoga na banheira em que se encontrava tomando banho, por ter sido ela a responsável por envenená-lo com calúnias sobre seu filho.