domingo, 4 de dezembro de 2011

INDIOS: CAPITALISMO NAS ALDEIAS

Tribos brasileiras comercializam produtos e ganham mercado. Que bela matéria lia na Veja de 24 de janeiro 2001, falava-se que as atividades comerciais entre os índios brasileiros cresceram 45% nos últimos dez anos. Entre os produtos comercializados, há - guaraná, mogno, borracha, urucum, gado, castanha, óleo, cestas, mel, manga, e tudo isso, faturando mais de quatro milhões de reais por ano, sem contar que tudo veio a ser plantado junto aos alimentos básicos por onde se alimentam e nutrem as suas crianças. Com os proventos dos seus comércios, conseguiram alguma escola, ganharam postos de saúde, conseguiram comprar uns computadores e até alguns eletrodomésticos pelas suas casas de alvenaria. Diz ainda, que segundo um levantamento da FUNAI, houve um aumento de 45% no número de tribos que assim mudaram a sua vida, onde as verbas liberadas pela Fundação Nacional do Índio não foram motivo por esta transformação.

Do mesmo jornal na página 105, lia ainda, que o governo federal distribuía em 1999, 26% de sua receita de impostos, sobre forma de subsídios. Mais de 40 bilhões de reais. O mesmo valor do custeio da máquina pública..., foi assim distribuído: - 58% para políticas setoriais, beneficiando empresas; 28% direcionado a políticas sociais e 14% a políticas regionais. Sublinhando empresas e políticas.

Diz ainda o mesmo autor, citando um ensaio sobre o Racismo no Brasil, que mais de 70% das desigualdades entre os brancos e negros, se explicam pela diferença das chances de progresso pessoal. Onde os negros não são pobres porque nascem pobres. Eles são aprisionados na pobreza pelas barreiras à sua ascensão, pois 49% da diferença de renda entre brancos e negros se deve a desigualdades no mesmo estrato social... Em outras palavras pergunto: isto não é discriminação?

E também: - porque o negro não se torna independente igual ao índio? Porque os desamparados que vivem nas calçadas esperam sempre os milagres, e os subsídios que se perdem no caminho? Há tanta terra que ninguém cultiva, o clima é bom e tudo dá, porque não considerar a agricultura familiar de sustentação?

Lembro-me de uma família japonesa que cultivava flores, que conheci pouco tempo depois que chegaram no Brasil. É de pouco tempo atrás, tinham chegado do Japão com pouco recurso e alugado um pedacinho de terreno em Jacareí, uma terra que ninguém queria, pois todos diziam que não valia nada. Mas eles se puseram a trabalha-la, e em pouco tempo compraram aquela e mais terra, e hoje tem lá a sua casa, onde não lhe falta nada e tem até um carro na porta.

Diz ainda o jornal, que é preciso revelar os mecanismos das desigualdades, e blá, blá, blá. Mas, diria que se deve reconhecer, que nem todos os que passam pelo governo são bons, pois são oportunistas. Deve-se, de princípio, começar a pensar melhor nisso e menos no futebol, para escolher melhor os políticos, evidentemente não votando mais neles, e de princípio, porque não aprender dos índios uma boa vez? Pois a sua tradição, ainda ensina o modelo de vida no trabalho comunitário, onde há tanta coisa ainda que possam ensinar, como por exemplo; respeitar o ambiente, controlar os nascimentos, cuidar da educação dos filhos, respeitar os anciãos, e na parte mais importante, aprender a entrosar-se com a natureza, cuidando da evolução do espírito.

Enfim, cuidar da cultura, mas também, da saúde, da segurança, do bem estar, da alimentação, do respeito ao bem comum e de onde estão os verdadeiros interesses de cada pai de família, e como um todo numa vida bem mais sadia, pensar no futebol ou no carnaval e no samba, mas antes livrar-se da pobreza, da violência, num grande mutirão.

Antigamente este país era chamado de país que estava ao lado da felicidade, ainda tem as mesmas condições, pois se passaram daquele tempo somente 500 anos. Haverá de remover a corrupção para isso.

Mas esta passa sozinha quando as pessoas venham a conhecer sobre a reencarnação, e provando que existe, e como continua a responsabilidade que persegue os autores dos mal feitos além do túmulo, até o cumprimento da última gota, muitos vão pensar melhor.

Ou seja, voltar a explicar melhor aquilo que já se devia conhecer a muito tempo, e que veio a ser ocultado pelo comércio da religião.

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