O homem é uma criatura que desconhece, não somente a sua própria natureza, como também o sentido que deve guia-lo no caminho da existência. Durante séculos, o ser humano perambula pela superfície da Terra procurando sobreviver à inclemência das intempéries e ao assédio de criaturas predadoras, selvagens e principalmente, dos seus semelhantes. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 232)
Sua memória é curta, pois possui um conhecimento circunscrito ao tempo histórico em que vive e ao espaço em que habita. Passado é algo sem importância que se busca esquecer, desconsiderando que não há presente sem passado. Cultua o egocentrismo, a inveja, o poder, a vaidade, o sectarismo e a discriminação. Sua vaidade chega a tanto, que se considera a única criatura viva inteligente do Universo, achando que tudo gira em torno da Terra e que foi feito a imagem do Criador. Sua arrogância é tal, que o leva ao ponto de ser capaz de achar que pode bastar-se por si só, para interpretar os conceitos e as leis que governam a realidade Universal. Os animais, as plantas e o solo existem para serem escravos de sua vontade. Sendo criação única do Universo, conforme acredita e aceita facilmente, tudo lhe é permitido, pois tudo existe para agradá-lo. Basta um ato de arrependimento para que tudo lhe seja perdoado e como por um ato de mágica, a dor, a aflição, a destruição impetrada ao meio ambiente e aos seus semelhantes desaparece sem deixar vestígios. Durante séculos o homem vem depredando e destruindo em nome de diferentes argumentos, afirmando serem justos e corretos. Mas, o que justifica ferir, destruir ou agredir? Somente o resguardo da vida, do respeito e da tranquilidade da maioria. E por acaso o homem pensa nos seus? Ou somente nele mesmo? - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 233)
A vida é um segredo para quem realmente não percebe as sutis mensagens, que somente o fato de existir oferece. Observa bem. Qual é o sentido da vida? Para que avida existe afinal? De quem ou de que somos obra? Se partirmos da ideia de que fomos criados por uma entidade ou criatura divina, teríamos de aceitar, que a mesma teve uma intenção e executou uma ação motivada por um propósito. Se houve uma intenção, consequentemente houve uma abstração, um raciocínio e um pensamento. Isto se reforça se concordarmos em que, havendo um propósito, houve um planejamento e um projeto com o objetivo bem definido. Se aceitarmos então que esta entidade pensa, raciocina e que, como resultado desses processos mentais, emite comportamentos, estamos aceitando que possui preferências, gostos, interesses, motivações, desejos e objetivos e, portanto, não detém o poder de ser onisciente. Onisciente quer dizer que sabe tudo, incluindo o que é passado, presente e futuro. Se esta entidade precisa de processos mentais para agir, significa que desconhece o vinculo que existe entre as coisas, sua correlação e sua interdependência. Quem para pra pensar, realiza um trabalho de avaliação e ponderação numa relação associativa, de causa e efeito e/ou custo-benefício antes de tomar qualquer medida ou gerar qualquer ação. Se esta entidade criou a vida e próprio Universo como senário, é porque teve um objetivo e uma razão bem clara. Mas, se seu poder é tão amplo, por que não aproveitou para engendrar em todas as criaturas uma condição de comportamento ideal, acorde e harmônico para com o próprio o Universo? - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 234 e 235)
O fato de que tenhamos sido criados imperfeitos e formando parte de um processo evolutivo, obviamente implica que também obedece a um propósito. Seria leviano e simplista afirmar que é porque Deus nos ofereceu o “livre-arbítrio”. Daria a impressão de que esta entidade nos pusera num laboratório, com a intenção de observar-nos para ver como nos saímos na prova ou no desafio de existir. Ele deveria saber, desde o principio, qual seria nosso percurso, quais os erros e acertos, quais as opções escolhidas, pois, se criados intencionalmente, tudo faz parte de um plano. Se a criação obedece a um objetivo ou a um propósito definido, de conhecimento do próprio ser criador desde de antes de existir, devia, ele mesmo, deter todo o conhecimento relativo a cada elemento ou criatura que participaria da criação. Enfim, mesmo que qualquer criatura opte ou escolha um caminho, já era de conhecimento da entidade criadora, portanto não pode haver livre-arbítrio se cada passo estava pré-estabelecido. Cada movimento corresponderia a um pensamento pré-conhecido e a um ato esperado. Não há qualquer liberdade dessa maneira. Assim, a entidade criadora saberá, ou saberia qual o resultado de cada opção. O arbítrio fica no teórico, pois se nosso Criador tem o poder de fazer surgir um ser ou um Universo do nada, é impossível aceitar que no seu plano não tenham sido previstas todas as possíveis variáveis e situações a ocorrer, desde o instante zero da criação até o dia final. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 235 e 236)
Como podes apreciar, temos em vista duas evidentes alternativas com relação a condição de liberdade: a primeira seria, pois, relativa a aceitar uma entidade como poder criador na qual, embora o livre-arbítrio seja uma condição de escolhas das criaturas inteligentes, ele só existe na teoria, já que o responsável pela existência da vida tem de ter o conhecimento do passado, presente e futuro de todo o composto universal, sabendo antecipadamente todas as escolhas, certas ou erradas, que serão concretizadas. Porque, a não ser assim, seu poder será limitado, conjuntamente com sua capacidade de agir ou interferir e até prever a continuidade de sua obra, não podendo ser considerado o poder supremo. Se agir diretamente sobre alguém, isto é, se alguma criatura inteligente se beneficiar de sua ação ou interferência pessoal, terá reconhecido imediatamente que sua obra é incapaz de se valer por seus próprios meios em vista de ter sido criada falha. Se falha, significa que o Criador não teve capacidade de prever as diversas situações e/ou condições as quais sua obra seria submetida ao longo da sua existência, razão pela qual terá de ser necessária e constantemente auxiliada. Como desdobramento desta afirmação, serás obrigado a aceitar que bem e mal, certo e errado, são conceitos sobre os quais as criaturas não podem ser festejadas nem punidas, pois este poder maior, ou Deus, como desejes chamá-Lo, se não sabia com absoluta antecedência quais seriam as escolhas de sua imperfeita obra, não é a mesma responsável pelos seus erros, já que os mesmos são resultados de um projeto vazio. Se, ao contrário, o poder criador sabe quais serão as respostas, as escolhas da sua obra, também está sendo cúmplice e co-responsável pela ação, certa ou errada, de qualquer criatura, em vista de que foi Ele próprio quem a criou para agir dessa forma, sabendo desde o principio qual seria o desfecho final da situação. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 236)
A segunda alternativa, será que aceites a possibilidade de que não somos o resultado da criação de uma entidade pensante e individualizada, mas sim parte ativa e importante da interação de um conjunto de forças, subordinadas a um poder fantástico em desenvolvimento e que, embora sejamos consequência ou decorrência de uma fração da atividade deste processo maior, possuímos plena, verdadeira e total liberdade para nos movermos e agirmos neste cenário universal. Noutras palavras, o que poderíamos chamar de Deus, não é uma pessoa ou uma entidade que atua por sua única vontade, mas um poder ou força que está em desenvolvimento e cujo aperfeiçoamento está vinculado ao curso da própria existência do Universo. Sendo assim, comportamentos corretos ou errados são de livre escolha da criatura criada, cuja sanção estará subordinadas as condições locais e universais. Sob esta ótica, toda criatura ou entidade é livre na sua escolha, pois o poder que chamamos de PROFUNDO ou RAZÃO não atua após a existência do criado, é apenas responsável pelas leis formativas que geram ou dão início a qualquer vida, isto é, sua natureza o obriga a fazer com que todo e qualquer ser venha a existir equipado com todas as condições, habilidades e capacidades para não somente sobreviver, mas principalmente entender e compreender o que representa verdadeiramente a vida, ou seja, venha a evoluir conscientemente. Ele simplesmente dá o impulso, o resto é com cada um. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 236 e 237)
“Quando falamos com nosso Eu interior, quando paramos para sentir e refletir, estamos estruturando um canal de comunicação com esse poder maior. Vocês não sabem do que são capazes, pois ainda não acharam o caminho para identificar essa relação e estabelecer seu lugar no interior do PROFUNDO.” - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 238, 239)
“Enquanto o Deus do teu mundo é associado somente ao bem, já que o mal foi personalizado através do demônio, esqueceram-se que o mal é obra desse mesmo Deus, em consequência, o total responsável pela sua existência. Bem e mal são forças antagônicas necessárias e complementares, ambas fundamentais para concretizar definições e portanto, obrigatórias para determinar a velocidade das transformações. Assim, o demônio não pode existir enquanto ser individualizado e independente, pois acaba sendo uma extensão obrigatória de Deus. Se aceitas a tradição religiosa de que Lúcifer se rebelou contra Deus, terias de aceitar que o poder Criador desconhecia as intenções de Sua obra, a ponto desta virar-se contra Ele. Neste caso, Deus não detinha o conhecimento dos passos deste anjo, demonstrando absoluta alienação. Esta absurda ignorância depõe contra a amplitude e abrangência do Seu poder e consciência, indicando uma incrível limitação. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 239)
“É tolo achar que o bem é somente o bem e o mal somente o mal. O preto é o oposto do branco, sendo que para obter o branco será necessária a soma de todas as cores, inclusive o preto. O imã possui um lado positivo e o outro negativo, mas fazem parte da mesma massa; assim, tudo tem sua tese e antítese localizadas no mesmo cenário. O mal ou a ignorância existe enquanto básico, primitivo e rudimentar, é a ação e reação simplista, enquanto seu extremo é a complexidade, o bem como conhecimento e perfeição. Ser perfeito não é ser bom ou mau, é uma coexistência harmônica com as leis universais. A vida só progride na percepção clara do conflito gerado pelas diversas alternativas de existência. É impossível conceber e definir a luz sem compreender que existe uma noite, ninguém pode ser bom se nunca superou sua maldade; ninguém pode evoluir sem haver algo a superar, assim como não pode haver um poder supremo que não perceba e contenha em si mesmo o bem e o mal, o primitivismo, a degradação, o caos, a realização, a superação, a melhora, a vida e a ordem, pois sem isso, não seria capaz de sequer idealizar evolução. Se Deus é o Criador, o ponto gerador do processo e de seus acidentes, é gestor, determinante e continuador, é obrigatoriamente a síntese do bem, do mal, do perfeito e do imperfeito, a prova de que tudo evolui, inclusive Ele. Foi d’Ele que o bem e o mal se originaram. Sem Deus ou sem o poder gerador, não somente não haveria bem e mal, mas absolutamente nada. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 239 e 240)
A origem do PROFUNDO vai além de qualquer explicação, pois mesmo que alguém negue sua existência, existe. Isto é fácil de ser provado. Se aceitas uma origem ao próprio Universo, toda inteligência precisa reconhecer que no ato da Criação foram dadas as bases de todo o principio. As leis da gravidade, da energia, da estrutura da matéria, da vida e da evolução. Existiu e existe um poder ordenador que organizou e dispôs tudo naquele momento. Se não for assim, de onde surgiu a primeira informação que ordenou o DNA? O poder que comandou a estrutura do primeiro átomo? A força que deu carga elétrica ao primeiro elétron? O poder existe para agir e mediar as transformações, contendo um montante de surpresas acessíveis a criatura que souber chegar lá. Sua existência não é para ser adorada ou idolatrada, mas para ser um canal pelo qual ser descoberto o profundo sentido da vida e a missão conferida à criatura inteligente desde os primórdios da criação. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 240)
O poder Criador vai além do bem e do mal, do certo e do errado, pois ambos são necessários para gestar o caminho e nortear um rumo. Não há bem ou mal no Universo, pois a moral é algo extremamente relativo. Existem unicamente duas realidades que se comprovam sempre: continuidade e extinção. Nos processos que regem a cadeia evolutiva e a harmonia cósmica, ser bom ou ruim estará subordinado ao fato de encontrar uma pessoa ou uma sociedade em vias de progresso ou a caminho do caos. Não há qualquer criatura que possa ser considerada de índole verdadeiramente má ou ruim, seja em que circunstância for: somente ignorante. É a total ignorância ou a falta de percepção da extensão ou gravidade dos seus atos que levam a concretização de fatos prejudiciais e destrutivos. A maldade é uma simples manifestação da mais total a absoluta ignorância, cujo desfecho será a extinção. Por isso, bem e mal não existem, somente a superação garantindo a continuidade, ou a ignorância e o despreparo garantindo o desaparecimento e a extinção. Para vocês, bem e mal precisam está separados para achar um culpado, um responsável pelos seus próprios deslizes. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 241 e 242)
A emoção fala mais alto que a razão e que o próprio instinto, o que representa um delicado problema no momento. Infelizmente, a emoção não é algo positivo, já que não é a mesma coisa que sentimento. Ser equilibrado e coerente não é sinônimo de ser frio e insensível, ao contrário. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 243)
Sensibilidade é e tem de ser a valorização, a descoberta e a identificação clara, profunda e objetiva de alguma coisa. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 244)
Evoluir é um caminho árduo, lento e complicado, onde armadilhas se escondem a cada virada e onde o inimigo se esconde no interior de cada criatura. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 244)
Viver é dar, compartilhar, servir a um propósito, sentir-se partícipe de algo maior, vislumbrar um horizonte e caminhar na sua direção. Viver é desvendar todos os segredos, conquistar todos os desafios do mundo e do Universo. É interrogar teu intimo até a última duvida, procurando achar as ferramentas que construirão tua liberdade. Compreender é sentir na tua alma, na tua essência, o espaço que esse TODO CÓSMICO preenche, pois terás descoberto a verdadeira razão pela qual existes e a origem e finalidade de tua identidade cósmica. O inicio deste entendimento proporcionar-te-á descobrir o valor dos sentimentos e o peso da razão. Não existe maior poder na criação que o amor, feito realidade através da verdade, e ela não é mais do que um compromisso puro e total com a vida, já que existe para orientá-la. A capacidade de amar, respeitar, criar, construir e a responsabilidade de viver e sentir coerentemente não se aprende nos livros ou na transmissão cultural. Elas são obtidas através da descoberta e da prática das potencialidades interiores, do diálogo com a vida interior e exterior, da transcendência das dificuldades através do entendimento, da descoberta e prática de identidade existencial, cósmica e comprometida com a harmonia Universal. Este ato puro de consciência somente será obtido quando o homem decidir direcionar sua espiritualidade na trilha da razão e firmar um compromisso com a verdade. Aquele compromisso que não tem comprometimento com as carências, frustrações, mágoas, solidão e interesses que continuamente o atraiçoam e o fazem distanciar-se da verdade única e Universal. A raça humana nunca poderá superar o momento de sua transição se continuar a buscar soluções para problemática existencial, social e cultural, geradas por um estado de consciência alienado e parcial. Pois, infelizmente, estas soluções propostas continuam sendo imaginadas com mesma mentalidade responsável pelos problemas já existentes. A única alternativa será a transformação de um estado de consciência para um outro mais abrangente e Universal. - (do livro SEMEADORES DE VIDA – 3ª edição, pág. 245 e 246)
O texto acima foi transmitido por Godar uma entidade extraterrestre a C.R.P. Wells o autor do livro, segundo o autor em uma de suas viagens atrais a cidade de Ilumen, que é centro operacional do planeta chamado por nós terrestres de Apu, no sistema denominado pelos nossos cientistas de Alfa do Centauro, a mais de 4 anos-luz da Terra.