segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

FIM DOS TEMPOS PRIMORDIAIS

Fim dos tempos primordiais há os mais e menos evoluídos na escola da vida na Terra. Independente de sua cultura e instrução neles, há quem somente considera aquilo que ver e toca e tem valor monetário. E os que a própria sensibilidade já lhes permite perceber os valores esotéricos e racionais e nesses ainda há os preguiçosos, os tolos, os vaidosos, os presunçosos, os orgulhosos, os soberbos e os supersticiosos. E os que acreditam ter nascido no pecado, para viver na vergonha, preocupados com o demônio orando pela salvação e pagando dízimos, para não acabar no inferno, onde até o pensamento é pecado além do ato do “crescei e multiplicai-vos”. Aterrorizados pelo inferno, vivem desesperados pelo paraíso, com o terror do diabo, nas sombras de suas igrejas com sacerdotes, que lhes redimem dos pecados, acreditam na ressurreição da morte no final dos tempos, onde a alma imortal será julgada para juntar-se a Deus, ou ser condenada ao inferno pela danação eterna. Esta superstição desenvolveu-se na Europa até encontrar o seu termo durante a revolução francesa em 1.793, pois a repulsa do povo oprimido por ela foi tão grande contra seus abusos, que na França todas as suas instituições foram abolidas, o dia do repouso semanal, o batismo, a comunhão foram proibidos e a França caiu até na persecução dos religiosos.

Voltaire glorificava o mito da razão, onde a assembléia legislativa por decreto declarou a inexistência de Deus. Mas no início do século XVIII, grandes mudanças ocorreram os homens se compenetraram na necessidade de ser mais realistas e o aperfeiçoamento da imprensa inclusive deram início aos conhecimentos, pelas impressões de livros e nisso surgiu a Terceira Revelação com a publicação do livro medianímico A VIDA DE JESUS DITADA POR ELE MESMO, em Avinhão na França em 1.835, fundava-se o espiritismo cristão, esta revelação surgiu das explicações das máximas de Cristo nas circunstâncias da Sua vida e Suas predicações, restabelecendo as verdades do cristianismo e denunciando os abusos praticados pelo catolicismo, na instrumentalização desta doutrina. A intolerância da igreja, entretanto, reduziu as cinzas esta primeira edição. Mas começava um movimento de pesquisas de onde Allan Kardec publicava a “Doutrina dos Espíritos” em 1.857, sempre na França e novamente a intolerância dos padres reduziu em cinzas esta edição. Uma nova edição surgiu lá em 1.864 contendo as explicações das máximas de Cristo, em concordância com o Espiritismo em sua aplicação nas diversas circunstâncias da vida e nascia o Evangelho Selon codificado por Allan Kardec. Esta proposta religiosa foi mais tolerante, não exigia exclusividade ideológica e contendo participações de “santos”, pondo o espiritismo como fato conseqüente a vida, passou e só na França atingiu quase um milhão de adeptos entre católicos e protestantes até o final do século XVIII, quando foi barrada pelo ato de fé de Barcelona que condenava o espiritismo com o estigma da igreja daí sumiu.

Foi na sociedade de Buenos Aires, que nasceram as iniciativas para restabelecer os princípios do verdadeiro cristianismo, o livro A VIDA DE JESUS DITADA POR ELE MESMO, tinha sido reeditado na França em 1.876, doze anos depois do evangelho kardecista e mais uma vez, foi reduzido em cinzas pela obra da igreja, mas um exemplar foi para a Argentina, onde encontrava amparo com pessoas dispostas a trabalharem para que esta semente reproduzisse provindo dela a pureza do primitivo e verdadeiro ensino cristico. E providenciaram para que o livro fosse traduzido, vindo a ser reeditado na França, na Espanha, na Itália e em Portugal.

Mas nisso, o evangelho Selon kardecista foi deitar raízes no espiritismo brasileiro, sozinho, onde recebeu as influências do africanismo e do catolicismo, mas na mediação crística e dos espíritos já glorificados, o livro da revelação começa a ser editado também no Brasil, a partir de 1.948, sendo aceito, porém, só por uma pequena minoria, menos de cinquenta mil pessoas, compraram este livro e a partir disso se considera que menos de cinqüenta mil pessoas, foram compenetrasse na necessidade da unicidade da sua crença e a este esporádico grupo, vem a juntar-se o espiritualismo litáurico, nos meados de 1.996, recentemente por onde já, porém há uma conversão vindo do espiritismo, do catolicismo, do evangelismo, do messiânico e até do budista, conversões livres, dos que procuram simplesmente, resgatar-se dos erros cometidos no passado inglório, de outras vidas e quando foram manobrados por sedentos do poder, que através da instrumentalização da palavra expandiram conceitos errados.

Por: LUIGI SAMPO

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