sábado, 23 de março de 2013

NÃO JULGUE!


Se Deus é perfeito e ama a todos, por que criaria as pestes e a fome, as guerras e doenças, os terremotos, tornados, furacões e todos os desastres naturais, as grandes desilusões pessoais e calamidades mundiais?

Eu não demonstro a Minha bondade criando apenas o que chamam de perfeição ao seu redor.

Como já expliquei: não se pode demonstrar amor enquanto não se demonstra o não-amor. Uma coisa não pode existir sem o seu oposto, exceto na esfera do absoluto.

Portanto, não condene tudo que chamaria de ruim no mundo. Em vez disso, pergunte-se o que considerou ruim e o que deseja fazer para mudá-lo.

Cada alma é um Mestre, embora algumas almas não se lembrem de suas origens ou heranças.

Então não julgue o caminho cármico trilhado por outra pessoa. Não sinta inveja do sucesso e nem pena do fracasso, porque não sabe o que é sucesso ou fracasso na avaliação da alma. Não diga que algo é uma calamidade ou um evento feliz até decidir, ou testemunhar, qual é seu objetivo.

Pois a morte é uma calamidade se salvar as vidas de milhares de pessoas? E a vida é um evento feliz se só causar sofrimento? Contudo, não deve julgar nem mesmo isso. Guarde sempre para si mesmo as suas opiniões, e deixe os outros fazerem o mesmo.

Isso não significa ignorar um pedido de ajuda, ou a ânsia de sua própria alma de trabalhar visando a mudança de alguma situação ou condição. Significa evitar rótulos e julgamentos enquanto faz o que quer que seja. Porque todas as situações são uma dádiva, e cada experiência é um tesouro oculto.

Certa vez, existiu uma alma que sabia que era a luz. Sendo uma alma nova, ansiava por experiência. "Eu sou a luz", dizia repetidamente. Mas todo o seu conhecimento e todas as suas palavras não podiam substituir a experiência de ser a luz. E na esfera onde essa alma surgiu, só havia luz. Todas as almas eram sublimes e magnificentes, e irradiavam o brilho da Minha grande luz. E por isso a pequena alma em questão era como uma vela sob o sol.
No meio da luz maior - da qual era parte - não podia ver a si mesma, experimentar-se como Quem Realmente Era.
Acontece que aquela alma desejava muito conhecer a si mesma. Tão profundo era esse seu desejo que um dia Eu lhe disse:
- Você sabe Pequena Alma, o que deve fazer para satisfazer o seu desejo?
- Ah, o que, Deus? O quê? Eu farei qualquer coisa - disse ela.
- Deve separar-se do restante de nós - disse Eu – e então evocar a escuridão.
- O que é a escuridão, ó Santíssimo? - perguntou a pequena alma.
- O que você não é.
E a alma compreendeu. Afastou-se do todo, chegando a ir até outra esfera. Nela, teve o poder de experimentar todos os tipos de escuridão. E o fez.
Contudo, no meio daquelas trevas, gritou:
- Pai, Pai, por que me abandonastes?

Vocês têm feito isso em seus momentos mais difíceis. Entretanto, eu nunca os abandonei. Estou sempre ao seu lado pronto para lembrar-lhes Quem Realmente São; para chamá-los de volta ao lar.

Por isso, sejam uma luz na escuridão, e não a amaldiçoem. E não se esqueçam de Quem São no momento em que forem rodeados pelo que não são.

Vocês vieram a este mundo sem nada a aprender - só têm de demonstrar o que já sabem.

Não, nem todas as coisas que lhes acontecem e que chamam de ruins são escolha de vocês. Contudo, não há vítimas e nem algozes no mundo.

Um mestre pode acabar com a dor mais intensa. Desse modo, o Mestre cura. O sofrimento resulta de um julgamento que você fez sobre uma coisa. Elimine o julgamento e o sofrimento desaparecerá.

Não há "deveria" ou "não deveria" no mundo de Deus. Faça o que quiser, o que o reflete, o que o representa como uma versão mais grandiosa do seu Eu. Se quiser se sentir mal, sinta-se.

Mas não julgue ou condene. Você não sabe por que e com que objetivo um evento ocorre.

E lembre-se disto: o que você condena o condenará, e o que você julga um dia virá a julgá-lo.

Em vez disso, procure mudar o acontecimento – ou apoiar outras pessoas que os estão mudando – que não mais refletem o seu sentido mais elevado de Quem Você É.

Entretanto, bendiga tudo - porque tudo é criação de Deus, através da vida, que é a Sua mais importante criação.

Há aqueles que dizem que Eu lhes dei o livre arbítrio, mas essas mesmas pessoas também dizem que se vocês não me obedecerem, Eu os mandarei para o inferno.

Que tipo de livre-arbítrio é esse? Isso não é duvidar de Deus - e de qualquer tipo de relacionamento verdadeiro entre nós?

É a experiência do pior resultado possível de suas escolhas, decisões e criações. É a consequência natural de qualquer pensamento que negue a Mim, ou Quem Vocês São em relação a Mim.

Mas o inferno não existe como esse lugar que vocês fantasiaram, onde queimam em um fogo eterno, ou existem em um estado de tormento eterno. O que Eu ganharia com isso?

Mesmo se Eu tivesse o pensamento extraordinariamente Não Divino de que vocês não "mereciam" o céu, por que precisaria procurar algum tipo de vingança ou punição por seu fracasso? Não poderia simplesmente dar fim a vocês? Que parte vingativa de Mim exigiria que Eu os condenasse a um sofrimento eterno indescritível?

Eu digo que não há uma experiência após a morte como a que vocês imaginaram em suas teologias baseadas no medo. No entanto, há uma experiência da alma tão infeliz, tão incompleta, tão menos do que o todo, tão separada da maior alegria de Deus, que para essa alma isso seria o inferno. Mas Eu não os mando para lá, e tampouco imponho-lhes essa experiência. Vocês mesmos a criam, sempre que separam o seu Eu do seu próprio pensamento mais elevado em relação a vocês; sempre que o negam e rejeitam Quem e O Que Realmente São. Contudo, nem mesmo essa experiência é eterna. Não pode ser, porque não é o Meu plano que vocês se separem de Mim por toda a eternidade. De fato, isso é impossível porque nesse caso não só vocês teriam de negar Quem São, como Eu também teria de negá-lo. Isso Eu nunca farei. E enquanto um de nós se mantiver fiel à verdade em relação a vocês, ela prevalecerá.

É do medo que você precisa para ser, fazer e ter o que é intrinsecamente certo? Tem de se sentir ameaçado para "ser bom"? E o que é "ser bom"? Quem tem a palavra final sobre isso? Quem dá as diretrizes? Quem cria as regras?

Ninguém mais o julgará, por que e como Deus poderia julgar a sua própria criação e considerá-la ruim? Se Eu quisesse que vocês fossem perfeitos e fizessem tudo certo, teria deixado que ficassem no estado de total perfeição de onde vieram. Todo o objetivo do processo foi fazê-los descobrir a si mesmos, criar os seus Eus, como realmente são e desejam ser.

Então Eu deveria puni-los por fazerem uma escolha que coloquei à sua frente? Se Eu não quisesse que vocês fizessem a segunda escolha, por que criaria outra além da primeira? Essa é uma pergunta que devem fazer a si mesmos antes de Me atribuírem o papel de um Deus condenador. A resposta direta para a sua pergunta é sim, você pode fazer o que quiser sem medo de punição. Contudo, terá de arcar com as consequências. As consequências são os resultados naturais, que não são o mesmo que punições. São simplesmente isso, o que resulta da aplicação natural das leis naturais.

O que lhe parece punição - ou o que chamaria de mal, ou má sorte - é apenas uma lei natural fazendo-se valer.

Esse é o objetivo da sua alma - realizar-se enquanto ainda está no corpo; tornar-se a encarnação de tudo que realmente é.

Mas, pode escolher as pessoas, os lugares e os eventos - as condições e circunstâncias, os desafios e obstáculos, as oportunidades e opções - para criar a sua experiência.

Esse é o objetivo da vida.

Por isso, bendiga todas as pessoas e condições, e agradeça. Desse modo, afirmará que o que Deus criou é perfeito - e mostrará a sua fé Nele. Porque nada acontece por acaso no mundo de Deus. Não existe coincidência. O mundo não é devastado por acaso, ou devido ao que você chama de destino.

Jesus não os curou porque achava que a sua condição era imperfeita. Ele os curou porque viu aquelas almas pedindo a cura como parte de seu processo. Viu a perfeição do processo. Reconheceu e compreendeu a intenção da alma. Se Jesus tivesse achado que todas as doenças, mentais ou físicas, representavam imperfeição, não teria simplesmente curado ao mesmo tempo todas as pessoas no planeta? Duvida de que Ele poderia ter feito isso?

Ótimo. Então a mente deseja saber: por que Ele não o fez? Por que Cristo decidiu que alguns deveriam sofrer, e outros serem curados? Por que Deus permite o sofrimento? Esta pergunta já foi feita antes, e a resposta é a mesma. Há perfeição no processo - e toda a vida resulta da escolha. Não se deve interferir na escolha, ou questiona-la. Muito menos se deve condená-la. Deve-se observá-la, e depois fazer o possível para ajudar a alma a fazer uma escolha superior. Portanto, esteja atento às escolhas das outras pessoas, mas não as julgue. Saiba que a sua escolha é perfeita para elas neste momento – mas esteja pronto para ajudá-las se mais tarde quiserem fazer uma escolha nova, diferente, uma escolha superior. Esteja em comunhão com as outras almas, e seus objetivos e suas intenções se tornarão claros para você. Foi isso que Jesus fez com aqueles que curou - e com todos as vidas que tocou. Ele curou todas as pessoas que O procuraram, ou que enviaram outras para implorar por elas. Jesus não curou a esmo. Isso seria infringir uma Lei Sagrada do Universo: Deixe todas as almas seguirem o seu caminho.

Você vê, a resposta está na própria pergunta. Se uma coisa é obviamente certa, faça-a. Mas lembre-se de que é preciso muito rigor no julgamento, no que diz respeito ao que chama de "certo" ou "errado". Uma coisa só é certa ou errada porque você diz que é. Não é certa ou errada intrinsecamente.

O "certo" ou "errado" não é uma condição intrínseca, é um julgamento subjetivo em um sistema pessoal de valores. Através de seus julgamentos subjetivos você cria o seu Eu – através de seus valores pessoais determina e demonstra Quem É. O mundo existe exatamente como é para que você possa fazer esses julgamentos. Se existisse em perfeitas condições, seu processo vital de criação do Eu terminaria. A carreira de um advogado terminaria amanhã se não existissem mais litígios. Ocorreria o mesmo com a carreira de um médico se não existissem mais doenças. A carreira de um filósofo também terminaria se não existissem mais dúvidas.

Todos nós pararíamos de criar se não existisse mais nada para ser criado. Temos muito interesse em continuar o jogo. Apesar do fato de que dizemos que gostaríamos de resolver todos os problemas, não ousamos fazer isso, porque nesse caso não teríamos mais o que fazer. Seu complexo militar-industrial entende isso muito bem. É por esse motivo que se opõe terminantemente a qualquer tentativa de estabelecimento de uma política contrária à guerra, em qualquer lugar. Suas instituições médicas também entendem isso. É por esse motivo que se opõem firmemente – têm de fazê-la, para a sua própria sobrevivência – a novas drogas ou curas maravilhosas, e ainda mais à possibilidade de milagres.

Sua comunidade religiosa também tem essa lucidez. É por esse motivo que sempre se opõe a qualquer definição de Deus que não inclua medo, julgamento e punição, e a qualquer definição do Eu que não inclua a sua própria ideia do único caminho para Deus.

Se eu lhe disser que você é Deus - para onde vai a religião? Se eu lhe disser que está curado, para onde vão a ciência e a medicina? Se eu lhe disser que deve viver em paz, para onde vão os pacificadores? Se eu lhe disser que o mundo é fixo, para onde vai o mundo? E quanto aos edificadores?

Eu quero o que vocês querem. Quando realmente quiserem acabar com a fome, não haverá mais fome.

Eu estou mostrando em termos claros que o mundo se encontra nas condições atuais porque vocês escolheram que fosse assim. Estão destruindo sistematicamente o seu meio ambiente, e depois dizem que os desastres naturais são uma peça cruel que Deus pregou, ou obra de uma Natureza cruel. Vocês é que pregaram a peça em si mesmos, e que são cruéis.

Eu estou mostrando em termos claros que o mundo se encontra nas condições atuais porque vocês escolheram que fosse assim. Estão destruindo sistematicamente o seu meio ambiente, e depois dizem que os desastres naturais são uma peça cruel que Deus pregou, ou obra de uma Natureza cruel. Vocês é que pregaram a peça em si mesmos, e que são cruéis.

Mas, se vocês não conseguem concordar com algo tão basicamente simples como parar de se matarem, como podem implorar ao céu com as mãos erguidas para que as suas vidas sejam colocadas em ordem?
Eu não farei nada por vocês que não farão por si mesmos. Esta é a lei e é o que dizem os profetas. O mundo está nas condições atuais por causa de vocês, e das escolhas que fizeram – ou deixaram de fazer. (Não decidir é decidir.).

A Terra está como está por causa de vocês, e das escolhas que fizeram - ou deixaram de fazer. Suas próprias vidas estão como estão por causa de vocês, e das escolhas que fizeram – ou deixaram de fazer.

Todos vocês produziram as condições que criam no ladrão o desejo ou a necessidade de roubar. Todos vocês criaram a consciência que torna o estupro possível.

Alimentem os famintos, deem dignidade aos pobres e oportunidades aos menos afortunados. Ponham fim aos preconceitos que fazem as pessoas ficarem confusas e raivosas, com poucas perspectivas de um futuro melhor. Deixem de lado os seus tabus absurdos e as restrições que dizem respeito à energia sexual - em vez disso, ajudem as outras pessoas a compreenderem o seu milagre, e a canalizá-la corretamente. Façam essas coisas e terão dado um grande passo na direção do fim do roubo e do estupro.

Os acidentes acontecem porque acontecem.

Eu lhes digo: Não existe coincidência, e nada acontece "por acaso". Vocês atraem para si todos os eventos, para poderem criar e experimentar Quem Realmente São. Todos os verdadeiros Mestres sabem disso. Este é o motivo pelo qual ficam imperturbáveis diante das piores experiências da vida (como vocês as definiriam).

Os grandes mestres de sua religião cristã entendem isso. Sabem que Jesus não ficou perturbado com a crucificação, mas a esperou.

Ele poderia tê-la evitado, mas não a evitou. Poderia ter interrompido o processo em qualquer ponto. Tinha tal poder. Porém, não fez isso. Permitiu-se ser crucificado para ser a salvação eterna do homem. Vejam, disse Ele, o que posso fazer. Vejam o que é verdade. E saibam que também farão essas coisas e muitas outras. Eu não disse que são deuses? Mas vocês não acreditam. Se não puderem acreditar nisso, acreditem em si mesmos e em Mim.

A compaixão de Jesus era tanta que Ele implorou por um modo - e o criou - de causar tamanho impacto no mundo que todos poderiam ir para o céu (realização pessoal) - se não de outro modo, através Dele. Porque Ele venceu o sofrimento e a morte. E vocês podem fazer o mesmo.

O maior ensinamento de Cristo não foi que vocês terão vida eterna, mas que têm; não que terão fraternidade em Deus, mas que têm; não que terão tudo que pedirem, mas que têm.

Eu disse para vocês quais são todas elas, desde o início dos tempos. Repetidamente. Eu lhes enviei um mestre após o outro. Vocês não ouvem os meus mestres. Vocês os matam.

Porque eles se opõem a todos os seus pensamentos que negariam a Mim. E vocês negam a Mim quando negam a si mesmos.

Jesus fez isso regularmente. Entendeu como manipular energia e matéria, como rearranjá-las, redistribuí-las e controlá-las totalmente. Muitos Mestres sabiam disso. Muitos sabem agora. Você pode saber. Neste exato momento.

Esse é o conhecimento do bem e do mal que Adão e Eva partilharam. Só pôde haver vida como vocês a conhecem depois que eles compreenderam isso.

Adão e Eva - os nomes míticos que vocês deram ao Primeiro Homem e à Primeira Mulher - foram o Pai e a Mãe da experiência humana.

O que tem sido descrito como a queda de Adão, na verdade foi o seu erguimento – o maior evento isolado na história da humanidade. Porque sem ele, o mundo da relatividade nunca existiria. O ato de Adão e Eva não foi o pecado original. Na verdade, foi a primeira bênção. Vocês deveriam agradecer-lhes do fundo de seus corações - porque sendo os primeiros a fazer a escolha" errada", produziram a possibilidade de fazer qualquer escolha.

Em sua mitologia vocês tornaram Eva a "má" – a tentadora que comeu o fruto do conhecimento do bem e do mal - e induziu Adão a fazer o mesmo.

Essa mitologia lhes permitiu tornar desde então a mulher a "ruína" do homem, o que resultou em todos os tipos de deturpação da realidade – sem falar nas visões distorcidas do sexo e nas confusões. (Como é possível sentir-se tão bem com algo tão ruim?).

Em resumo, os Mestres são aqueles que escolheram apenas o amor. Em todas as situações e em todos os momentos. Mesmo quando estavam sendo mortos, amavam seus assassinos. Mesmo quando estavam sendo perseguidos, amavam seus opressores.

Não existem coincidências no universo.

Texto extraído do livro CONVERSANDO COM DEUS I - Neale Donald Walsch

sexta-feira, 22 de março de 2013

RECRIANDO

O maior segredo é que a vida não é um processo de descoberta, mas sim de criação. Você não está se descobrindo, mas se recriando.

A escola é um lugar para onde você vai se há algo que não sabe e deseja saber. Não é um lugar para onde vai se já sabe uma coisa e deseja apenas experimentar o seu conhecimento.

A vida (como a chamo) é uma oportunidade de você saber experimentalmente o que já sabe conceitualmente. Não precisa aprender coisa alguma para fazer isso. Precisa apenas lembrar o que já sabe, e agir de acordo com esse conhecimento.

Vamos começar aqui. A alma - sua alma – sabe tudo que há para saber o tempo todo. Nada é misterioso ou desconhecido para ela. Contudo, saber não é o suficiente. A alma procura experimentar.

Você pode saber ser generoso, mas a menos que faça algo que demonstre a sua generosidade, terá apenas um conceito. Pode saber ser bondoso, mas a menos que seja bondoso com alguém, só terá uma ideia a respeito de si mesmo.

Deus sabia que para o amor existir - e conhecer-se como amor puro - seu exato oposto também tinha de existir. Por isso, Ele criou voluntariamente a grande polaridade, o oposto absoluto do amor - tudo que o amor não é - o que agora é chamado de medo. No momento em que o medo existiu, o amor pôde existir como algo que podia ser experimentado.

Do mesmo modo como vocês escolheram personificar o amor puro como aquele a quem chamam de Deus, escolheram personificar o medo abjeto como aquele a quem chamam de demônio.

Meu objetivo ao criá-los, Meus filhos espirituais, foi conhecer a Mim Mesmo como Deus. Só posso fazer isso através de vocês. Portanto, pode-se dizer (como foi dito muitas vezes) que o Meu objetivo é que vocês se conheçam como Eu.

Portanto, sua função na Terra não é aprender (porque já sobem), mas sim lembrar-se de Quem São.

Texto extraído do livro CONVERSANDO COM DEUS I

quarta-feira, 20 de março de 2013

AMOR E MEDO


Eis aí a segunda grande ilusão do homem: que o resultado da vida é incerto. Todas as ações humanas são motivadas em seu nível mais profundo por uma entre duas emoções: medo ou amor.

Vocês projetaram o papel de "pai" em Deus, e por esse motivo imaginam um Deus que julga, recompensa ou pune, baseado em como Ele se sente em relação ao que fizeram. Mas essa é uma visão simplista de Deus, baseada em sua mitologia.
Não tem nada a ver com Quem Eu Sou.

Tendo assim criado todo um sistema de pensamento sobre Deus baseado na experiência humana, em vez de nas verdades espirituais, vocês imaginam toda uma realidade a respeito do amor. É uma realidade baseada no medo, na ideia de um Deus temível e vingativo.

Seu Pensamento Responsável está errado, mas negá-lo seria rejeitar toda a sua teologia. E apesar do fato de que a nova teologia que iria substitui-Ia seria realmente a sua salvação, vocês não podem aceita-la, porque a ideia de um Deus que não deve ser temido, não julga e não tem motivos para punir é maravilhosa demais para ser aceita dentro de sua crença maior em Quem e O Que Deus é.

Devido aos seus próprios pensamentos (errôneos) a respeito do amor, vocês se condenam a nunca experimentá-lo puramente. Por isso, também se condenam a não Me conhecer como realmente sou.


O medo é a energia que restringe, paralisa, retrai, leva-os a fugir e esconder-se, e fere. O amor é a energia que expande, move, revela, leva-os a ficar e partilhar, e cura. O medo cobre os seus corpos de roupas, o amor lhes permite ficar nus. O medo os faz segurar tudo o que têm, o amor dá tudo aos outros. O medo sufoca, o amor mostra afeição. O medo oprime, o amor liberta. O medo irrita, o amor acalma. O medo critica, o amor regenera.


Texto extraído do livro CONVERSANDO COM DEUS I

segunda-feira, 18 de março de 2013

A PRECE


Você não terá aquilo que pedir, e tampouco não pode ter tudo que quer.

Isso ocorre porque o seu próprio pedido é uma afirmação de carência, e você dizer que deseja algo apenas produz essa experiência - a do desejo – em sua realidade.

Portanto, a oração correta nunca é de súplica, mas sim de gratidão.

Logo, a gratidão é a afirmação mais convincente para Deus; uma afirmação de que mesmo antes de você pedir, Eu atendi o seu pedido. Então, nunca suplique. Agradeça.

A gratidão não pode ser usada como um meio de manipular Deus: de enganar o universo. Você não pode mentir para si mesmo. Sua mente conhece a sinceridade de seus pensamentos. Se você disser "obrigado, Senhor, por tais e tais dádivas", e o tempo todo estiver muito claro em sua mente que essas dádivas não existem em sua realidade atual, não poderá esperar que Deus veja isso menos claro do que você, e o produza para você. Deus sabe o que você sabe, e o que você sabe é o que aparece como sua realidade.

Quando é dito que uma prece não foi atendida, o que de fato aconteceu foi que o pensamento, a palavra ou o sentimento mais fervoroso tornou-se mecânico.

Então a prece é de agradecimento. Não um pedido, mas uma afirmação de gratidão pelo que é verdade.

Deus é o observador, não o criador. E Ele está pronto para ajudá-lo a viver, mas não do modo que você poderia esperar.

Não é função de Deus criar, ou não criar, as situações ou funções de sua vida. Contudo, deu-lhe o livre arbítrio, para fazer dela o que quiser.

Você vive de um determinado modo, e Eu não tenho preferências no que diz respeito a isso.

Essa é a grande ilusão de vocês: que Deus se importa com o que fazem. Eu não me importo com o que fazem, e é duro ouvir isso.

Contudo, em certo sentido, Deus não se importa nem mesmo com o resultado. Nem com o resultado final. Porque este é certo.

Texto extraído do livro CONVERSANDO COM DEUS I

quinta-feira, 14 de março de 2013

A ALMA


Você é um ser trino, feito de corpo, mente e espírito.

A sua mente não está em sua cabeça. Seu cérebro está em sua cabeça. Sua mente não. A mente está em todas as células do seu corpo.

O que você chama de mente na verdade é uma energia. É... O pensamento. E o pensamento é uma energia, não um objeto.

Seu cérebro é um objeto. É um mecanismo físico, bioquímico, o maior e mais sofisticado – mas não o único – do corpo humano, através do qual o corpo transforma em energia que é seu pensamento em impulsos físicos. Seu cérebro é um transformador. Como todo o seu corpo. Você tem pequenos transformadores em todas as células. Os bioquímicos frequentemente observaram que células individuais – como, por exemplo, as do sangue – parecem ter uma vontade própria. De fato têm.

Sim, a mente está em todas as células. E há mais células em seu cérebro do que em qualquer outra parte do seu corpo, por isso parece que sua mente está ali. Todavia, esse é apenas o centro principal de processamento, não o único.

A mente está em todas as células do corpo. Mas, não estão em toda parte. Pois há espaços entre as células. De fato, seu corpo é 99% espaço.

A alma é maior do que o corpo. Não é o corpo que a contém, mas ela que o contém.

Você já ouviu falar em “aura”?

A aura é o mais perto da verdade que podemos chegar, usando sua linguagem, para dar-lhe uma ideia de uma realidade enorme e complexa. A alma é o que os mantém unidos – assim como a Alma de Deus é o que contém o Universo e o mantém unido.

Não há um lugar onde outra alma “termina” e a nossa “começa”! Assim como não há lugar onde o ar da sala de estar “termina” e o da sala de jantar “começa”. É tudo o mesmo ar. A mesma alma!

Só existe Um Único Ser e, portanto Uma Única Alma. E há muitas almas no Único Ser.

Eis como a dicotomia funciona: Eu acabei de lhe explicar que não existe separação entre as almas. A alma é a energia da vida que existe (como a aura) dentro e ao redor de todos os objetos físicos. Em certo sentido, é o que “mantém” todos os objetos físicos no lugar. A “Alma de Deus” contém o Universo, a “alma do homem” contém o corpo humano de cada indivíduo.

Toda a vida é uma vibração. O que você chama de vida (que também poderia chamar de Deus) é pura energia. Essa energia vibra constantemente. Move-se em ondas. As ondas vibram em velocidades diferentes, produzindo graus diferentes de densidade ou luz. Por sua vez, isso produz o que você chamaria de “efeitos” diferentes no mundo físico – na verdade, objetos físicos diferentes. No entanto, embora os objetos sejam diferentes e distintos, a energia que os produz é a mesma.

Você disse que não havia um lugar em que o ar da sala de estar “terminava” e o da sala de jantar “começava”. E isso é verdade. Todavia, há um lugar em que o “ar da sala de estar” se torna menos denso. Isto é, mais “rarefeito”. Ocorre o mesmo com o “ar da sala de jantar”. Quanto mais você se afasta dela, menos sente o cheiro da comida!

O ar da casa é o mesmo ar. Não há “ar separado” na sala de jantar. Porém, lá o ar realmente parece “outro”. Porque tem um cheiro diferente!

Como o ar passou a ter características diferentes, parece que é um ar diferente. Na sala de estar você sente o cheiro da lareira, na sala de jantar sente o cheiro da comida. Você poderia até mesmo entrar em um cômodo e dizer, “Nossa, como está abafado aqui. Vamos abrir as janelas para o ar entrar.”, como se não houvesse algum ali. E é claro que há muito ar. O que você está querendo fazer é mudar suas características.

Então você abre as janelas para o ar entrar. Mas o ar que vem de fora também é o mesmo. Há apenas um ar entrando, envolvendo tudo.

Como o ar em sua casa, a energia da vida – o que chamaremos de a “Alma de Deus” – assume características variadas ao envolver objetos físicos diferentes. De fato, essa energia se une de um modo particular para formar esses objetos.

Quando as partículas de energia se unem para formar matéria física, tornam-se muito concentradas. Combinadas. Comprimidas. Começam a “parecer” unidades distintas. Isto é, a parecer “separadas”, “diferentes” de toda energia. Mas é tudo a mesma energia, procedendo de modos diferentes.

As “partes de energia” que se uniram em unidades distintas que continham seres físicos são o que vocês escolheram chamar de “almas”. Estamos falando aqui das partes de Mim que se tornaram vocês. Portanto, da Dicotomia Divina:

Só há Um de nós.

Há Muitos de Nós.

A energia nunca desaparece totalmente, porque não pode desaparecer. É a matéria de que tudo é feito. É tudo o Que Existe. Contudo, pode se tornar muito, muito fraca, sútil – quase “inexistente”.

Então, em outro lugar (leia-se, outra parte de Si Mesma), pode novamente combinar-se, mais uma vez “concentrando-se” para formar o que você chama de matéria, e que “parece” uma unidade distinta.

Nada pode se tornar matéria por si mesmo.

Nós somos Um Só, e, portanto, é isso que VOCÊS SÃO.

Texto extraído do livro CONVERSANDO COM DEUS III – Neale Donald Walch

segunda-feira, 11 de março de 2013

AS CINCO EMOÇÕES NATURAIS


A mente pode fazer – e faz – escolhas em um de pelo menos três níveis interiores: os da lógica, intuição e emoção – e às vezes em todos os três – criando a possibilidade de até mesmo mais conflitos interiores.

E dentro de um desses níveis – o da emoção – há outros cinco. São as cinco emoções naturais: pesar, raiva, inveja, medo e amor.

O pesar é uma emoção natural.

O pesar constantemente reprimido se transforma em depressão crônica, uma emoção muito antinatural.

Devido à depressão crônica, pessoas matam, guerras começam e nações se tornam decadentes.

A raiva é uma emoção natural.

A raiva constantemente reprimida se transforma em ódio, uma emoção muito antinatural.

Devido ao ódio, pessoas matam, guerras começam e nações se tornam decadentes.

A inveja é uma emoção natural. É muito sadio e natural ser invejoso.

A inveja constantemente reprimida se transforma em ciúme, uma emoção muito antinatural.

Devido ao ciúme, pessoas matam, guerras começam e nações se tornam decadentes.

O medo é uma emoção natural.

O medo constantemente reprimido se transforma em pânico, uma emoção muito antinatural.

Devido ao pânico, pessoas matam, guerras começam e nações se tornam decadentes.

O amor é uma emoção natural.

O amor constantemente reprimido se transforma em possessividade, uma emoção muito antinatural.

Devido à possessividade, pessoas matam, guerras começam e nações se tornam decadentes.

As crianças que acham que é errado expressar essas emoções naturais, e que de fato nunca deveriam senti-los, terão dificuldade em lidar adequadamente com estas emoções que são naturais, quando se tornarem adultas.

Portanto, as emoções naturais, quando reprimidas, produzem reações antinaturais. E, na maioria das pessoas, grande parte das emoções naturais é reprimida. Porém, essas emoções são aliadas. São dádivas. Suas ferramentas divinas com as quais você constrói sua experiência.

Você recebe essas ferramentas no nascimento. Elas o ajudam a cuidar de sua vida.

Texto extraído do livro CONVERSANDO COM DEUS III, págs. 39, 40, 41, 42 e 43.