Por ter sido nosso planeta durante
tanto tempo um mundo de purgação e expiação, as famílias que nele se formam são,
na verdade, reunião de espíritos
compromissados e que, normalmente se encontram em débito espiritual uns para
com os outros, não possuindo,
necessariamente, afinidade entre si.
A bem da verdade, quase sempre são adversários de vidas passadas que, sob
o domínio da inevitabilidade consanguínea, são obrigados a conviver a duras
penas. Com isso,
quando conseguem um mínimo de sucesso, aprendem a se perdoar reciprocamente,
nascendo daí laços amorosos e de gratidão que promoverão, no futuro, melhores
condições reencarnatórias. Esse é,
infelizmente, o pano de fundo espiritual da maioria das famílias terrenas.
Já inclinados a seguir os impulsos
que nos veem do íntimo – produtos das tendências de vidas passadas – e
embalados pela pouca vigilância educacional dos que nos rodeiam, costumamos
caminhar pelas estradas da vida despreocupadamente, sem a menor noção das
regras do trânsito espiritual.
Infrações diversas e multas de todos
os montantes nos esperam – quando desencarnados – na hora de renovar as nossas licenças
espirituais para novos períodos de aprendizado, ou seja, novas vidas na
Terra. No entanto, tudo isso é ainda, infelizmente, questão de crenças para
muitos, de descrença para outros tantos e de certeza para uns poucos.
Mas, o Mestre não se altera nem se
perturba. Ele espera, pacientemente, a oportunidade e o tempo corretos para
tornar a abraçar a cada uma e a todas as suas ovelhas. Mas, não nos iludamos,
pois Ele mesmo nos avisou que a cada um seria dado conforme as próprias obras.
Continuamos a transitar pelo mundo
através das muitas vidas, completamente despreocupados
quanto às regras do jogo existencial, delas reclamando sempre e esquecendo
que quem tem de se modificar somos nós
próprios e não as normas cósmicas que nos regulam a jornada evolutiva.
Em mundos transitórios os pais nos
fornecem o corpo transitório, jamais a alma. E se além de transitórios são de
caráter inferior, como é o caso da Terra, os filhos que chegam normalmente são
os desencontros do passado e não os afetos do nosso espírito.
De fato, cada uma das famílias de
exilados que terminou por se congregar na Terra teve o conjunto de seus membros
perdidos entre as encarnações terrenas.
Depois de tantos débitos assumidos, somente após a purgação
dos mesmos é que tornava-se possível o reencontro em condições satisfatórias em
um mesmo núcleo familiar.
E isso somente começou a ser possível
– em escala planetária – depois da presença do Mestre entre nós.
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