segunda-feira, 8 de abril de 2013

FAMÍLIAS TERRENAS


Por ter sido nosso planeta durante tanto tempo um mundo de purgação e expiação, as famílias que nele se formam são, na verdade, reunião de espíritos compromissados e que, normalmente se encontram em débito espiritual uns para com os outros, não possuindo, necessariamente, afinidade entre si.

A bem da verdade, quase sempre são adversários de vidas passadas que, sob o domínio da inevitabilidade consanguínea, são obrigados a conviver a duras penas. Com isso, quando conseguem um mínimo de sucesso, aprendem a se perdoar reciprocamente, nascendo daí laços amorosos e de gratidão que promoverão, no futuro, melhores condições reencarnatórias. Esse é, infelizmente, o pano de fundo espiritual da maioria das famílias terrenas.

Já inclinados a seguir os impulsos que nos veem do íntimo – produtos das tendências de vidas passadas – e embalados pela pouca vigilância educacional dos que nos rodeiam, costumamos caminhar pelas estradas da vida despreocupadamente, sem a menor noção das regras do trânsito espiritual.

Infrações diversas e multas de todos os montantes nos esperam – quando desencarnados – na hora de renovar as nossas licenças espirituais para novos períodos de aprendizado, ou seja, novas vidas na Terra. No entanto, tudo isso é ainda, infelizmente, questão de crenças para muitos, de descrença para outros tantos e de certeza para uns poucos.

Mas, o Mestre não se altera nem se perturba. Ele espera, pacientemente, a oportunidade e o tempo corretos para tornar a abraçar a cada uma e a todas as suas ovelhas. Mas, não nos iludamos, pois Ele mesmo nos avisou que a cada um seria dado conforme as próprias obras.

Continuamos a transitar pelo mundo através das muitas vidas, completamente despreocupados quanto às regras do jogo existencial, delas reclamando sempre e esquecendo que quem tem de se modificar somos nós próprios e não as normas cósmicas que nos regulam a jornada evolutiva.

Em mundos transitórios os pais nos fornecem o corpo transitório, jamais a alma. E se além de transitórios são de caráter inferior, como é o caso da Terra, os filhos que chegam normalmente são os desencontros do passado e não os afetos do nosso espírito.

De fato, cada uma das famílias de exilados que terminou por se congregar na Terra teve o conjunto de seus membros perdidos entre as encarnações terrenas.

Depois de tantos débitos assumidos, somente após a purgação dos mesmos é que tornava-se possível o reencontro em condições satisfatórias em um mesmo núcleo familiar.

E isso somente começou a ser possível – em escala planetária – depois da presença do Mestre entre nós.

Texto extraído do livro “CARMA E COMPROMISSO” – 3ª edição 2002 – JAN VAL ELLAM


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