Espírito
é uma partícula que nasce em algum lugar, é energia pura combinada com uma vida
simples, com a matéria, em qualquer tempo... Combina-se, em sucessão, a formas
mais complexas, que do mundo vegetal passam ao mundo animal, até chegar à etapa
evolutiva seguinte do ser humano e prosseguir depois desta para esferas mais
elevadas. Nasce na Natureza unicelular e depois começa a ser acompanhado pelos
Campos Superiores e multiplicando as células, passa a fases mais evoluídas para
desenvolver tarefas sempre maiores e mais complexas. Sabemos que tendo de
alcançar 100, supondo que esta percentagem seja o total da que se poderá
realizar no estágio humano da terra, podemos alcançar, no máximo, três deste
montante em cada encarnação.
Considerando
os erros, no seu livre arbítrio, é evidente que a somatória destes irá diminuir
a percentagem, pois cada erro deverá ser compensado e isto não produz avanço,
mas estaciona ou atrasa a evolução. Em teoria pode-se atingir 100 em 33 ou 34
vidas. Na prática, segundo aqueles que realizam estes estudos, completa-se o
estágio evolutivo por volta das 108 encarnações na Terra.
A
partir da primeira encarnação, o espírito tem as melhores possibilidades na
vida material, porquanto não tendo carma ainda, nada o impede de alcançar
posições elevadas, pois estas se lhe constituem como provas, já de início, que
se não souber balancear, implicarão condições de vidas sucessivas, mais ou bem
mais penalizadas e, de consequência em consequência, até chegar a ser
influenciado na forma mediúnica com a cobrança na aura.
Muitos
são levados a considerar que quem goza das melhores posições na vida seja um
espírito mais evoluído, mas quando não é carma, é ausência dele. A combinação
espiritual com o seu casulo humano, quando sai da Natureza vem perfeita, mas a
partir daí irá atrasar-se perdendo o brilho conforme as consequências dos seus
atos, para voltar a recuperar-se em qualquer tempo, gradualmente, corrigindo e
compensando, um a um, os seus próprios erros, elevando, nos sofrimentos, as
virtudes e a sensibilidade, que o impelirão a submeter-se à vontade de Deus e
aí se livrará definitivamente da reencarnação, até lá forçada. Com a
neutralização do carma, desprendimento e aceitação da vontade superior, termina
o ciclo evolutivo na Terra e o espírito só poderá voltar a reencarnar aqui
quando voltem a existir razões para estas correções.
Alcançando
a evolução do estágio Terra, o espírito passa para outras esferas, tendo
maiores participações no governo da criação, pois há bilhões de planetas, sem
ou com humanidades menos e mais evoluídas, mas até lá fica ligado à dimensão
humana e nada do que ele possa fazer altera o seu carma que deverá ser cumprido
até o último jota, mas os próprios recursos e as faculdades que possui no
emocional para auto sustentar-se o levam ao autocondicionamento que pode
inferiorizá-lo, e virá a ser condicionado pela sua sensibilidade desenvolvida
no sofrimento, e, neste sobe e desce, acaba evoluindo. Até lá poderá passar por
muitos estágios que sempre o prenderão às mesmas condições, e às dimensões
espirituais da metafísica. Evidenciam-se aí duas formas evolutivas, uma forçada
e vinculada ao sofrimento e a outra ligada ao bom senso, do “Orai, vigiai e
instruí-vos”, com que Jesus ensina: - “Quem muito ama já ora, quem muito amou,
já orou”, convidando a boa obra ou a caridade praticada no contexto da
participação social para ensinar como crescer no espírito sem abusar do direito
alheio, dos componentes da criação e ainda, ajudando a reencontrar a dignidade
daqueles que as dificuldades aquietaram. Para cada ação produzida, além da
obrigação, virá a ser descontada uma ação futura da correção cármica de igual
intensidade que possa ser cobrada nos negócios, na saúde ou na simples
dificuldade.
Cada
ação provoca uma reação, e para cada ação na vida haverá uma consequência que
poderá ser gozada ou sofrida, e de início, como correção, haverá dificuldade,
depois virá o sofrimento da carne, até a doença da alma, em que o espírito é
atacado pelas pragas que ele mesmo gerou no seu passado.
A
paixão é irracional e, quando passa à dimensão do túmulo, fica, e suas consequências
são os próprios espíritos envolvidos que se encarregam de apaziguar na lei de
Talião. Daí nascem os fatos mediúnicos, que, gerando extra sensos, levam muitos
ao engano na sua exploração, mas, passando a interferir com o plano metafísico,
as consequências são aplicadas na regressão do espírito, isto é, regride no
casulo humano para estágios inferiorizados e gradualmente a estágios inferiores
até envolver o espírito. Pelas regras naturais, esta é uma irregularidade, pois
a vida é progresso. Mas, no momento, há necessidade de regenerar até os
próprios espíritos, que já foram melhores nas suas primeiras encarnações
humanas.
Daquilo
que conhecemos sobre a mediunidade do passado, pode-se considerar o fenômeno
até como faculdade restrita a poucas pessoas que vieram a se destacar com suas
obras filosóficas, como Sócrates, Pitágoras, ou grandes façanhas como Moisés,
ou uma dessas figuras míticas bíblicas que falavam com Deus. Mas hoje a
situação se inverteu, pois, se fosse feita uma verificação, iria se encontrar
uma categoria de espíritos que não têm nada para ensinar, sendo simples
portadores de paixões, justamente por falta de conhecimentos, e de sentimentos
de compaixão, compreensão, humildade, e que, movidos pelo instinto, não sabem
perdoar.
Jesus
já dizia: “Não pode haver discriminações na família de Deus”, apesar disso,
muitos sofrem por não terem entendido o conceito no seu passado, onde estas
diferenças já começaram na discriminação entre o homem e a mulher.
Do Livro “O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA”
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