Quem
disse que as almas não sofrem com o fogo também mentiu, porque os que não
sofrem com as chamas são os espíritos de luz. As almas, quando ainda são
impuras e bastante influenciadas pelas atrações exercidas pela posse de coisas da
matéria, sofrem com o fogo e muitas vezes não podem desprender-se facilmente do
corpo que morre e, em caso de obsessão, só no momento extremo se desprendem da
aura, onde se abrigaram para realizar as suas cobranças. As pessoas em suas
vidas devem observar as boas regras morais e não submeter-se simplesmente aos
símbolos, crendices e idolatrias. Devem cuidar de não fazer novas dívidas
cármicas ou espirituais, e quando já tenham destas cobranças na aura, torná-las
prioritárias sobre tudo. Essas cobranças se descobrem através da fotografia da
aura ou pela sintomática que isso comporta, pois podem afetar as relações
afetivas, a saúde física, emocional e mental, comportando mediunidade, levando
a pessoa assim a padecer na vida, no sofrimento da miséria moral e na doença,
conforme as razões que no passado originaram tal ódio e perseguição.
A
vida é um puro estágio educativo dentro da eternidade do espírito. Muitos não
enxergam assim. Porém, ninguém dentro dela é chamado a candidatar-se a paraísos
de favores, todos são chamados a moldar-se no santuário do espírito. Todos são
chamados ao máximo aproveitamento dos valores mentais e oportunidades trazidas,
no desabrochamento das sementes que trouxeram assim do seu passado para esta
nova vida. O trabalho incessante pelas boas obras lhes constitui resgate, prova
ou crescimento mental, na aquisição de novos méritos de luz, para a vida
imperecível. Cada criatura nasce na crosta da terra para destronizar os ídolos
que deixaram crescer precedentemente em si mesmos, e enriquecer-se dos valores
ganhos através do serviço à coletividade.
As
velhas religiões, que com os seus antigos conceitos foram praticamente aquelas
que geraram todo o atraso espiritual existente, sendo basicamente ainda a
própria causa da seleção atual, deverão desaparecer. Pois todas já foram
espiritualmente revogadas. O ser humano
da atualidade deve ser consciente disso e mais responsável, deve lutar para
resgatar o seu passado, pois agora pode compreender as leis de causa e efeito,
pelas quais basicamente pode gerar o seu progresso, combinado ao espiritual que
lhe interessa, que ocorrerá somente observando as regras da caridade social.
A caridade, que não se resolve somente pagando os impostos devidos, mas
fiscalizando para que estes recursos sejam também bem administrados e bem
aplicados. Quem mais tem, porque mais recebeu de qualquer forma justa que seja
mais responderá diante de todo o sistema social, quer seja pelos bens que
recebeu, quer seja como os que estes lhe comportam, pois esta pode ser considerada
um tipo de responsabilidade, que somente absolvendo-a assim, cumprirá a sua
parte na “Lei de Amor”.
Pelo
amparo potencial real dado assim aos que menos têm, é que ele virá a justificar
este conceito da sua caridade, que não é uma esmola ou uma doação para um ente
ou uma igreja, mas um contexto bem real e eficiente quando é direcionado ao
melhoramento da sociedade. Discutia-se a existência da reencarnação, não
acreditavam, mas as pessoas, ao morrerem, sempre encontraram estas contas. E
descobriam lá que só perdiam a casca grossa do corpo e iam renascer. Perdiam o
papel que representavam e devendo voltar, voltavam em sua hora, para completar
assim o aprendizado iniciado no estágio anterior. E por causa de seu atraso
faziam terços e romarias, participavam de cultos e adoravam deuses
inexistentes, faziam o culto das imagens, pediam e compravam perdões, que de
nada lhes servia, pois assim não iam a lugar algum, porque viviam somente as
leis das consequências de causa-efeito.
Do Livro “O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA”
Nenhum comentário:
Postar um comentário