domingo, 22 de maio de 2011

AMAR SEU PRÓXIMO COMO A UM IRMÃO

“Nem todos os que me dizem Senhor, Senhor, entrarão no Reino do Céu”. Será suficiente trazer o “Livro do Senhor”, para entrar no Reino do Céu? Estas premonições são messiânicas e determinam, na condição: a prática da Reforma Messiânica. Entende-se esta reforma, que foi só em parte adotada, como um conjunto de ensino e legado.

A reforma modificava já a estaticidade da tradição do “Velho Testamento”, determinando aí o “ Novo Caminho para o homem” que o esclarece, e no “fazei isso na Minha lembrança...”, destronizava a prática do culto, do templo para o lar; afastava o comércio da religião, pondo a na mão do chefe da família.

Transformava o lar em templo, e o chefe da família em sacerdote, guardião da sua moralidade, da religiosidade, da espiritualidade e, numa liturgia que continua a relação com os antepassados e ancestrais que já se foram, mas que voltam a cada oportunidade, para participar desta contribuição evolutiva.

Já temos notícia disso, no “Livro dos Mortos”, do antigo Egito, na sucessiva Bíblia Judaica, onde vemos Moisés manter essa relação com os espíritos e, conforme diz também a Cabala, “dava um aspecto teatral a estas relações...”.

A Cabala ainda era o nome da sociedade secreta onde Jesus praticava o espiritismo e onde recebeu o Seu esclarecimento, e a Cabala escrita orienta esta prática com suas orações, que, a certo ponto, foram condensadas no “Pai-Nosso”, e o mais antigo que vem até nós é: - “Pai Nosso. Senhor de todo o Céu, cujo nome é pronunciado com toda veneração. Deixa que Tua perfeição nos ilumine. Deixa-nos amadurecer segundo a Tua vontade, que rege a tudo e todos, Permite que meus trabalhos gerem dons e frutos. Não permitas que eu seja culpado, e nem que atribua a outros um procedimento culpado. Dai-me força para que me torne digno de Vós, na eternidade. Amém”.

Diz-se que esta oração foi queimada no incêndio criminoso dos arquivos do templo de Serápis, em Alexandria, em 347 D.C., onde se perderam também as primeiras escritas dos Apóstolos.

Esta oração, hoje reformada, é ainda muito forte, pois determina um desprendimento de energias etéricas que criam o ambiente, adaptado pela manifestação espiritual, onde esta serve até como ponte ao transe mediúnico.

Nisso, vemos que o espiritismo, longe de assustar, é bem mais antigo ainda que o próprio “Legado”, onde é até um fato natural. Onde é da mesma forma natural que, neste ambiente muito mais próprio, o espírito continue a sua evolução, em vez de ir para a Seara, na Umbanda, ou então trabalhar por conta.

Daí é que, Moisés sendo médium e Jesus espiritista, percebiam claramente esta situação, na existência de grandes complexos de Conhecimento Astral, sobre a vida e a morte, e acima do homem e seu espírito, onde há a Figura Divina, como: o Início e o Fim, o Pai de todos os Seres.

Mas todo o complexo baseia-se na reencarnação, na continuação da vida, e a nova vida implica a restauração, como tudo na Natureza, como tudo o que se destruiu, para que os seres não acabem se destruindo. Mas onde nem todos podem sentir o mesmo desejo de conhecimento, porque, ao mundo, sempre chegam atrasados que o dividem.
Mas nesta discussão, a Humanidade conheceu grandes filósofos que lhe trouxeram as suas luzes, como: Vyãsadeva, Pitágoras, Sócrates, Moisés, João, o Batista, Jesus, que, em épocas diferentes, lhe trouxeram suas visões iluminadas, todos Eles, sempre mancomunados a um único intento: transmitir aos outros os “Conhecimentos Ancestrais” que voltavam a perceber, projetando os conhecimentos aos outros como forma de amor e um único ganho, na própria evolução.

Assim, Jesus trouxe ao mundo a “Reforma Messiânica”, e nesta o legado escriturístico, que foi instrumentalizado na Santa Missa, que voltando a centralizar o povo na Igreja, voltava ao culto do antigo Templo, onde o paganismo foi recolocado junto ao culto do bezerro de ouro. E onde se cria a história de um novo e grandioso Deus, posto na adoração, como ÚNICO, filho de Deus. Uma figura fantástica, Védica, que se refere à Krisna, a segunda pessoa da “Trindade Védica”, mas neste contraste de visões, nasceram e desenvolveram-se religiões, que nem sempre se entendem claramente, mas sempre claramente se distinguem nas intenções, pois todas sempre só visam ao poder, à fortuna na Terra. Entretanto, isso tudo não passa da dimensão da metafísica, porque Deus é justiça que não Se curva a nenhuma lisonja.

Somos ensinados que, ao desencarnar, o ser humano se projeta na dimensão astral, aonde o conduzirá a sua evolução, mas onde estará esta evolução? Com o “ébrio”, ou “Calunga”? Ou na metafísica da Seara? Na religião mais antiga, se contempla: “ao reencarnar, o ser dimensional é posto num lugar da escala social, conforme os méritos ou deméritos do seu passado, de onde melhorará ou poderá prejudicar se no seu futuro, em função das suas atuações nesta vida”. E nesta religião Védica, ainda contempla-se o culto aos ancestrais, dos mortos, etc.

Temos ainda as Leis Mosaicas, que em seguida são esclarecidas por Jesus, onde diz: “amareis a Deus acima de tudo e ao vosso próximo como a vós mesmos”. E nisso, no decurso dos tempos, jogaram muitas palavras e confusões, mas já tivemos a reconstrução do Evangelho, com as orientações dos espíritos, na codificação kardecista. E agora o Evangelho Litáurico, querendo, pode-se ver. Porque hoje é isto que se ver na fotografia da aura, onde este esclarecimento litáurico ainda se prova, se estamos vivendo a verdade, ou somente aquilo que acreditamos ser a verdade. A fotografia da aura diz quem é quem e, na formação da Legião LITÁURICA, se recondiciona o Legado, atualizando esta situação. Porque há muito tempo as pessoas são condicionadas a “chefinhos”, que na realidade são doentes metafísicos irredutíveis; médiuns e fanáticos atrasados e atuados, sendo necessária uma reavaliação. Voltar a dar continuação à “Ceia Crística”, nos moldes e de forma detalhada, onde se evitará que os antepassados e ancestrais abriguem-se ainda em nossas auras, criando dificuldades na vida, no trabalho, as doenças do biofísico, como: depressões, cansaços, stress, fadigas, insônias, enxaquecas, desânimos, etc., que levam à intolerância, e a brigas de casais, alcoolismo, drogas, acidentes, etc.

Tomar iniciativas, formar “Legiões” de cumpridores conscientes do “Orai, vigiai e instruí-vos”, e do As culturas, como nos ensinam os pensadores, nascem e se desenvolvem por processos de assimilação seletiva da herança intelectual. Se os espíritas não compreenderem este contexto e não se prepararem para praticá-lo, serão responsabilizados perante seus retrocessos ao misticismo e ao obscurantismo que já os ameaça de perto. Já Kardec insistiu na necessidade de firmarem-se na razão para não recair nos delírios da imaginação, que levou os clérigos de todos os tempos a se julgarem os privilegiados de Deus.

A imaginação, como observa Descartes, leva-os a romper os limites da lógica, em que nada é mais apropriado que o segundo “legado” do Cristo: “Orai, vigiai e instruí-vos”. E ainda assim, depois de mais de um século, ainda há espíritas que leem o evangelho e a bíblia e se dão ao desfrute de citar máximas mediúnicas. A mediunidade, porém, não é evolução, não veem isso?

Já o próprio Kardec, para investigar o campo dos espíritos, esquivou-se do uso dos processos da vidência, do desdobramento, do desprendimento mediúnico, exclusivo dos seus colaboradores médiuns, preferindo confrontar e obter as informações também dos livros, mas havia poucos, e somente os clássicos no seu tempo e alegando que os que estão naquele mundo são dificultados a nos fornecer dado sobre eles considerou muitas obras. Na verdade, é muito mais fácil e confiável acreditar no espírito que no ser humano, mas qualquer informação teria que passar pelo crivo de outros espíritos encarnados, e não de forma que se excluíssem assim as simples opiniões, que muitas vezes, já são formadas antes do trabalho mediúnico.

Os espíritas estão num desses vórtices perigosos da história porque não pensam assim, em que os ameaçam os preconceitos católicos, os domínios federativos, e o despontar do misticismo formalista e mitológico criador de mitos sufocadores, para um retorno a séculos de adorações de espúrias fantasias.

Cuidado, tudo isto é por falta de conhecimentos reais, pois o kardecismo foi um tratamento leve proporcionado a uma humanidade doente de uma cegueira mais que milenar. Uma humanidade que não podia mudar tudo de uma vez, de um dia para o outro, pois isto a levaria à loucura, à raiva e a uma cegueira definitiva, á séculos de atraso que não interessavam a ninguém. As doutrinas, inclusive, não eram para ser eliminadas, mas preparadas para serem unificadas e renovadas como se renova o mundo, onde se deve aprender a vê-las na luz do fundamento que se eleva em cada um, e certamente não na visão das paixões ou do cego fanatismo.

Por isto, é preciso aprofundar os estudos através de análise de trabalhos suficientemente integrados na ciência e na metafísica, que tragam aberturas aos preconceitos, empenhados no desenvolvimento da doutrina em um nível Universal, Litáurico, e na precisa e preciosa colaboração da espiritualidade evoluída e esclarecida. Kardec já dizia que só com o esforço de cada um, como uma regra no conjunto deste contexto, poderá se impedir a ameaça desse novo naufrágio da razão no fanatismo e, conforme sabemos ainda, do africanismo, do misticismo formalista e mitológico dos criadores de mitos.

Este “traço” está firme e forte pelo seu nível e sua assistência na ciência da aura e a sua “licença” é expedida pela “predestinação anunciada há muito tempo”, pois o refinamento dos médiuns desta humanidade é muito superficial. Por baixo de uma fina camada de verniz, carregam-se os monstros que atuaram na inquisição, os que puseram as garras de fora nas perseguições nazistas, os que atuaram na primeira e segunda guerras mundiais, os dos campos de extermínio, do genocídio atômico de Nagasaki e Hiroshima, nas escaladas coreanas, laotianas, vietnamitas, nos extermínios do bolchevismo e na atual violência tecnológica.

Em breve: “Os que se proclamaram senhores do mundo, sem ver deste a fome, as misérias e os horrores que provocaram”. Estes que hoje, na mediunidade do carma, agem no espiritismo e não veem neste ainda a forma de resgatar-se, mas as formas de exercitar-se no poder implantado pelo fanatismo, onde se recuperarão os perdidos, crescendo juntos.

Abraçar enfim os conceitos daquele verdadeiro Mestre, que veio para ensinar o caminho da evolução a uma Humanidade que estava perdida, que, porém, sem se aperceber, está novamente perdida. Há continuação além da vida, e além da vida há continuação dos compromissos cármicos, numa evolução que é a única saída. E onde, porém, continuam as perseguições dos erros não compreendidos e, querendo ou não, isto acontece por efeito de uma lei que está acima das crenças, mas vale até o cumprimento do último jota.

É somente seguindo os princípios do amor, que se encontrará a saída da dimensão da metafísica, ou da igreja, do templo, do centro, e de tudo aquilo que, em lugar da verdade, se baseia no mito.

Do livro: O EVANGÉLHO SEGUNDO A LITÁURICA

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