A paz não virá a Urântia até que todas as chamadas nações soberanas coloquem os seus poderes de fazer guerra nas mãos de um governo representante de toda a humanidade. A soberania política é inata aos povos do mundo. Quando todos os povos de Urântia criarem um governo mundial, eles terão o direito e o poder de fazer dele um governo SOBERANO; e quando esse representante, ou poder democrático mundial, controlar as terras do mundo, o seu ar e as suas forças navais, a paz na Terra e a boa vontade entre os homens poderá prevalecer – mas não antes disso.
Para usar uma importante ilustração dos séculos dezenove e vinte: os quarenta e oito estados da União Federal Americana vêm, há muito, desfrutando da paz. Eles não mais tiveram guerras entre si próprios. Eles entregaram a sua soberania ao governo federal e, por meio de um arbitramento, em caso de guerra, abandonaram todas as reivindicações ilusórias de autodeterminação. Enquanto cada estado regular os seus assuntos internos, ele não se preocupará com relações exteriores, tarifas, imigração, assuntos militares ou com o comércio interestadual. Nem os estados individualmente preocupam-se com as questões da cidadania. Os quarenta e oito estados sofrem a devastação da guerra apenas quando a soberania do governo federal é de algum modo ameaçada.
Esses quarenta e oito estados, tendo abandonado o duplo sofisma da soberania e da autodeterminação, desfrutam da paz e da tranqüilidade interestadual. Assim, as nações de Urântia começam a gozar da paz, quando elas abandonam livremente as suas respectivas soberanias, colocando-as nas mãos de um governo global – a soberania da irmandade dos homens. Nesse Estado mundial, as pequenas nações serão tão poderosas quanto as grandes, mesmo o pequeno estado de Rode Island tem os seus dois senadores no Congresso americano, do mesmo modo que os populosos estados de Nova Iorque ou o estado imenso do Texas.
A soberania limitada (do Estado) desses quarenta e oito estados foi criada pelos homens e para os homens. A soberania do supra-Estado (o nacional) da União Federal Americana foi criada pelos treze estados originais, dentre esses, para o seu próprio benefício e para o benefício dos homens. Em alguma época, a soberania supranacional dos governos planetários da humanidade será similarmente criada pelas nações, para o seu próprio benefício e para benefício de todos os homens.
Os cidadãos não nascem para o benefício dos governos; os governos são organizações criadas e legadas para o benefício dos homens. Não pode haver um fim para a evolução da soberania política sem o surgimento do governo da soberania de todos os homens. Todas as outras soberanias são relativas em valor, de significado apenas intermediário e de status subordinado.
Com o progresso científico, as guerras tornar-se-ão mais e mais devastadoras, até que se tornem quase racialmente suicidas. Quantas guerras mundiais devem ser lutadas e quantas ligas das nações devem fracassar, antes que os homens estejam dispostos a estabelecer o governo da humanidade e que comecem a gozar das bênçãos da paz permanente e prosperem na tranqüilidade da boa vontade – da boa vontade de âmbito mundial – entre os homens? (Pág. 1490 e 1491 - O LIVRO DE URANTIA)
Saiba mais em: O LIVRO DE URANTIA - Parte IV A VIDA E OS ENSINAMENTOS DE JESUS.
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