As religiões são articuladas por caciques, pessoas que querem manter o seu prestígio nos princípios atávicos, que se ligam ao fanatismo e à superstição. Alimentam o paternalismo, e neste se garantem, porque geram miséria e na continuação da fome, da doença, da família numerosa, da infância abandonada, do sofrimento, o povo paga os dízimos e as contribuições para concorrer aos perdões e bênçãos de todo tipo. Tanto católicos como evangélicos, exorcistas, etc., semeiam estes atrasos de vidas e ainda na alimentação dessa ignorância toda, muitos caem para o tabagismo, alcoolismo, drogas, etc..
Quantos são os que operam nestas explorações? O transcendentalismo, as religiões partidárias e o espiritismo das tendas e terreiros. Todos exploram o fenômeno mediúnico da consequência cármica como se fosse um dom, mas que quase sempre é a consequência de um passado inglório, mal orientado, por onde, ainda, nestas consequências, muitos são moídos como simples cobaias humanas nos hospitais e clínicas psiquiátricas, onde ainda, o secularismo justifica esta superstição e avalia as suas obras.
Assim é que cada um, no lugar de operar uma escolha consciente e com base no próprio nível de evolução, carrega consigo mesmo o diabo desejado e modelado por ele mesmo, no seu figurino, sentido como crendice, superstição, e como conjuração e exorcismo que o próprio metabolismo etérico se encarregará de criar para ele.
Com isso, estes que pregam isto fazem com que estas imagens se criem para eles próprios, e os aterrorizem nos seus futuros. E estas ideias que se difundem nos cérebros simples e desprevenidos, nas mesmas condições, estabelecerão a partir daí, epidemias de pavores alucinantes que os leva a todos, inclusive, a alimentar as larvas criadas por eles mesmos com seus sacrifícios e privações, para fomentar os seus fanatismos irracionais contra o verdadeiro caminho da vida e da luz. Muitos pensadores espíritas, inclusive, distribuem, a mancheias, as suas teorias indiligentes e fetichistas, sendo condicionados por inteligências desencarnadas e não desenvolvidas para o bem, e até entregues a perseguições, que fazem parte deste quadro mal contornado, objeto das suas ações fanáticas, imprimindo lhes temporária validade.
Poucos, entretanto, sabem que também este ensino é subordinado ao livre-arbítrio, isto é, ao direito de cada um errar e pagar depois os próprios erros, e que também este é o objeto da caridade, que muitos confundem com a esmola. Uma confusão que só não passa da medida porque o homem nada pode tirar como nada pode somar às “Leis Universais de Deus”, que formam a essência do Bem e da Verdade, mas isto pode confundir seres bons, de coração sincero, como existem em todas as crenças.
É preciso, porém, que o ser humano aprenda que ninguém será chamado a responder por ele e que no contexto espiritual, até as pessoas mais insignificantes tentarão explorar o seu senso místico que se desenvolve naturalmente, em cada um, nas consequências das cobranças da aura. E aquelas espirituais, que se realizam em sequência, entre uma e a outra existência material, onde a vida muda, mas pela dimensão espiritual, é sempre a mesma e contínua.
Aprendamos por isto, cada um, a usar bem o próprio senso de avaliação. Imaginemos, assim, uma religião como um terreno, e o compromisso que cada um tem com a sua vida, uma semente a plantar, cujos frutos deverão ser levados ao termo desta existência. Segundo as leis agrícolas, se a semente cair num terreno seco e pobre, se germinar, será com dificuldade, e a sua produção a lamentar. Mas se esta cair num terreno bom, bem adubado e com água, defesa e poda ao tempo certo, a semente atenderá brilhantemente ao seu destino e, nestas considerações, quem poderá sustentar que qualquer religião serve e que são todas iguais?
O que é bom é bom, e dará bons frutos, ao passo que a mistificação é inutilmente legitimada. A prova disto é que estas religiões, que só se expressavam no fanatismo, na idolatria, na superstição, no materialismo e poder na Terra, onde se produziam estes caciques, já usaram o seu tempo porque as pessoas começam a pensar e aceitar seriamente, que não fazem parte de conceitos pagãos, mas estão subordinadas às leis da continuação e não desta ou daquela religião, mas da Criação. (O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)
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