quinta-feira, 17 de março de 2011

AS OBRIGAÇÕES

Independentemente do sexo, dos traços somáticos das diferentes etnias. Independentemente da cor, origens, nascimento, sexo ou crença, todos têm sangue vermelho tipo A, B, AB e O, nos fatores M, N, Rh, e Hr. O esqueleto dos homens é igual, e todos são espíritos encarnados, submetidos às mesmas regras espirituais evolutivas. Ao mesmo contexto de obrigações, com referência à relação entre as pessoas, com a natureza e todos os seus elementos. Logo, vemos que todos estão sujeitos às mesmas regras cármicas. Independentemente dos confins demarcados pelos homens ou pela Natureza, todos moram sobre a mesma bola que roda no espaço e fazem parte do mesmo orbe espiritual. Então deus é sempre Deus e bem acima do homem, e bem maior do que uns ou outros possam pensar.

Todas as línguas derivam de um só tronco, o indo-europeu, sendo a principal língua o Sânscrito, que nasceu na Ásia, onde nasceu a primeira religião e, dela, todas as grandes religiões. Esta religião era o hinduísmo, de evolução lenta e não missionária. Foi baseado em 120 manuscritos realizados por um antigo monge (Vyãsadeva), que se diz que foi inspirado por Brama. Foram guardados em antigos mosteiros da Índia até hoje, de onde foram derivados os 4 livros sagrados dos hindus, os Vedas, cuja leitura era proibida para a maioria.

O sistema foi conhecido como panteísmo naturalista dos vedas, que durou até dois ou três mil anos antes de Cristo Jesus, quando veio a ser reformado pelo mito do Krishna, quando nasceu o bramanismo, a primeira religião baseada em castas, brâmanes, xátrias, váicias, sudras e párias, com a regressão do espírito, sendo considerado antidemocrático, mas existe na Índia até hoje. Krishna é visto como divindade nesta religião. O hinduísmo era a religião do primeiro povoado instalado no vale dos hindus. Os brâmanes já migravam pela Índia, mas também não era uma religião aberta e missionária, e veio a ser criada mais uma grande religião, o budismo, fundado por um príncipe que passou a ser conhecido como o “iluminado” Gautama. Mas é agnóstico, prega o amor como fator de iluminação, mas está entravado, pois não fala e não reconhece Deus e a Sua vontade, que regula todo o contexto.

O budismo assim se corrompeu com a magia, o politeísmo e incontáveis superstições, deixando no povo grande marasmo. No Japão, veio o xintoísmo, o buxido, isto é, o budismo com o culto dos antepassados e do imperador nipônico, em que claramente, no seu contexto, o seu seguidor não vai, espiritualmente, a lugar nenhum. O budismo nasceu 600 anos antes do Cristo Jesus. Lao Tsé, nasceu 604 anos antes de Cristo Jesus e fundou na China o taoísmo. Confúcio depois, 551 anos antes de Cristo Jesus, fundou na China também o confucionismo. Zoroastro, na Pérsia, 700 anos antes de Cristo Jesus, fundou o mazdeísmo ou Zoroastrismo. 600 anos antes de Cristo Jesus foi o tempo do profeta Isaías, que veio na linha de Moisés, que viveu 1500 anos antes de Cristo Jesus. Moisés foi o autor do mosaísmo, até Isaías que o reformou “como uma renovação perante o Senhor e como raiz de uma terra seca” (53-2), preparando a vinda do Messias. Por que se define assim o Cristo Jesus? Para não fazer confusão com Vyãsadeva, pois Ele também foi um Cristo.

“O Espírito do Senhor repousou sobre mim, Ele me ensinou a evangelizar os mansos, para curar os contritos de coração, e pregar a redenção aos cativos, e a liberdade aos encarcerados” (Isaías 61:1). João o Batista, o profeta do deserto, foi a reencarnação de Vyãsadeva, o monge dos 120 manuscritos da Índia que deram início à primeira religião, e veio a ser sucessivamente Isaías, para vir a ser ainda mais tarde contemporâneo de Jesus, a reencarnação de Elias. João o Batista veio para manter a linha real do espiritualismo acompanhando Jesus e aprimorando a lei do amor. Deu início ao cristianismo com o batismo de Jesus, o continuador das leis mosaicas e do Deus único da Criação.

313 anos depois começaram a nascer o catolicismo e sua bíblia, como obra do imperador romano Constantino, que veio depois a definir-se em várias etapas básicas. A primeira quando em 325 Constantino, autonomeando-se bispo da igreja, lhe passava os seus conceitos extraídos da obra virgiliana e depois, na oportunidade do segundo concílio da igreja, em Constantinopla, em 553, quando foi determinado “herético” o conceito reencarnatório, vindo definitivamente a sustentar o dogma já legalmente defendido pela lei de morte implantada no domínio romano em 382. O cristianismo veio aí imerso nos bacanais e imoralidades conhecidos e veio a ser amassado com o sangue de muitos milhões de mártires. No sétimo século depois de Cristo Jesus, nasce o maometismo, derivado do mosaísmo e do cristianismo. Mas é um ramo torto disso, pois é influenciado pelo sistema ditatorial do catolicismo. Prega aversão aos judeus e cristãos, autoriza a escravidão, o divórcio, e proíbe o uso do vinho e da carne de porco. Tem altos conceitos sobre a caridade, amparo das viúvas e órfãos, mas a sua moral é muito discutível, pois os homens são superiores às mulheres, podem puni-las, deixá-las e até mesmo bater nelas. O seu livro é o Corão.

Nas religiões houve a instrumentalização dos homens, mas os conceitos básicos estavam já na primeira religião. Era suficiente seguir o contexto da evolução em Deus, estava lá “para aquele que Me ver, através da Minha energia, na pedra, Eu nunca Me perderei e muito menos ele irá perder-se para Mim”. E do hinduísmo também se contemplava “que o ser dimensional, ao reencarnar, vem posto numa posição da escala social humana, em função dos méritos e deméritos do seu passado, de onde sairá, em função das suas atuações na vida”, claramente vendo aí as leis do retorno condicionadas à causa e efeito que forma este carma. Por que negaram a existência de Deus? Que sentido haveria em serem príncipes ou imperadores se não somente refletindo a idolatria a si mesmos? Fumaça da sabedoria! Voltaire já dizia: “o Universo perturba-me, e não posso pensar que este relógio exista e não tenha relojoeiro”, e ainda, “se Deus não existisse, era preciso inventá-Lo”.

Do livro: O EVANGÉLHO SEGUNDO A LITÁURICA

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