Neste mundo há todo tipo de pessoas, em situações das mais variadas. Entre estas, há quem progride naquilo que faz, desrespeitando os outros, quem estaciona e quem progride na harmonia com os outros. Há quem descuida e desrespeita o ambiente e a Natureza, e quem se encanta com as belezas que a Natureza lhe apresenta. Há doentes e sãos, ricos e pobres, os que ficam ricos e outros que perdem seus empregos e vivem no desânimo, na fragilidade, muitos ainda padecem nele. Há quem tem oportunidades e quem não as tem, e lhe parece viver o acaso da vida, mas por que tantas diferenças? Há uma lógica nisso?
Existem meios para se controlar a temperatura do corpo, verificar se está em termos regulares, se a pressão arterial está normal, se a porcentagem do colesterol não é excessiva. Saber como está a porcentagem de triglicérides, açúcar no sangue, plaquetas, etc., e há muita gente que pode recorrer a estes meios de controle em casa, pois existem termômetros, medidores de pressão e kits que facilitam estes controles. Mas ainda assim, há pessoas que se infeccionam, padecem, e até aqueles que, dispondo de grandes recursos, não fogem da fatalidade ou do imprevisto e do seu momento.
Que lógica haveria nisso? Um camponês que se preocupa em preparar a terra com cuidado, a tempo e hora, usando as melhores sementes, muitas vezes não consegue os resultados que espera. Como muitos que não veem os resultados do seu trabalho ou empreendimento, enquanto que outros, nas mesmas condições, conseguem resultados.
Até na tecnologia mais avançada existem insucessos, foguetes de milhões de dólares que explodem por causas imprevistas e fatalidades. Mas existe esta tal fatalidade? São muitos que não acreditam nela, mas não conseguem evitá-la. Existe uma lógica nisso? E qual seria ela? Quer se acredite ou não, a vida continua além da matéria, onde os fatos têm continuação nos sucessos e insucessos, independentemente da tecnologia, pois o que isso representa na tecnologia que rege os mundos?
É o carma que se forma na base de tudo o que se faz na vida, e na somatória de todas as ações realizadas, e consequências delas, já das primeiras histórias e primeiras vidas, levando a alma a reencarnar, nas posições onde poderá neutralizar reparando-as, ou para sofrer as consequências daquilo que precedentemente realizou. Esta regra moral baseia-se na harmonia com a criação, pois o homem faz parte dela, em precedência, no fato que já vive dependendo dela a começar da sua respiração. Nesta colaboração se alimenta e agasalha, por onde, no mínimo, deverá participar com o seu trabalho, para que haja progresso no sistema ao alcance de todos os setores da criação. Individualmente goza de benefícios que individualmente deverá retribuir para compensar aquilo que consome, e por isso deve trabalhar.
Assim é que a alma vai e volta, contribuindo com o progresso, mas às vezes se extravia e não contribui ao bem comum, ainda concentra os rendimentos para si, não repassa, mas represa o progresso. Daí excede no seu direito, passando já a dever carmicamente, e esta ação inferiorizará o seu futuro, até que devolva tudo àquilo que represou e que era para o bem comum, por isso vem a miséria e a falta até do mínimo indispensável...
Às vezes, por não entender isso, se revolta contra a imposição, piorando a sua situação com ações desconsideradas de onde virão o desespero e a dor, e começará a apelar a Deus. Mas o que Deus tem a ver, se foi ele que criou para si toda esta sua situação? O sujeito vive exatamente as consequências do seu passado, daquilo que ele mesmo fez. Deus é só o Autor das regras. Autor das regras físicas e metafísicas, que regem a Criação. Por que a pessoa não observou as regras? Pois não foram ditas? “Amarás a Deus com todo o teu coração e toda força de teu espírito e ao teu próximo como a ti mesmo”, o que é a Lei do Amor? Amar a Deus é respeitar a Sua lei e Sua obra, da qual fazemos parte todos, cada um tendo os mesmos direitos diante d’Ele. Já vimos as razões aí de tantas diferenças todos os dias, e, ainda, cada um tem seu passado, e neste, as razões para estas vidas serem assim, pois as histórias não podem ser iguais.
Estas são as razões que não deviam ser desconsideradas porque já faziam parte dos antigos ensinos. As verdades, que não podiam ser alteradas, foram alteradas e assim são as consequências. Vimos porque há estas diferenças entre a vida das pessoas em função de leis magnéticas geradas pelas desconsiderações anteriores, porque a fé veio a ser explorada e nem sempre posta na base do progresso.
Mantendo a divindade como espantalho, criaram ideias de que as orações e as longas peregrinações podiam apaziguar as calamidades, podiam fazer com que o povo pensasse que a falta de ofertas provocava castigos do céu. Castigos, até quando eram simples consequências de más administrações. Até as guerras, em que se disputavam as supremacias religiosas, vieram a ser chamadas de santas.
Do livro: O EVANGÉLHO SEGUNDO A LITÁURICA
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