Lendo o livro de URÂNTHIA, tem uma passagem que me faz recordar que no livro “O EVANGÉLHO SEGUNDO A LITÁURICA”, o Sr. Luigi diz: “... que é a João, o Apóstolo, a quem as novas gerações devem culpar, por ter espalhado as palavras e as bases do fanatismo, foi ele que rebaixou a missão de Jesus aos conceitos dos contemporâneos, e que a tornou impossível de reconhecer aos olhos da posteridade inteligente e isenta das inclinações fanáticas. A maneira de ser de João, entretanto, era como a generalidade dos homens simples, que desejam ver o maravilhoso, o absurdo, e são insaciáveis de graças e promessas, ao ponto de atribuírem-se exclusivamente o mérito das graças, das promessas espalhadas pela graça divina no fantástico encadeamento da Providência. “
“Concretizando: João foi de boa fé; eram os seus desejos, os seus sonhos delirantes de imaginação que o impeliram a dar vida às divagações de seu espírito, e amou Jesus por todas as razões que fizeram dele o mais terno e entusiasta dos Seus discípulos, porém deu início a uma onda sucessiva de fiéis que, seguindo os seus sonhos delirantes e interesseiros, deram vida a divagações de ainda maior alcance, deslocando um ensino baseado na metafísica e nos conhecimentos do mundo espiritual e do espírito, no vazio, de forma que, muita coisa apresentada como doutrina se baseia no nada e não tem nenhum tipo de fundamento.“
“Todos os pobres desejavam tocar a Sua veste. Todos os derrelitos desejavam seguir aquele que dizia: “Felizes os que sofrem neste mundo, porque verão Deus...” Mas nenhum enfermo foi curado pela palavra, nem jamais a autoridade da Sua voz fez recuperar a vista aos cegos, ou ouvido aos surdos, nem a morte restituiu a sua presa, pois Ele disse: “As leis de Deus são imutáveis e eternas”.”.
... E o texto a que me refiro é:
NA PISCINA DE BETESDA
Na tarde do segundo sábado em Jerusalém, pouco antes de o Mestre e os apóstolos iniciarem a sua participação nos serviços do templo, João disse a Jesus: “Vem comigo, quero mostrar-te uma coisa”. João levou Jesus até um dos portões de Jerusalém, onde havia uma piscina de água chamada Betesda. Em volta desta piscina havia uma estrutura de cinco arcadas, sob as quais um grande grupo de doentes aguardava a cura. Tratava-se de uma fonte cuja água quente avermelhada borbulhava em intervalos irregulares, por causa do acúmulo de gás nas cavernas de rocha, por baixo da piscina. Tal alteração periódica, nas águas quentes, era considerada por muitos como sendo devido a influências sobrenaturais. E era uma crença popular que a primeira pessoa a entrar na água, depois daquele borbulhamento, seria curada de qualquer enfermidade.
Os apóstolos ficaram um tanto desassossegados sob as restrições impostas por Jesus e João, o mais jovem dos doze, estava especialmente inquieto com essa restrição. Ele tinha levado Jesus até a piscina, pensando que a visão dos doentes reunidos fizesse um tal apelo à sua compaixão que ele fosse induzido a realizar um milagre de cura e, pois, assim, toda Jerusalém ficaria maravilhada e em breve seria levada a crer no evangelho do Reino. Disse João a Jesus: “Mestre, vê todos esses sofredores; não há nada que possamos fazer por eles?” E Jesus respondeu: “João, por que tu me tentas para que eu me desvie do caminho que escolhi? Por que continuar desejando substituir a proclamação do evangelho da verdade eterna, pela realização de prodígios e cura dos doentes? Meu filho, posso não fazer o que desejas, mas reúna esses doentes e afligidos para que eu possa dizer umas palavras de novo ânimo e conforto eterno a eles”.
Diante dos que lá estavam Jesus disse: “Muitos de vós, doentes e afligidos, estais aqui por causa dos vossos longos anos de vida errônea. Alguns sofrem em vista de acidentes do tempo, outros em consequência de erros dos seus ancestrais, enquanto alguns de vós lutais contra as limitações das condições imperfeitas da vossa existência temporal. Mas o meu Pai trabalha, e eu gostaria também de trabalhar, para melhorar o vosso estado terreno, mas mais especialmente para assegurar-vos o vosso estado como seres eternos. Nenhum de nós nada mais pode fazer, para mudar as dificuldades da vida, a menos que descubramos que o Pai no céu quer assim. Afinal, todos estamos destinados a fazer a vontade do Eterno. Se pudésseis, todos, ser curados das vossas aflições físicas, vós todos, de fato, ficaríeis maravilhados, porém, mais importante ainda é que sejais todos purificados de quaisquer doenças espirituais e que vos vejais curados de quaisquer enfermidades morais. Sois todos filhos de Deus; sois os filhos do Pai celeste. Os elos do tempo podem parecer afligir-vos, mas o Deus da eternidade vos ama. E, quando a hora do julgamento tiver chegado, não temais, vós todos encontrareis, não apenas a justiça, mas uma abundância de misericórdia. Em verdade, em verdade, eu vos digo: Aquele que ouve o evangelho do Reino, e crê nesse ensinamento de filiação a Deus, tem a vida eterna; e os crentes como esses já estão passando do julgamento e da morte para a luz e a vida. E a hora está chegando em que mesmo aqueles que estão nas sepulturas escutarão a voz da ressurreição”. (pág. 1650) do livro: URANTIA – Parte IV A VIDA E OS ENSINAMENTOS DE JESUS.
É isso aí pessoal! Não acham que é muita coincidência?
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