quinta-feira, 17 de março de 2011

A FELICIDADE

O meu conceito de felicidade é diferente do usual, pois eu não preciso ser feliz. Eu preciso sentir-me bem comigo mesmo. Dispenso a cultura condicionada, para ser inteligente, participante, mas nisso tenho necessidade de me sentir decente, e assim é que me sinto gente.

Quando fui chamado a trabalhar na senda espiritual em 1986, já estava há dez anos no Brasil, para onde havia me transferido da Itália com minha família. Cheguei a este país em 1976, sou italiano, mas não vivi sempre na Itália, viajei bastante e morei algum tempo na África Oriental, na Eritréia, trabalhei algum tempo na Rússia e na Espanha e tive a oportunidade de conhecer vários países antes de vir ao Brasil. Quando fui chamado a trabalhar nesta senda espiritual já tinha 52 anos e não era nenhum simplório e nenhum desprevenido, pois apesar de pouco tempo aqui estava já engatilhando negócios na Itália, onde também passava pequenas temporadas.

Num desses regressos da Itália, veio uma pessoa desconhecida em minha casa, para dizer-me que era um médium, que se punha a minha disposição, e que havia espíritos que, através dele, queriam comunicar-se comigo. Foi assim que, através daquele médium, vim a conhecer o meu longínquo passado, de quando fui um monge da alta cúpula espiritual dos hindus da Índia, e ter praticamente escrito ou inspirado os Vedas. Sendo estes livros sagrados os pilares do espiritualismo da humanidade, eu tinha responsabilidades nisso, onde, na conseqüência, deveria cumprir uma tarefa na Itália, que era: “corrigir o abuso que lá os homens haviam cometido sobre a religião”. Eu deveria fazer isso, mas como? Uma pessoa sozinha como eu, que, inclusive, nem sabia direito por onde começar, fazer uma coisa assim, pois podia ser uma pretensão absurda, mas não considerando de onde esta disposição teria vindo, pois vindo da espiritualidade que representava a Vontade Divina, eu deveria duvidar disso por quê? Quando havia em mim disposições fortes de intolerância contra o tal de sistema tradicional já amadurecido.

Sendo assim, esta disposição me definia como andar para frente nisso, pois o resto viria depois e eu fui desta forma confiando nas oportunidades que iriam aparecer em seguida. Fui à Itália, trabalhei e realizei. Em meados de 1989, disseram-me que devia voltar ao Brasil, e considerar feito aquilo que devia fazer naquelas circunstâncias. Voltei em maio de 1989. Mas, no Rio de Janeiro, a editora Salamandra já estava providenciando a tradução do inglês para o português do livro de Brian L. Weiss M.D., que passou a publicar em 1991, com o título “Muitas vidas muitos mestres”. Um livro de psicanálise de regressão a vidas passadas. Um livro que iria ser “Best seller” no Brasil e outros países, pois foi traduzido também em outras vinte línguas e foram vendidas milhões de cópias no mundo.

Além de trazer ao conhecimento as regressões a vidas passadas, diz ainda em sua página 33 ter descoberto, nos livros de religião da sua Universidade, que ali havia de fato referências à reencarnação, no velho e no novo testamento, mas que, em 325 d.C., o imperador romano Constantino o “Grande” e sua mãe Helena suprimiram, e o segundo concílio de Constantinopla reunido em 553 d.C., realizou este ato, declarando herético o conceito de reencarnação. Do mesmo autor, vieram a ser lançados ainda “A cura através da terapia das vidas passadas” e “Só o amor é real”, onde amplia a sua denúncia contra o abuso praticado em Roma sobre a religião no terceiro século, quando nascia a “Igreja Apóstata de Roma”. Uma mentira que condicionou o mundo, vindo a ser denunciada assim e desmistificada.

Este psiquiatra norte-americano fez um excelente trabalho com três livros publicados em vários países, em mais de vinte línguas. Eu não os conhecia ainda quando fui orientado a estudar o espiritismo e as fotografias Kirlian da aura, daí vim a desenvolver conhecimentos que provam a reencarnação e a perseguição, que muitos dos que foram ofendidos nas convivências do passado vêm trazer ao presente, para operar as suas vinganças através das auras, agindo nas bases mediúnicas das pessoas. E desenvolvia até uma metodologia terapêutica para estes problemas, além de regras morais e espirituais que ensino a observar, porque vim a conhecer em 1995, que também tive responsabilidades no cristianismo por ter sido precursor dele como João, o Batista. O mesmo que batizou Jesus e que dos Essênios trouxe esta prática que veio a ser adotada depois pelo cristianismo.
Conheci outros livros que também vieram sufragar este trabalho, como “Vida de Jesus ditada por ele mesmo”, considerado como a Terceira Revelação, e o Cristianismo Místico de Yogue Ramacharaka, uma preciosa obra deste Rama Hindu. Mas aquilo que queria demonstrar é outro fato, sempre manter em evidência o “seja feita Sua vontade” e nunca questioná-la, pois o que nós podemos saber? No livro “Só o amor é real”, do Dr. Weiss, o autor fala de uma de suas regressões e diz na página 171: “Vi-me como um rapaz de abastada família judia em Alexandria, por volta do tempo de Cristo”. Fala também de seus estudos e andanças naqueles tempos viajando no deserto e nas cavernas da Palestina e do seu encontro com um místico esotérico, “um mestre que lhe ensinava, ao pé de uma fogueira no deserto, os conceitos Essênios e as filosofias antigas de Sócrates, Platão e Aristóteles”.

Diz ainda: “Ele transmitia paz, quando ensinava”, tinha quase a sua idade e pregava no deserto, e nós sabemos agora, pela obra de Ramacharaka, que esta era uma característica de João, o Batista, que dos Essênios era também considerado como uma reencarnação de um antigo profeta bíblico. Esta também, além daquela das pedras védicas, é ainda uma característica minha, pois há muitas pessoas que são levadas ao transe nas minhas pregações na Mesa Litáurica.

Do livro: O EVANGÉLHO SEGUNDO A LITÁURICA

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