segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A CONVENÇÃO

Um homem poderá ser temido e respeitado no planeta em razão dos títulos que venha a adquirir pela convenção humana, mas se não progrediu nas suas ideias, aperfeiçoando-se no trabalho comunitário, guarda consigo a mente restrita e enfermiça das mentes extraviadas, que na morte lutam com ideias fixas, que se situam entre a ignorância e o primitivismo, entre a amnésia e o desespero do bem perdido, gastando muito tempo para se reajustar, e rebaixado pelas próprias ações, perdendo a noção da beleza que santifica, entrega-se a lastimáveis rebaixamentos, em que os gritos da inconsciência são freqüentes.
Os espíritos da Terra encontram se afastados de Deus por causa da inferioridade de suas naturezas, que os submetem a leis de impiedade e ainda a bárbaros costumes.

Espíritos da mais elevada natureza porém vêm lhes emancipar os pensamentos, ampliar os critérios que, mediante auxílios de outras naturezas intermediárias, se sustentam no meio destes espíritos atrasados, e no meio do ambiente escuro dos sofrimentos desta humanidade. Pobres espíritos terrestres! Humilhai vos perante a ciência desta etnia dos delegados de Deus. Eles vêm para abreviar o caminho do vosso desenvolvimento espiritual que não pode ser confiado às instituições dos homens. Permanecei, entretanto, na expectativa destes bens, mas conscientes e altivos, caminhando no meio das paixões e dos males desta humanidade.

Trabalhai para reprimir as tendências perniciosas das naturezas e para aliviar os mais miseráveis, aprendei a conhecer a finalidade da existência para prosseguir o trabalho da regeneração. Buscai o auxílio e o consolo na fonte divina, e aliviai o fardo das dores corporais com o emprego destas forças espirituais.

Sim, irmãos! É realmente Jesus quem vos fala isso, mas a alegria intelectual derivada das manifestações dos espíritos evoluídos não pode ser concedida senão aos que já tenham começado a tarefa de sua regeneração, pelo caminho das reformas de suas naturezas animais, das lutas contra si mesmos e de todas as paixões desorganizadoras da alma.

Lutai contra todos os vícios que denigrem o espírito, contra a ambição dos bens perecíveis, a fomentação das culpáveis ficções, das más doutrinas, dos delírios das imaginações, dos falsos estudos filosóficos, e das tristes soluções nas desprezíveis negações da existência de Deus.

Descobri os vossos destinos na manifestação Litáurica, praticai excursões nestes Centros de Luz e livrai os pensamentos e as vossas almas dos laços que as oprimem, permanecei defensores do livre pensamento, vós que desejais a emancipação do vosso espírito. Porém, fazei sempre participar da discussão o grande nome de Deus, e inclinai-vos sempre perante o testemunho do Seu poder e Seu amor. Acumulai aí tesouros de ciência, porém lembrai vos de que, sem a participação do espírito, não existe o verdadeiro triunfo pelo homem.

Abandonai o tolo orgulho e o insolente desprezo próprios das naturezas inferiores, e tentai perceber o que não sabeis, e não o recuseis, simplesmente por não conseguirdes apercebê-lo. Influí em favor da educação das massas, e empregai as vossas faculdades para o bem em geral. Arrebanhai crentes para a religião Universal, fazendo vos apóstolos, pois ela quer a fraternidade e a devoção a Deus.

Buscai o elemento divino em sua pureza, pela paz do mundo e relacionai o amor na família com o amor entre todos os espíritos.

Aproximai-vos da habitação humilde do mesmo modo que da faustosa, e explicai o porquê do rigor das provas, ou da abundância dos donos, o porquê das ideias luminosas a par da desnudez do espírito. Do caminho da honra a par do estacionamento das faculdades. Da posse da grande inteligência a par do desenvolvimento somente vegetativo do homem em suas pausas de crescimento.

Humilhai, na natureza da carne, o que nela há de bestial. Destruí a vergonha no matrimônio, substituindo a pela sinceridade e a delicadeza do amor. Fugi da glória adornada de sangue, das alegrias compradas com o preço da desonra, dos vapores da embriaguez, das drogas e das tentações da carne.

Fazei com que desçam sobre vós as forças da pátria celeste, buscai e achareis.

do livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA

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