quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O MEDO DA MORTE

O cria dor ou criador que está numa criança reflete o espírito que era antes de vir a este mundo, na inteligência, atraso e evolução e em consequência, o adulterador que virá a ser quando adulto, é o cúmplice da sociedade onde a criança irá crescer.

Ninguém ignora que há, em cada um, uma consciência preeminente, no materialismo, no “eu”, no “meu”, ou mais, se também há uma para os conceitos espirituais. Dizem que isso é o efeito do atraso e é, pois uma se forma com o novo ser, uma é do espírito, e ainda deve-se admitir, em muitos casos, uma intermediária, espiritual, condicionada à Espiritualidade Maior ou carma.

Bem se diria, afirmando: que o espírito atua com uma nova personalidade em cada encarnação, mas que muitas vezes se evidencia só no papel que representa e por condição do ambiente.

Entretanto, é nesse contexto que o indivíduo vai considerar a figura de Deus, antes já duvidando da Sua existência e depois O vendo como uma pessoa ou, quem sabe, até um princípio.

Imaginam as nossas fantasias peculiares do céu, que Deus é um mito, ou um muito sério e temível avô, sobre o trono de uma igreja colossal onde, em Sua presença, os espíritos que mereceram o céu, cantam o “aleluia” para sempre.

Esta fantasia leva muitos a considerar que a morte tenha algo a ver com um eterno nada, onde não existirão mais os amigos, lua, sol, o canto dos pássaros, o amor, risos, oceano, estrelas, etc., apenas uma escuridão sem fim, e muitos acreditam que a morte os leve a um temível Juízo Final.

Mas, não é necessário recorrer a fórmulas enigmáticas para ver Deus como um TODO de elementos que se complementam, que dão a vida e provindo deste Ser Infinito, a evolução do espírito. Onde todos os elementos são governados por leis e princípios de perfeição, como: efeitos de causas, pólos opostos de aspecto da mesma coisa. Como a luz e a escuridão, o som e o silêncio, o sólido e o espaço, ligado e desligado, dentro e fora, amor e ódio, e assim se segue, como positivo e negativo, o bem e o mal, etc.

Tudo faz parte da vida e gera experiências e por consequência, a inteligência e a sabedoria, pois o cérebro vai recolhendo todas as informações e impressões e as registra nas células da massa encefálica magneticamente, para associá-las em seguida ao etérico, de acordo com as diversas circunvoluções que formam o juízo e o raciocínio, que complementam a evolução do bom senso como sentimento espiritual, com o apagar-se gradual da memória minuta, nas reencarnações.

O bom senso submete a esta experiência maior, que ensina a fazer uso da paciência e conter a inclinação da reação instintiva nas sete emoções: ódio, adoração, alegria, ansiedade, cólera, pesar, medo... Não dar passagem às sete é ser paciente, mas nisso se aprende a aceitar o mundo como é e apreciar o momento, pois isso é o princípio da harmonia com a Eternidade.

Dizer que a morte não dá medo não é justo, pois medo é para ter mesmo. Mas, não é para ter. A questão é aceitá-la, como tudo o que independe da nossa vontade: com paciência. Deixar assim que se manifestem o medo, os fantasmas, as dores, a transição, a dissolução e todo o resto, e aí, então, descobriremos que não morremos.

Tudo é só transição e o medo da morte é aprendido com as ansiedades sobre as doenças e atitudes diante de cadáveres e funerais. Mas, a morte de um indivíduo é uma simples retirada temporária do espírito, de um vestígio que simplesmente cessou de funcionar... Mas também pode não ser assim, pode ser bem contrita e sofrida, se não colocarmos de permeio esta filosofia, ou se vivermos uma vida de desrespeitos, sem considerar que o dia da morte vem para todos. 

Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA

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