sábado, 10 de agosto de 2013

SEDE DE PERFEIÇÃO

Desde tempos imemoriais, o culto divino é uma mistura de superstições, devoções fanáticas e interessadas mentiras.


Desde tempos imemoriais, existiram homens que demonstraram em nome de Deus, que a razão deve submeter-se a todos os erros grosseiros do sentido intelectual, para a edificação de tal ou qual outro contexto espiritual ou doutrina religiosa. 

Desde tempos imemoriais, a força suprime o direito, a noite devora a luz e a ajuda de Deus é invocada pelos assassinos e pelas trevas, mas Deus, porém é imutável. 

Novas sementes enchem o vácuo, a luz se reproduz no meio das trevas; e a vida é gerada pela morte, a luz vitoriosa sobre a noite deposita sobre a superfície de um mundo os vivos do Senhor, os lutadores das eternas verdades. Isto deve suceder, isto sucede e chama-se progresso.

Toda a humanidade distancia-se do objetivo e se detêm indecisa, por determinado tempo. Porém, então, luzes repentinas lhes iluminam o caminho e o caminho volta a ser reaprendido e a verdade sempre chega mais perto e se prepara para o seu reino definitivo, sob os olhares e o apoio de Deus.

Que os mundos formados para determinadas categorias de espíritos recebam outros mais desmaterializados que os comporte, na sua generalidade e que as moradas humanas abriguem, de tempos em tempos, luminosas inteligências, ou que as provas carnais representem uma cadeia contínua de intermitência entre repousos e espantosas catástrofes, que importa? Desde o momento que a justiça de Deus é que resolve e é o Seu amor que dita a Sua justiça?

Que importa, desde o momento que os Messias expressam o amor a Deus para todas as inferioridades, que nos sofrimentos humanos “representam atos de reparação para a justiça de Deus”?

Jesus já o disse. E isso fustiga os poderes estabelecidos pelo esboroar das consciências e castiga o abuso da força e encontrava em Si o maior patriotismo da alma, para abater todos os despotismos, para compadecer-Se destes males que provocaram as misérias da humanidade.

Mas, os inimigos de Jesus afirmavam que Ele havia atacado o dogma nisso e a unidade de Deus e quando Jesus tornara indispensável o amor para combater esta ignorância, sofria pela necessidade que tinham os homens de ampararem-se uns nos outros. Acaso o amor não protegia os interesses do pobre, assim como defendia o rico contra os insensatos desejos de igualdades materiais?

Assim, Jesus definia a esperança como remédio para todos os males, mas dirigia os olhares ao espírito pela sua felicidade no porvir. Com palavras de misericórdia e alento, Ele fazia da morte uma luminosa transformação.

A graça é o benefício da força, dizia. E a força resulta do progresso do espírito e todos os espíritos se elevam por meio das provas da vida carnal, quando compreendem estes ensinamentos.

E Jesus, desde a felicidade espiritual para a qual o conduziram as perseguições humanas, teve de preparar os Seus direitos a uma glória cada vez mais luminosa, e assim sucederá a todos os que chegarem ao desenvolvimento das forças por vontade e sede de perfeição.

Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA

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