Há muita gente que acha importante cuidar do físico, malha, corre, mas e do espírito? Vão à igreja de vez em quando e, de vez em quando, fazem uma oração de boca. Levam uma vida social, são de boa conversa. E aos poucos, no decurso das vidas, perderão o brilho e não terão mais de preocupar-se com o físico, ou com o colesterol, mas deverão preocupar-se com a falta da água, da comida, e toda hora estarão pedindo a Deus.
Quantas pessoas nascem neste mundo e acham que vieram aqui para passear e reclamar. Quantos há que usam, abusam e estragam, e nem sentem um pingo de vergonha por serem inúteis para qualquer coisa. Quantos não têm utilidade nenhuma e nem sentem um pingo de vergonha disso, e outros acham que vieram a passeio na terra para abusar e se divertir. Há muitos que não contribuem para nada. Que não prestam e não gera nenhum serviço, eles não têm nenhuma utilidade ao progresso ou à sociedade. Só sabem prejudicar, por consequência de quem sabe quais direitos, diante dos outros que suam e trabalham para ganhar a vida. Este mundo não é mal, mas estas pessoas o fazem parecer mal.
Estes são os parasitas da Terra, a grama ruim, os sem-vergonha, porque já foram sem vergonha antes. Não têm nada, porque quando tiveram as suas possibilidades de fazer coisas úteis às desperdiçaram. Aproveitaram mal daquilo que tinham e não administraram bem a fortuna, e agora, que voltaram a nascer, vivem com aquilo que naquela vida anterior geraram, isto é, nada. Não sabiam que a causa da miséria futura é preocupar-se de gerar só para si mesmos, para o próprio bem estar do momento, para a volúpia, luxo, pensando que, depois que morrerem, não terá mais nada. É cobrar tudo e possivelmente bem caro, aproveitar-se sem o menor sentimento comunitário. Pensar “eu tenho do bom e do melhor e os outros que se danem”. Passar a mão em tudo que podem, sem pensar em nenhum tipo de responsabilidade e muito menos as sociais. Pensar que os outros são todos, uma manada de vagabundos, ladrões e inúteis, que não merecem nada.
Pense você também assim, faça isso, e a sociedade futura terá ganhado mais um ladrão e vagabundo, um inútil, pois cada um na sua vida gera as condições da sua vida futura, não há escapatória. Esta é a moral da história. Ninguém vem aqui a passeio, ou é prova, ou é expiação. Sempre preparar-se para a continuação das histórias, que sempre devem ter um final bom, pois a vida sofre apenas interrupções, mas continua sempre, e nestas situações é que aprontamos o nosso futuro. Ninguém veio a este mundo para ser um inútil, ou para prejudicar os outros. Todos devem dar conta daquilo que fazem em vida, da sua participação na sociedade, pois disso saem os seus direitos ao sustento futuro.
Há regras nisso e este é o verdadeiro dízimo, pois é o mínimo que cada um deve ter na participação social, para poder dormir em paz à noite, quando desta forma ganhou bem o seu dia, e dormir em paz na morte, quando desta forma ganhou a vida e o direito a sua vida futura. Está mais de que na hora de parar com as fantasias religiosas malucas e supersticiosas. Você é gente quando é útil e não é útil só rezando terços, mas fazendo alguma coisa em proveito de alguém. Participe de ações educativas. Traga a verdade, a luz, àquele que não a tem. Leve esperança, união, harmonia, console. Deixou-se deslizar sua vida para baixo pare, pegue o caminho de volta e suba novamente, pois os degraus são os mesmos que pisou para descer. E poderá contar com alguma ajuda espiritual quando verdadeiramente quiser recuperar-se. Peça a um espírito para ajudá-lo.
Quando você acende uma vela branca, na simbologia da luz, para ter um espírito de luz, o terá para mediar a sua situação. Lembre-se, porém que chamou também um juiz. Ponha ao lado da vela um copo de água da torneira e apele mentalmente, porque lá está ele, mas ficará olhando e intervirá só em função do seu merecimento. Não o chame para ganhar dinheiro ou achar emprego, mostre que merece ser ajudado, que a sua intenção vale, e ele lhe abrirá o caminho, mas seja gente, procure vender um bom serviço. Seja respeitoso com as coisas alheias. Procure sempre fazer o melhor que pode. Pense que se você tivesse um empregado ou patrão como você, faria o quê? E já terá o seu resultado. Na relação com esta luz, deste evangelho, encontrará um caminho que lhe colocará luz na mente, mas seja gente. Procure aprender sempre como ser mais útil no contexto social, no mínimo para sustentar-se a si mesmo. Não pense em constituir família se não tem condições nem para si mesmo. Tenha vergonha da miséria vivida, sem tentar vencê-la todos os momentos, com o trabalho e a dedicação ao trabalho e, acredite nada vem de graça. Não acredite nas coisas fáceis porque não duram.
Tenha vergonha da dependência dos outros e não pense que as facilitações não custem nada porque são as mais caras. Para um favor qualquer sempre virá a conta, e lembre que somos constantemente vistos e postos à prova. Jesus falou muito de amor porque o povo não entendia ainda o carma, disse “perdoa sempre”, para que a pessoa não se envolvesse com o carma, porque este não perdoa. Tudo o que se faz traz consequências no que há de ser. Nisso, você não é preto quando é limpo, você é preto quando a sua alma é suja, e independentemente da sua cor, é sujo quando, não tendo condições para si mesmo, põe no mundo outros, que, já de início, serão condenados a sofrer pela sua incapacidade de educá-los e criá-los. Carma é isso, consequências de tudo e para tudo, magnético. Tínhamos de tirar da terra o nosso sustento com o nosso trabalho, suando a fronte.
E muitos não fizeram isso, quiseram viver nas costas dos outros e, de coisa em coisa, de abuso em abuso, tornaram-se joio para serem jogados ao fogo e você, quer fazer o mesmo? Lembre-se que adorar estátuas ou imagens, ou participar de missas e procissões nunca serviu a ninguém. Faça para si e para o próximo, Jesus resumiu isso em amor e disse: “quem muito amou, já orou”. E mais um lembrete, a vida é dura só para quem é mole e desleixado. E mais um, represar os bens é ruim. Fechar as terras é ruim. Ser muito rico é ruim. Abusar dos outros é ruim. Lembrar-se da lei das consequências e do ditado, das estrelas aos estábulos, pois é automático. (O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)