A verdadeira sabedoria está em saber processar o próprio carma. Processar o carma é cumprir as obrigações espirituais, sabendo que são derivadas de ações do seu passado. É cumprir as etapas evolutivas, é viver esta verdade sem teimar em querer viver aquilo que você acha ser a verdade. É difícil falar de estatísticas porque estas variam em função dos pesquisadores. Entretanto, de forma aproximada, sabe-se que a Humanidade atual soma por volta de seis bilhões de pessoas. Há dois bilhões de muçulmanos, dois bilhões de budistas, um bilhão e meio de cristãos e a diferença é composta de crenças de menor expressão. Mas quais são as diferenças substanciais entre toda esta gente, na derivação das suas crenças? Há diferenças de hábitos, costumes, línguas e, espiritualmente, uns se acham melhores do que os outros. Mas todos respiram. Todos têm sangue vermelho e, independentemente de culturas e tradições, todos se alimentam do que lhes vem da natureza. Daí é que se vê que são todos iguais e sujeitos às mesmas regras e condições espirituais, pois mantendo-se em contendas, pode-se dizer que estes ainda seriam primitivos.
O sofrimento é desejar e não obter aquilo que desejamos, esta é a causa do sofrimento, e causa da perda da felicidade e da miséria moral. Por desejar e não obter, sofremos e somos infelizes. Ficamos infelizes com a separação dos objetos, dos hábitos, e das pessoas de quem nós gostamos. Quando nos despedimos de uma pessoa querida, talvez sem saber quando tornaremos a vê-la, sentimos dor e sofremos uma frustração e, por isso, somos infelizes.
O sofrimento é ocasionado também pela intolerância a coisas ou pessoas das quais não gostamos e que não aprovamos. Esta contingência, inclusive, nos mantém em estado de irritação, de tensão e de frustração. Apegar-se à existência é apegar-se ao sofrimento, e isso é o que nos faz infeliz? Será que a morte nos traria a paz? A morte nos liberta ou não do sofrimento? Para responder a estas perguntas, é preciso fazer uma distinção. É necessário estabelecer uma divisão na dor como mero sofrimento físico, o que nos traz infortúnio, se é temporário e tem lenitivo. É preciso considerar que nascer já é sofrimento, por causar dor à mãe e à criança, e a vida é um contexto de “fatalidades” que provocam a dor.
Também quando o homem envelhece, com as células do corpo que não mais se restabelecem, quando a degenerescência começa, e os órgãos não funcionam mais corretamente, ocorrem mudanças, e há sofrimento. Ninguém envelhece sem sofrer. De certa forma, porém, a morte põe fim à doença e à dor a esta ligada, mas, e o sofrimento? Os sofrimentos provocados por distúrbios dos sentimentos, das emoções, constituem o maior sofrimento da desarmonia que a infelicidade pode causar, pois esta se reflete na Mente, e esta nunca morre.
Aqui vale outra máxima: “Se sou infeliz é porque não vivo em harmonia com a minha natureza. Se não vivo harmoniosamente, é porque não aprendi a aceitar o mundo como ele é, e a compreender e tolerar todas as suas falhas perante a minha natureza, e porque não aprendi a separar as causas do sofrimento por ordem de importância, e porque não entendi que somente pode se atingir a felicidade quando conhecemos as causas que nos fazem infelizes e aprendemos a evitá-las, corrigi-las ou já começando pelo fato de não julgá-las”.
Aprendamos a nos controlar, pois a origem dos sofrimentos é a aspiração insaciável quando se faz acompanhar dos deleites sensuais, para buscar satisfações de tudo e para tudo, ora aqui e ora ali, assumindo a forma de ânsia de saciedade dos sentidos, ou aspirações de prosperidade e de posses mundanas. Nisso, todos os homens chegam a sentir desejos, anelar por coisas, condicionados por ânsias sensuais que os levam, muitos, a fazer coisas que, num estado de espírito mais equilibrado e livre do condicionamento, não fariam e onde, por consequência, o sofrimento ainda nos acompanha em tudo o que fazemos erroneamente.
Mas este é o resultado de atitudes errôneas em relação ao mundo em si, o que não é mau, mas que algumas pessoas fazem que pareça mau, tentando nos confundir de todas as formas, em que determinadas ações que nada têm de mau são vistas como atitudes erradas de nossa parte, e nos condicionam, fazendo parecer nos indispensáveis as coisas que não o são.
Mas este é o resultado de atitudes errôneas em relação ao mundo em si, o que não é mau, mas que algumas pessoas fazem que pareça mau, tentando nos confundir de todas as formas, em que determinadas ações que nada têm de mau são vistas como atitudes erradas de nossa parte, e nos condicionam, fazendo parecer nos indispensáveis as coisas que não o são.
Porém, a tudo isto pode se reagir, aprendendo a evoluir. Aprendendo a ser felizes com o que podemos ter, e aprendendo a controlar o nosso sofrimento. Aprendendo a aceitar o conteúdo do Pai-Nosso... E no “orai, vigiai e instruí-vos”. (O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)
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