A LITÁURICA é espiritualismo. É uma religião que ensina ao homem como encontrar-se consigo mesmo já aceitando a sua realidade, e como melhorar pelas suas próprias ações. E a LITÁURICA ensina também a não esperar nada de graça, a não viver de ilusões e pensar que alguém, do mundo espiritual, algum dia possa ajudá-lo, só porque pagou um dízimo ou fez uma oferta para alguma igreja, porque espiritualmente só com este dinheiro não se compra nada. O dízimo é necessário ao homem, mas não para ele pagá-lo a alguém para que lhe venha a ser administrado, porque aí será um dinheiro jogado fora. Deve ser aplicado e administrado, controlado diretamente pela pessoa, para ela crescer espiritualmente, integrar-se, fazer, pensar, educar-se no respeito alheio. Interessar-se pelos casos sociais, que são responsabilidades intransferíveis, como a respiração que é intransferível. Cada um faz estas aplicações por si, e ninguém pode eximir-se destas obrigações, porque aí estacionará ou se atrasará como ser humano e como espírito.
Todos os dias morrem pessoas. Quantas pessoas acordam de manhã e à noite já estão sendo veladas. E muitas não são pessoas doentes, pobres ou velhas, há de todos os tipos, e infelizmente muitos jovens também são envolvidos em todo tipo de acidente.
A morte é um fato da vida que deve ser considerado por todos que tenham a idade da razão, de fato todos devem estar preparados, pois tudo o que é vivo um dia morre, é natural, mas como é natural morrer? Quando se é velho? Doente? Não, às vezes termina um ciclo de vida para começar outro, então a pessoa morre naquele momento por uma razão qualquer e pode-se morrer por acidente. Morrer jovem significa, normalmente, reencarnar rápido? Melhor morrer que matar, pois este vem a encarnar-se rapidamente e volta no mesmo ciclo cármico? Tudo isso é muito complexo. Toda a programação cármica é implicada nisso e, às vezes, a reencarnação é prejudicada pelo homicídio ou suicídio.
“Se a tua mão é objeto de escândalo, corta-a”, por quê? É aí que entra a composição de uma vida prejudicada, e outras vezes fracionada em mais vidas, sempre no cumprimento do carma determinado. Seria na prática a composição de todas as consequências das nossas ações reparadoras, e das ações realizadas em nosso passado.
Tudo aquilo que fazemos, conforme a moral certa nos traz consequências benéficas, ou serão provas para o futuro, pois para cada má ação corresponde a sua exata consequência, a pagar diretamente para aquele ao qual devemos, na “casualidade” que iremos encontrar nas nossas reencarnações. Este é um fato tão certo que para viver bem é só aceitá-lo e com o maior bom senso tentar manter-se na linha, não fazendo aos outros, o que não gostaríamos que os outros nos fizessem, e não fazer absolutamente nada que possa prejudicar o nosso ambiente de vida ou a natureza, porque tudo isso é também o contrário do certo.
Os valores morais estão ainda no cumprimento dos nossos compromissos com os nossos antepassados, e com os pais, família e filhos, pois tudo isso é continuação de histórias do passado e germe do nosso futuro, que irá ser a base daquilo que iremos receber no nosso retorno à vida. E na vida vista assim, que valor podemos dar ao dinheiro, às grandes posições sociais, ao poder que dura tão pouco tempo e às paixões? Como ficar fascinado em demasia pela tecnologia, quando a vida é tão frágil? E quanto de tudo isso pode nos custar tão caro em nossas reencarnações? Um dia nas estrelas para ser compensado com tanto tempo nos estábulos. Vale a pena? A esperança de um futuro melhor no além da vida atual é do pobre, do debilitado e daqueles que sofrem. Este lugar de pobreza, debilidade ou sofrimento ficará para os poderosos de hoje, os grandes, as grandes estrelas de hoje, os alucinados pelo dinheiro e pelo bem estar das grandes mansões.
É bom mirar na substância da vida, investir nos outros e no melhoramento da sociedade, lutar pelos valores certos, pois estes são créditos reais. Esta poupança não vem inflacionada, e não mirar tão alto, para não sermos tentados a ter mais. Porque aí tendo mais, além do próprio direito, é este mais que virá dos outros e que deverá ser devolvido um dia. E não esquecer, sempre aceitar de boa forma a vontade maior, pois só assim a morte é como uma porta giratória, sem perceber se está aqui novamente. Porém, não vamos esquecer que somos principalmente espíritos a caminho da evolução, e que, em função dos tempos, temos de pensar na possibilidade de sermos regredidos e implantados num ínfimo lugar do espaço.
(O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)
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