Um espírito que esteja se comunicando com alguém, numa sessão mediúnica, quando se refere ao médium do qual esteja usando o meio para comunicar-se, o cita como: meu suporte, meu aparelho, quando não, meu cavalo, meu burro... Por que isso? É uma forma de expressão, ou uma forma de atuação, em que o espírito mostra a sua condição da posse que tem sobre o médium? Somente uma fotografia da aura pode determinar isso. Porém, naquele momento, o médium, se está inconsciente, não passa de um meio, pois o espírito lhe toma conta da memória, do cérebro, da inteligência e, numa palavra, de “tudo” o que é o seu ser. Pois age tomando lhe conta do domínio do corpo físico através do astral, misturando nisso as próprias energias com aquelas do médium, assumindo assim, magneticamente, o seu raciocínio, sentimento, etc.? Ou chega assim, independentemente da vontade do médium, a controlar lhe plenamente a matéria? Pois na constituição orgânica, esta é a grande diferença, porque num caso o médium é somente o suporte e dependente do etéreo e pode ter uma atuação permanente, ou outra temporária, mas é semiconsciente, e o médium pode interferir com o seu ponto de vista.
Dizem os “ocultistas” que, para permitir ao espírito controlar o corpo do médium, é necessário que ele “desloque” o seu corpo astral, ou perispírito, mas não é nada disso. Este é um conceito forjado para o leigo supor que, nisso, estejam resguardadas algumas capacidades especiais do médium, ou para que pense que um espírito não possa dominar uma pessoa, especialmente se esta não quer, mas não é assim.
Quando existem evidências mediúnicas numa pessoa, estas são evidentes no corpo astral, e este é um problema cármico do passado. Quando as qualidades mediúnicas são naturais e evidentes, é o médium que controla o seu canal mediúnico, mas só quando este está em boa harmonia com os espíritos, pois neste contexto, os seus “Guias Espirituais” o protegeriam, mas quando não quer trabalhar nisso, porque não conhece o contexto doutrinal do espiritismo, ou tem medo, ou outras razões que podem ser até totalmente independentes de sua vontade, se torna, querendo ou não, permitindo ou não, instrumento deles a qualquer hora porque a sua atuação mora na sua aura.
É assim que acontece, e muitas pessoas são simplesmente atuadas sem nenhuma formalidade e, muitas vezes, para não dizer sempre, a pessoa nem percebe que está sendo atuada, não percebe que alguém lhe está forçando a mão numa determinada situação, ou na reação a situações e com isso, às vezes, a pessoa passa dos limites, de forma que as consequências podem deixar lhe marcas para o resto da vida.
Outras vezes, é a vida que vai embora, ou são doenças que ficam e que levam à morte, ou saem um dia... Tudo não passa de atuações, muitos são atuados no dia-a-dia, ou o serão por causa do que fazem no seu dia-a-dia...
Nem tudo o que brilha é ouro, e igualmente não se pode afirmar que tudo o que acontece às pessoas seja atuação espiritual. Porém os que pensam também que as coisas acontecem por mero acaso pecam também pela sua simplicidade.
A este propósito é suficiente acompanhar os fatos, como por exemplo: um indivíduo falece e tem uma grande dívida com outro. No plano reencarnatório, virá como parasita do devedor.
Este contexto pode ser satisfeito de várias formas. Às vezes os dois nascem gêmeos e, já aí, o devedor levando o credor no colo, o que também perdurará no decorrer da vida.
Há casos em que o devedor encarna e o credor não; porém aquele que encarna deverá dar passividade mediúnica àquele que está “do outro lado”, para este evoluir, ganhando os seus valores, não sempre espirituais, sem fazer força material. Entretanto o “outro lado” é simplesmente a sua aura, onde toda esta teoria não tem suporte maior de que uma simples cobrança.
Há aquele que deve de qualquer forma, mas o credor lhe cobra ali ao seu lado, no dia-a-dia, na convivência, pois ele pode ter se até esquecido da dívida, mas a justiça divina não esquece e este tem sua mediunidade para servir as orientações dos espíritos, até que se cumpra o resgate ou o pagamento do “último ceitil”, como dizia Jesus.
Há aqueles ainda que embrutecem no ódio, e os que foram roubados ou assassinados e que, até depois de várias reencarnações, encontram quem os prejudicou encarnado, estando eles no astral e ainda presos ao seu ódio e necessidade de vingança. Aí temos os casos dos hospitais psiquiátricos, e dos asilos dos dementes. Entretanto, a mediunidade é uma condição que, ao contrário das características que a melhoram, aprimorando se com a experiência, pode ser considerada como uma doença que tem cura e que entra nos mesmos contextos que a resgatam. Porém é o médium que evolui nos contextos doutrinários certos, e eleva, como qualquer um, a sua sintonia mental. Como consequência se liberta dos seus obsessores, mas deverá trabalhar somente mediunicamente para nele mesmo encontrar este acerto?
O fato é que os médiuns não entendem estes conceitos e, quando dão um passo adiante, a maior parte deles dá, pelo menos, um passo atrás. Pois, para início de conversa, muitos falam de humildade, mas não reconhecem por nada que a mediunidade possa ser uma doença, e aí...
As dúvidas que então permanecem, são simplesmente aquelas dos mal informados e daqueles que sempre teimam em reconhecer a validade das coisas que não entendem, especialmente quando se veem abalados em suas crenças fanáticas. Mas é bom que eles saibam que aquilo que permite também a atuação espiritual é justamente este fanatismo irracional.
“Orai, vigiai e instruí-vos”: por este “legado”, na sua prática continuada, no seu desenvolvimento e no dinamismo espiritual, se aumenta a intensidade magnética, que é a força defensiva para este tipo de atuação. Claro que, por maior que seja a evolução de uns, sempre poderão existir outras maiores, mas este não é o problema. O problema é elevar se dos níveis dos instintos, do ócio, dos vícios da incultura, etc. Adquirir suficiente evolução que corresponda à elevação sobre os níveis dos vícios e de seus parasitas, e fugir magneticamente às suas ações.
Aprendemos também que é ali, nesse campo astral, que devemos manter-nos no equilíbrio, para dele derivar a saúde e o bem estar. Pois é ali que a matéria é golpeada pela força ódica que direciona o Colpino, o agente espiritual corregedor da justiça cósmica e onde, também, por simples condições magnéticas, pode agir o parasita espiritual.
É pela teimosia que muitas pessoas não reconhecem este contexto espiritual. Muitos ainda, nem reconhecem a existência de Deus, por culpa de outros que fazem disso um contexto místico e absurdo. É que muitos não pensam que, sem aquilo que simplesmente se exprime na palavra Deus, não poderíamos existir, pois não é possível conceber uma obra criada sem um Criador, sem uma origem, um começo e uma ordem.
Poder-se ia até dar crédito a uma casualidade, mas não que esta tenha, sozinha, realizado as regras de perfeição, que regem a harmonia da Natureza e o Universo. Da mesma forma que a vida não se reproduz onde não existem as condições de vida, temos de compreender que o ser humano existe em função da existência desta energia criadora, que é estrutura de Deus. Onde, numa micro-bilionésima parte disso, nasce os organismos que são plasmados por determinadas esferas se experimentando em milhões de pontos de vista diferentes, mas que, sem estes contextos harmônicos, não existiriam. E que é nestes contextos que cabe a cada um situar-se, nos contextos de sua evolução.
Por isso é inútil que o homem queira fugir desta regra e responsabilidades que lhe cabem, pois as consequências deste seu comportamento irracional enchem os sanatórios, os hospitais psiquiátricos e os asilos dos dementes.
Quando alguém quiser avaliar melhor tudo isto, não precisa mais do que olhar para o mundo ao seu redor, vendo as “fatalidades” que se repetem em acidentes de todos os tipos. As misérias humanas em todas as suas expressões, nas favelas, nos subúrbios das metrópoles, nos guetos das cidades onde a poluição nem permite respirar, etc. Na proliferação dos tóxicos, nas agressões à Natureza, nas doenças, Aids, câncer da pele, ósseo, da carne, diabete, septicemia, leucemia, etc..
Porém, veja-se tudo isto como uma consequência da rebeldia à evolução, a não querer ver o óbvio, da ignorância, da incredulidade, do orgulho, da paixão fanática. Onde os instintos prevalecem, e na falta da moral verdadeira, o homem pratica a perseguição, o tráfico ilícito, o lenocínio, o roubo, a violência, explorações, assassinatos, abusos religiosos, retenção e congelamento das riquezas, etc.
Mas a doutrina de Jesus é hoje representada na LITÁURICA como a religião Única e Universal, mas será diferente daquela pregada há dois mil anos? Na substância, as pessoas enchem a boca, a todo instante, com o Seu nome e o nome de Deus, mas verdadeiramente não são discípulas do mesmo Mestre.
Mas os homens de todas as religiões e de todos os povos, de todas as classes sociais deste mundo, todos são filhos de uma só pátria, que é este planeta, e todos são sujeitos às mesmas leis. Decretos que são iguais para todos, da causa e efeito, cármicos, condicionados à uma evolução real e não a um mito. (O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)
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