terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O PATERNALISMO

O paternalismo estimula a sermos bons, exalta a compaixão, porém, o humanismo é uma obrigação, em função da própria vida, que já acontece em função desta colaboração da Natureza, que não vem de graça, mas deve ser considerada e reconhecida como graça de Deus. Retribuída com a nossa evolução, pois neste mundão tudo tem uma razão de ser, onde até a praga existe, mas só para manter o equilíbrio da Natureza.

O paternalismo estimula a sermos bons, mas o paternalismo estimula a miséria. O sentimento da prática paternal vem influenciando, quase que de forma inconsciente, o comportamento de muitas pessoas pela própria tradição latina. Através desta prática, muitos tencionam fazer o bem, mas realmente querem desagravar a consciência individualmente, esquivando-se de uma responsabilidade social. Este paternalismo é praticado, por exemplo, quando uma criança, na rua, pede uma moeda e a pessoa dá, pelo prazer de dar, dizem alguns, mas na realidade preferem pagar uma moeda e não perder tempo para, ao menos, tentar fazer alguma coisa para corrigir o estado dessas coisas. Pois dar uma moeda é fácil, difícil é interessar-se a fundo pela questão, como chamar a polícia e exigir que o pai da criança seja chamado a cumprir com as suas responsabilidades diante dela, e preocupar-se com a sua educação, alimentação, abrigo, etc..

É trabalhar socialmente nas funções de cidadão esclarecido, para que também aquele pai não seja um refugo da sociedade, sem emprego, sem assistência, bêbado e abandonado a si mesmo. A diferença parece pequena, mas eu prefiro esta consciência social que chamo de humanismo a este paternalismo, pois acho absurdo recusar ajuda a uma criança desamparada na rua, mas reclamo e opero para tentar criar uma maior consciência no problema. Acho louváveis as ações de pessoas que se preocupem em ajudar crianças abandonadas e velhinhos desamparados, mas acho abominável que atrás haja pessoas abusadas que põem crianças no mundo para abandoná-las ou que pessoas, que se acham sadias, abandonem os seus velhos ao relento das ruas, como se fossem animais, pois, no mínimo, cada pessoa destas deveria ser admoestada, incomodada, ou talvez até curada ou reeducada.

O conceito paternal é antigo, mas começou a ser transformado na Europa, por volta do século XIV, e é onde nasceram as nações baseadas nas condições sociais que, em seguida, vieram a classificar-se nas categorias dos países do primeiro escalão, porque primeiro se libertaram da dominação da igreja, pois o paternalismo foi gerado pela sua política. Era de rezar para Deus, para que lhe resolvesse os problemas, o paternalismo da esperança, ao qual, porém lhe opuseram o “ajuda-te que Deus te ajudará”, que estes países entenderam. (O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)

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