terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O PENSAMENTO

O espírito, quando se dirige ao médium, se dirige ao espírito deste e não lhe fala em francês, inglês ou português ou outra língua qualquer, mas lhe fala na língua geral dos espíritos, que é o pensamento, para que este médium traduza e exprima estas ideias numa linguagem articulada. Este processo, porém, se realiza acionando vários elementos do médium, estes pensamentos são percebidos pelo etérico que passa estas sensações ao centro coronário da cabeça que, por sua vez, os transmite aos órgãos de fonação.

Como se vê, é um processo simples no seu contexto, mas na execução não é tão simples assim, mas o médium é o intérprete deste pensamento e prevalece no diálogo sempre a personalidade do médium, pois todo o contexto da conversa com o espírito é veiculado com base na educação e nível de instrução deste médium. Por esta razão, não podem ser apreciadas as comunicações espíritas pelas linguagens faladas, nos conceitos dos espíritos, pois são proeminentes, nestas, as formas usuais de expressão e de comunicação, predominando as do médium.

Os Espíritos Superiores nisso só podem ser apreciados pela ação, isto é, o resultado das ajudas provadas e prováveis que nos proporcionam na oportunidade das nossas solicitações, e pela substância do conselho ou orientação que nos dão.

Admitido que os bons Espíritos só possam fazer o bem, de um bom espírito não poderá provir outra coisa, e assim saberemos se ele é bom.

Entretanto, aqui nós estamos falando de médiuns e bons espíritos, mas existem pessoas das quais não se pode dizer que sejam médiuns, isto é, que já tenham desenvolvido estas características específicas.

Existem pessoas que são sensíveis a determinadas intensidades de estados de espírito, e existem muitas entidades espirituais que ainda não se podem chamar de espíritos, mas que pertencem ao mundo dos desencarnados, que são literalmente apavorados, portadores de uma angústia sem fim por estarem totalmente perdidos, sem nem um mínimo de conhecimentos sobre onde estão e o que lhes aconteceu.

Só sabem que estão presos a uma situação terrível, pois os órgãos não funcionam mais, não enxergam nada, não podem movimentar-se, sentem os espasmos, seus e dos outros que estão nas mesmas situações, não entendem o que lhes aconteceu e, nessas situações de pavor, emitem solicitações de socorro misturadas as suas sensações.

As emissões destes pensamentos são de puro pavor, e determinadas pessoas sentem estas sensações que lhes provocam repercussões terríveis no físico e na psique, e nem se dão conta de que não são delas.

Seja num caso ou no outro, tanto o encarnado como o desencarnado, ambos sofrem o mesmo problema que se baseia fundamentalmente na ignorância dos verdadeiros contextos espirituais. O encarnado nem suspeita que o seu problema tenha um quê de mediúnico, e o desencarnado está na massa espiritual dos não desenvolvidos.

Entretanto, as gerações de sentimentos de misticismo, que se alimentam no fanatismo religioso e nas orações, criam um tipo de sentimento que age como um bálsamo no desencarnado, que recebe um pouco de repouso e, por consequência, alenta a pressão no encarnado que estava sendo condicionado por esse.

Este contexto por si só não se sustenta, por não ter uma solução, mas amortiza o problema e o leva para frente, e muitas são as pessoas que estão nestas condições, que só se sentem bem quando participam das orações dos grupos samaritanos, ou espíritas, ou carismáticos, ou evangélicos, etc.

Estas pessoas sentem a necessidade física de rezar, de prostrar-se ao excesso fanático, mas não por exibicionismo, e sim por animismo da necessidade mesmo. Porém tudo isso não resolve, pois precisam elevar esta sintonia mediúnica para as dimensões mais evoluídas, e isso é o que resolve, pois não serão mais alinhadas com outras entidades que infelizmente sempre existirão.

Qual foi a obra de Jesus? Foi a de trazer-nos uma doutrina que, aplicada e entendida, eleva a sintonia do nosso pensamento. ( O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)

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