quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NASCEMOS PARA ISSO

A religião, no entendimento geral, é algo de pessoal que cada um aborda de maneira diferente e, conforme o grau da sua evolução, nela encontra coisas diferentes. Exceto em circunstâncias especiais, a pessoa não deve mudar fundamentalmente de religião, mas evoluir-se partindo dela. Sempre se deve considerar muito bem nisso que a reencarnação hoje se prova, e provam-se também as regressões, que inferiorizarão o espírito na perseguição das ofensas aos próximos, nos desrespeitos, nas violências, nos abusos de todos os tipos e daí é que esta sua crença deve contemplar todo este contexto, incluindo o meio ambiente, pois se não for assim é o espírito de cada um que se atrasa, e pagará por isso.

Se a pessoa nasceu na religião cristã e vive no mundo ocidental, pode manter a sua antiga fé, aprimorando-se nela, pois todos nós absorvemos as crenças religiosas como absorvemos os primeiros sons da língua. Ocorre que, se o cristão subitamente se torna hindu ou budista, certos fatores hereditários e certas condições deste ambiente, inatas, tentará debilitar lhe a aceitação da nova fé e, com excessiva frequência, para compensar este fato, ele se entregará fanaticamente a essa nova crença, permanecendo, porém, sob a superfície, todos os tipos de dúvidas e conflitos não solucionados. Nisso, o resultado dificilmente é satisfatório, e da mesma forma que a pessoa nasce aceite a fé que existe em seu ambiente, estude-a e se aprofunde nas suas raízes. Com isso descobrirá que, fundamentalmente, todas as religiões têm a mesma matriz e, portanto a mantenha, pois a religião é algo que vivemos.

É necessário que estes conceitos sejam compreendidos, pois muitos, sem proveitos, seguem as variações dogmáticas ou esotéricas, as transcendentais, porém isto não é religião. Muitos nisso tentam alterar a sua natureza, aprendem técnicas que lhes são estranhas, desdobramentos, viagens astrais, etc... Mas isso serve a quem? Isso é a metafísica mediúnica de todos os médiuns, é o efeito da “energia intrusa” que pode ser captada pela foto da aura e que, em determinadas condições de sono ou relaxamento, vence o controle mental e contata o consciente, que automaticamente se transpõe nesta dimensão e pode percorrê-la como se estivesse lá. Mas não é este o ponto básico, pois é necessário que compreendamos que o ambiente no qual vivemos, e as limitações físicas ou metafísicas que possamos ter, são consequentes a um padrão ou uma condição que nos foi imposta, ou que nós mesmos nos impomos e que aceitamos, em consequência de fatos ou voluntariamente, mas, fundamentalmente, sempre para que o nosso espírito seja purificado e fortalecido, para entender que não faz parte desta ou daquela religião, mas da Criação, estando subordinado as suas leis físicas e metafísicas.

Por isto, o nosso objetivo é fortalecer-nos neste caminho escolhido e cumprir aquilo a que nos propusemos antes de vir aqui. Assim iremos fortalecer o espírito para quando voltarmos ao lar, quando deixarmos o corpo. Tudo já foi planejado e considerado antes de vir, da mesma forma que o estudante planeja os cursos a fazer numa grande escola, para que, no fim dos estudos, possa exercer essa ou aquela profissão, ou ser aquilo que planejou ser.

Como todos nascem nus e não podem opinar sobre as roupas que os outros lhes escolhem, e como todos sangram em vermelho, é claro que, de início, todos têm este problema em comum. Tanto quanto puder, cada um escolherá as suas roupas e terá que escolher entre as crenças religiosas. Mas não se afobe, pois, no decorrer da vida, encontrará as suas afinidades compatíveis com o seu grau de evolução espiritual.

Da mesma forma que encontrará o seu carma condicionado ao seu livre arbítrio, verá, também, que as pessoas são como as crianças na escola, onde as matérias a estudar não lhes são postas ao acaso, mas conforme um programa preestabelecido que precisam aprender, pois: “Nascemos para isso”. (O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)

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