A alma penada é aquela que vaga à procura de um abrigo. Aquela que vaga à procura de alguém conhecido no mundo das energias, do além. Quanta gente morre e se torna simplesmente errante, que procura o filho, o pai, irmão, ou mãe. Uma alma perdida é a solidão no meio da multidão perdida. Voltam para as suas casas quando podem, ficam principalmente orando diante das imagens sagradas, pois não sabem e acham que em vida não rezaram o bastante e por isso é que ficaram perdidas. Muitas se encostam aos vivos numa variedade muito grande. Os vivos, que não se prepararam antes, vão cair naturalmente nisso, onde só haverá solidão e desespero. Muitas, daí dariam tudo e aceitariam qualquer condição, para poderem conhecer, receber ajuda de alguém ou renascer, mas, e os seus precedentes irão permitir? Haverá alguém disposto a ajudá-las, e quando encontram quem estará disposto a criá-las como filhos? Tendo crédito com alguém, poderão usá-lo. Pois a caridade é boa obra para o quê? O ensino que diz: “honrai os pais”, quando cumprido, é um bom precedente. Quanta gente está atolada no além por não ter nem isso?
Sem caridade não há salvação, dizem os sacerdotes das instituições religiosas tradicionais, em que cada um quantifica e qualifica esta caridade como lhe convém. Mas a caridade é complexa e esconde questões pesadas e cármicas. Quantos príncipes, que ontem não souberam fazer estes balanceamentos, são hoje desesperados? Quantos destes, ainda não suportando as suas provas cármicas equilibradoras, colocadas em suas vidas, pioram ainda suas condições com drogas e violências? E quantos trabalham para se resgatar com grandes esforços e dedicação, e muitos com o sofrimento da carne. A caridade alimenta muitas vezes este sofrimento, pois há comércios insanos nisso, dos que se alimentam na continuação dos problemas que criam e produzem estas necessidades, onde na lei do retorno sofrerão as mesmas condições. E estes são os que se envolvem em responsabilidades cármicas. Corrigindo tudo isso não há erro, mas esta é a caridade do esclarecimento, a mais difícil, é aquela que se projeta “naquele que mais tem e mais lhe será cobrado”, dos investimentos nas causas certas, que trazem verdadeiramente o progresso entendido como obrigação social, que se destinam à cultura e ao melhoramento da vida do ser humano como um todo. ( O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)
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