domingo, 5 de fevereiro de 2012

A LEI MORAL

O carma é a lei das consequências, uma lei moral, que corrige ou compensa as ações do passado. É uma lei cósmica, inevitável. Age por magnetismo em todos os seres, onde toda ação comporta a sua reação. A vida da gente é processamento do carma e, processando o nosso carma, na forma certa, evoluímos. Inclusive, aprontamos um futuro equilibrado para as próximas reencarnações. A sabedoria verdadeira é esta, saber processar o nosso carma em forma positiva, isto é, anular dívidas, sem fazer outras. Nisso há leis que não se curvam diante de nenhuma lisonja. Não têm parcialidade e não fazem exceção para ninguém. Quem deve paga. Estas leis são cósmicas, eternas e imutáveis, e é tal a sua estreita justiça, que cada obra, cada esforço, toda intenção, tem como consequência o que há de ser, seu próprio prêmio, ou seu próprio castigo.

“Quantas vezes perdoarei a meu irmão?”, perguntou Pedro. “Sete vezes?” Jesus lhe respondeu: “Nem sete, nem 77 vezes sete, perdoa sempre”. Por que Jesus lhe falou isso? Porque quem não perdoa não reencarna. Pela lei de Talião lhe vem facultado cobrar a ofensa, pois é magnético e muita gente não sabe perdoar. Porque todos praticam a religião superficialmente. Porque poucos vivem a essência do ensino da lei do amor e a maioria confia a outros a sua evolução, achando que para isso seja suficiente cumprir as obrigações da, e na igreja. Pagar seu dízimo, ofertar pelas suas obras de caridade, cumprir o roteiro dos cultos, missas, romarias, procissões, participar das orações marianas dos terços, comungar-se, respeitar as suas festas, etc. Só que este é um roteiro a cumprir, para o fiel manter-se sobrecarregado e não ter tempo para pensar na inutilidade de tudo isso.

Isso tudo foi revogado pela obra do Messias. Já fazia parte dos cultos pagãos egípcios que foram revogados, porém recolocados no cristianismo romano e apostolar, para neutralizar a própria doutrina do amor. Esta doutrina é para ser vivida, onde “é melhor ser morto que matar” e nestes princípios e ainda em ofertar o outro lado da face, o império Romano não se estenderia. Havia necessidade de levar o povo para outros contextos e fizeram isso, pois a lei do amor vinha a ser nominal e imposta com a espada, para dominar os povos ocupados e manter na ordem o proletariado romano. Para isso montaram o cânone do Novo Testamento, e seus rituais em volta do Deus vingador, que devia ser apaziguado com ofertas e orações constantes.

Mas a finalidade da Reforma Messiânica de Jesus o Nazareno, era fazer de cada homem um emissário da paz e um sacerdote, e de cada lar um templo. Era cedo para isso, evidentemente o ser humano ainda não estava preparado, mas não saiu daqui também. Não evoluiu e tem muito carma para descontar. A lei do amor foi instrumentalizada, mas serviu para adiantar o seu momento intelectual e hoje se pode compreender o engano. O ser dimensional encarna na Terra para progredir espiritualmente e para conseguir isso deve demonstrar o seu valor, realizando boas obras e fazendo da vida a sua melhor obra. Para isso deverá rezar? A obra dignifica o homem e uma boa obra é a sua participação no progresso comunitário, pois o pássaro canta, espalha as sementes das árvores e controla as pragas. Não é um bom exemplo? Não se preocupa e voa feliz porque sabe que é útil. Se passasse a vida só cantando não teria utilidade. Que importância teria só a oração, diante da evolução? Na reencarnação receberia quase que nada em troca, pois cadê a sua utilidade? Muitas grandes personalidades do passado, que na vida só rezaram e ganharam só dinheiro, não estão expurgando agora em grandes misérias? Grandes construtores que construíram só pelo dinheiro, hoje reencarnados, não podem entrar nas suas obras, nem pelo elevador de serviço, e muitos ajudaram até a erguer santuários. E muitos que realizaram grandes obras literárias hoje não as entendem mais. Tem sentido isso? Será racional viver vidas de penalizações para um minuto de sucesso?

É isso que o homem é chamado a ponderar agora para passar pela “Nova Era” e fazer parte de uma nova sociedade que será composta por um novo ser, consciente de não fazer parte desta ou daquela religião, mas da Criação. Mas uma estrutura feita para progredir sempre, melhorando as condições de todos por seus méritos por igual. Onde cada um é chamado ainda a ser o sacerdote do seu lar, para viver os conceitos combinados, junto com os da lei de amor, “amar a Deus acima de tudo”, mas o Deus visto como o Todo da Natureza, do ar, da água, da luz, da terra e do Universo. Senhor das leis da vida, “da causa e efeito” metafísicas, inquebrantáveis, que supervisionam para que seja cumprida a segunda parte, que diz “fazer aos outros aquilo que gostaríamos que os outros fizessem para nós”. E onde cada um deve combinar-se a isso, trazendo a verdade, a harmonia, a paz, o esclarecimento, e onde precisa o socorro da irmandade, sendo estas responsabilidades intransferíveis, como intransferível é a participação unitária na vida de cada um.

E assim não adianta pagar dízimos na conversão, mas investir para esclarecer-se porque este trabalho deve ser feito por aquele que queira recolher os seus frutos, pois nisso cada um planta um pouco do que tem e terá sempre uma colheita para si, e poderá até doar um pouco do excesso que virá. Mas, se descontar uma parte para não cuidar disso diretamente, não terá retorno disso. ( O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA) 

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