segunda-feira, 15 de julho de 2013

A IMORTALIDADE ESPIRITUAL

A imortalidade da alma, ao pôr em evidência o espírito, no objetivo de suas existências sucessivas na matéria, o impele ao desprezo de toda a dependência carnal, elevando-o, por compensação, à glória da missão divina, coerente com a sua razão de ser e existir.

A perfectibilidade espiritual, a realizar-se em etapas sucessivas, reencarnatórias, é uma prova de amor do Espírito Criador, expresso em Deus, como “O TODO”, das leis cósmicas ao Universo e Suas energias criadoras onde, nestas, se distribui, em cada um, a força da inteligência, na proporção da honra ganha nas lutas sobre os instintos da matéria com as emanações divinas da imortalidade espiritual.

Na natureza humana existem seres novos, seres renovados, espíritos saídos recentemente do embrutecimento material, sem outros reflexos a guiá-los a não ser o instinto, que, dominando o espírito, se encontram por sua vez dominado pela matéria, e espíritos que passaram pelo sofrimento de vidas, por sofrimentos de degradações, por desânimos, por alegrias, por lampejos, por quedas, por êxtases, por felicidades, por tristezas, por glórias, por martírios.

Espíritos cujos sofrimentos foram filhos de seus excessos, e os que os horrores da morte arrojaram no terror do arrependimento. Todos regulados pela lei cósmica de Talião, do dente por dente, do carma.

Porém, nisso também agem espíritos que são chamados a sustentar os seus irmãos a ascender os degraus da pirâmide espiritual. Espíritos fortalecidos pelo desenvolvimento das suas inteligências. Espíritos dispostos ao bem pelo desenvolvimento das suas faculdades, preparados para a felicidade de seus sentimentos, na justiça, e dominados pelo desejo das investigações. Espíritos que formam uma mesma família, entre os encarnados e os desencarnados, empenhados nesta única missão.

Todos os espíritos humanos terão de permanecer séculos na ignorância, e não sairão desta senão quando procurarem uma linha de regras para seguir e a ajuda dos espíritos auxiliadores. Esta é a única saída, começar a controlar as suas tendências para anulá-las mediante esforços de paciência e provas, no desejo evolutivo e na presença de elevadas forças, nas quais se baseiam as esperanças de bens futuros e faustosos, na busca de seu pedestal de grandeza espiritual.

No mundo em que habitamos, as influências do círculo das nossas alianças são contaminadas pelo materialismo, e as confusões existentes na cegueira espiritual generalizada não permitem que o pensamento se eleve na direção certa evolutiva. Ele não é capaz de desprender se sozinho, e poucas vezes lhe é dado meditar sobre o contexto da fraternidade, onde se sente desviado pelas contradições, mas a força está aqui, onde a luz pode cortar as trevas e a vontade do espírito pode despedaçar o jugo que o aprisiona.

Na união, na fraternidade deste trabalho e na família LITÁURICA e cristã, em que o espírito humano é ainda pobre, mas resolvido a conquistar a sua grandeza, nessa fé pode conseguir rasgar o véu que lhe esconde o seu Criador. Se a alegria dos crentes crísticos provoca entre eles as ideias das reformas clarificadoras, ampliamos aqui os nossos pensamentos e fazemos com que baixem, entre as sombras das paixões, a tranquila claridade que acalma os males e nos dê o bálsamo do consolo dos justos, na bela e santa poesia da alma, para que possamos nos reencontrar. 

Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA

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