terça-feira, 30 de julho de 2013

O ESPIRITISMO AFRICANO

Quantos são os que ao desencarno, nem passam o nível de almas perdidas, por não terem em vida realizado um mínimo de evolução espiritual. São bilhões que habitam o mundo sub astral, paralelo e inferior ao da matéria, que inclusive regrediram, vivendo na Terra.

A culpa disto é das congregações que têm por finalidade principal a exploração dos fiéis? Não é só isso, pois hoje ninguém é preso à força por estas, e cada um tem um cérebro que pode usar e, a partir daí, cada um é responsável pela situação em que um dia vai se encontrar.

Mas é nesta escolha que o ser humano mostra a sua evolução ou a sua imaturidade, pois na disponibilidade à degradação, perde a sua postura quando descobre a sua tendência ao primitivismo, à idolatria, ao paganismo, ao fanatismo, ao materialismo, ao imediatismo, ao milagre, etc...

Muitos são os fracos para os quais o importante é que haja uma encenação, e seu primitivismo os sujeitará às forças do condicionamento que os fascinarão, quando cada um evidenciará a mesquinhez do “Eu” do “Mim” e do “Meu”.

Esta maioria é imatura, falsa e egocêntrica no íntimo dos seus sentimentos, e só até certo ponto, está disposta a reconhecer o direito dos outros. Talvez aspirem ajudar, mas tem de ser através de qualquer tipo de vantagens que possam proporcionar primeiramente a si mesmos.

Estas pessoas habitualmente têm o ciúme disfarçado, e habitualmente fazem as coisas por exibicionismo, e anelam as coisas dos outros. São invejosas, cobiçam as posses que não podem ter, ficam ressentidas, recorrem a toda forma de compromissos sem ver que nisso já se origina a sua frustração, a sua ira e a sua dor.

Estas não são as aspirações corretas, mas por isso estão dispostas a fechar qualquer aliança. Dai é que nasceu o sucesso das religiões mais alinhadas com os defeitos dos homens, que vendem o perdão ou iludem com falsos e convenientes conceitos, e também do espiritismo africano, no qual as entidades “metem se” a divindades, parafraseando estas, mas vendendo se por cachaça, fumo, folclore, nos seus serviços e proteções falsas.

Mas ninguém se engane, em cada lugar existe espiritualidade, mas nesse caso é simplesmente diferente, pois é a espiritualidade deste mundo, paralela à da matéria. Pretende se seguir uma ideologia espiritual onde existe encenação, figuração, misticismo, evocação mágica, e não se faz diferença entre orar, acender velas de feitiço ou costurar feitiços, mas há diferença.

Espiritualidade é espiritualidade, mas todas as pessoas que vão atrás disso devem ponderar bem, pois aí pisam no desrespeito à Espiritualidade mais evoluída e nos seus conceitos. É válido ir a qualquer lugar, aceitar e tolerar qualquer coisa até determinados limites, mas sempre para levar a luz do conhecimento a uma entidade inferior e necessitada deste socorro espiritual, mas somente nestas circunstâncias.

Os que nisso se deleitam são infelizes, tanto quanto as entidades que ali vão, pois ainda estão com os sofrimentos da matéria, primários, aos quais não têm condições de dar conta, apesar de não quererem demonstrá-lo.

Entretanto, também estas entidades são iludidas e enganadas pela própria ignorância, fazem parte disso como os componentes de todas as simples congregações do mundo, que passam a operar na dimensão metafísica e acham que tudo termina aí. Conspurcam-se, colocam o feitiço em seus corações sem ter esta necessidade, pois ao se porem a venerar a entidade inferior profanam o templo do Senhor, e não reconhecem a verdadeira validade do Cordeiro sacrificado.

Todas estas não são diferentes das almas perdidas e sofredoras que entram no caminho mais longo porque vão atrás do folclore, do misticismo, da violência, da idolatria, das fantasmagorias, dos vícios, para fazer o quê? Para, depois de anos disso, migrar para uma colônia, ou Aruanda, de onde serão preparados para simplesmente enfrentar o seu futuro, no qual descontarão nas vidas futuras todas as tolices que fizeram, bem como todos os outros. Talvez isso tudo tenha algum cabimento, mas é preciso ter muita fantasia para vê-lo.

Para progredir é necessário desenvolver trabalho no auxílio do encarnado. Para evoluir é necessário desenvolver também estes conceitos abstratos, onde são milhões que lutam para ganhar um pouco de avanço na evolução espiritual, que os afaste das dependências da matéria, para, quem sabe um dia, encontrarem o caminho que os leve às estrelas, e por isso o homem aprende a olhar para o céu com esperança, coisa que não é possível aos que manifestam os anseios de ganhar a Terra.

Todos os espíritos devem descobrir a essência do poder de Deus e corrigir a dependência de suas próprias naturezas. Todos, ainda que tenham de permanecer séculos na ignorância não sairão desta, senão quando as suas tendências carnais, viciosas, hajam sido finalmente anuladas, mediante esforços de paciência e provas de pureza em função dos elevados contextos dos bens faustosos da espiritualidade. 

Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA

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