Quantos
são os que ao desencarno, nem passam o nível de almas perdidas, por não terem
em vida realizado um mínimo de evolução espiritual. São bilhões que habitam o
mundo sub astral, paralelo e inferior ao da matéria, que inclusive regrediram,
vivendo na Terra.
A
culpa disto é das congregações que têm por finalidade principal a exploração
dos fiéis? Não é só isso, pois hoje ninguém é preso à força por estas, e cada
um tem um cérebro que pode usar e, a partir daí, cada um é responsável pela
situação em que um dia vai se encontrar.
Mas
é nesta escolha que o ser humano mostra a sua evolução ou a sua imaturidade,
pois na disponibilidade à degradação, perde a sua postura quando descobre a sua
tendência ao primitivismo, à idolatria, ao paganismo, ao fanatismo, ao
materialismo, ao imediatismo, ao milagre, etc...
Muitos
são os fracos para os quais o importante é que haja uma encenação, e seu
primitivismo os sujeitará às forças do condicionamento que os fascinarão,
quando cada um evidenciará a mesquinhez do “Eu” do “Mim” e do “Meu”.
Esta
maioria é imatura, falsa e egocêntrica no íntimo dos seus sentimentos, e só até
certo ponto, está disposta a reconhecer o direito dos outros. Talvez aspirem
ajudar, mas tem de ser através de qualquer tipo de vantagens que possam
proporcionar primeiramente a si mesmos.
Estas
pessoas habitualmente têm o ciúme disfarçado, e habitualmente fazem as coisas
por exibicionismo, e anelam as coisas dos outros. São invejosas, cobiçam as
posses que não podem ter, ficam ressentidas, recorrem a toda forma de
compromissos sem ver que nisso já se origina a sua frustração, a sua ira e a sua
dor.
Estas não são as aspirações corretas, mas por isso estão dispostas a fechar
qualquer aliança. Dai é que nasceu o sucesso das religiões mais alinhadas com
os defeitos dos homens, que vendem o perdão ou iludem com falsos e convenientes
conceitos, e também do espiritismo africano, no qual as entidades “metem se” a
divindades, parafraseando estas, mas vendendo se por cachaça, fumo, folclore,
nos seus serviços e proteções falsas.
Mas
ninguém se engane, em cada lugar existe espiritualidade, mas nesse caso é
simplesmente diferente, pois é a espiritualidade deste mundo, paralela à da
matéria. Pretende se seguir uma ideologia espiritual onde existe encenação,
figuração, misticismo, evocação mágica, e não se faz diferença entre orar,
acender velas de feitiço ou costurar feitiços, mas há diferença.
Espiritualidade
é espiritualidade, mas todas as pessoas que vão atrás disso devem ponderar bem,
pois aí pisam no desrespeito à Espiritualidade mais evoluída e nos seus
conceitos. É válido ir a qualquer lugar, aceitar e tolerar qualquer coisa até
determinados limites, mas sempre para levar a luz do conhecimento a uma
entidade inferior e necessitada deste socorro espiritual, mas somente nestas
circunstâncias.
Os
que nisso se deleitam são infelizes, tanto quanto as entidades que ali vão,
pois ainda estão com os sofrimentos da matéria, primários, aos quais não têm
condições de dar conta, apesar de não quererem demonstrá-lo.
Entretanto,
também estas entidades são iludidas e enganadas pela própria ignorância, fazem
parte disso como os componentes de todas as simples congregações do mundo, que
passam a operar na dimensão metafísica e acham que tudo termina aí. Conspurcam-se, colocam o feitiço em seus corações sem ter esta necessidade, pois ao se
porem a venerar a entidade inferior profanam o templo do Senhor, e não
reconhecem a verdadeira validade do Cordeiro sacrificado.
Todas estas não são diferentes das almas perdidas e sofredoras que entram no
caminho mais longo porque vão atrás do folclore, do misticismo, da violência,
da idolatria, das fantasmagorias, dos vícios, para fazer o quê? Para, depois de
anos disso, migrar para uma colônia, ou Aruanda, de onde serão preparados para
simplesmente enfrentar o seu futuro, no qual descontarão nas vidas futuras
todas as tolices que fizeram, bem como todos os outros. Talvez isso tudo tenha
algum cabimento, mas é preciso ter muita fantasia para vê-lo.
Para
progredir é necessário desenvolver trabalho no auxílio do encarnado. Para
evoluir é necessário desenvolver também estes conceitos abstratos, onde são
milhões que lutam para ganhar um pouco de avanço na evolução espiritual, que os
afaste das dependências da matéria, para, quem sabe um dia, encontrarem o
caminho que os leve às estrelas, e por isso o homem aprende a olhar para o céu
com esperança, coisa que não é possível aos que manifestam os anseios de ganhar
a Terra.
Todos
os espíritos devem descobrir a essência do poder de Deus e corrigir a
dependência de suas próprias naturezas. Todos, ainda que tenham de permanecer
séculos na ignorância não sairão desta, senão quando as suas tendências
carnais, viciosas, hajam sido finalmente anuladas, mediante esforços de
paciência e provas de pureza em função dos elevados contextos dos bens
faustosos da espiritualidade.
Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA
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