terça-feira, 9 de julho de 2013

A MORTE

A morte não é como muitos pensam, simplesmente o nascimento para o mundo espiritual, ela desprende o períspirito, conjunto alma, etérico e duplo etérico. Mas é errôneo neste ponto já falar de espírito, enquanto este se forma no decurso das reencarnações, quando passa pelas etapas cármicas do esclarecimento. O etérico é o campo refletido, visível, do duplo etérico, que só pode ser fotografado e é este que age na matéria, através das suas células.

O que predomina é o espírito, quando atinge os graus evolutivos, mas é a alma que tem o registro da última encarnação. A alma pode até alimentar se dos princípios religiosos já superados, e assim, até pode influenciar a próxima existência nos seus problemas cármicos.

O espírito, desmembrado e associado ao corpo, se atrofia e as causas mórbidas da morte podem torná-lo pesado e embastado, preso na sua recomposição e, sem ajuda do socorro espiritual, se atrofia. E a morte resguardará ao espírito as suas lembranças consoladoras ou funestas, e o remorso toma conta, em formas diferentes, até a reabilitação.

Tudo é fundamentado sobre as impressões das recordações da vida vivida, e dos conhecimentos doutrinais, e o benefício da esperança não existe para os infelizes que se encontram embargados pela visão do delito e no temor da represália. A luz do futuro faz se só mais ou menos clara para os que são preparados na luta da inteligência sobre os instintos da carne, e para aqueles que são esperados pelos amigos esclarecidos.

Os desviados no sentido moral, os famintos de alegrias mundanas, e os indignos possuidores de faculdades intelectuais, os heróis assassinos e todos os ímpios por ociosidade, todos os incapazes por covardia, encontram se dominados pelo terror, até a sua primeira correção do orgulho que assinala a primeira correção da alma, no primeiro esforço para compreender algo mais do que aquilo que os rodeia.

Este é o mundo espiritual, que forma o astral ou sub astral, uma dimensão dimensional, mas logo acima do mundo material. Vai por si, que se cai nesta dimensão naturalmente, e todos aqueles que se encontram nesta dimensão, sozinhos não saem e mantêm consigo todos os seus problemas, inclusive as dores da morte, e à parte a falta de comunicação das duas dimensões, o ambiente de vivência é mais ou menos o mesmo.

Deste imenso reservatório, muitos perdem simplesmente a consciência e lembrança, para alimentar a sequela dos renascimentos e, em processos que parecem, mas não são de casualidade, e muitos não conseguem libertar-se, e outros por muito tempo, vivem nas fantasias da mente.

Outros tantos se encostam aos vivos e de suas auras influenciam as suas vidas até onde lhes seja permitido pelas leis da causa efeito e da contraposição. Bilhões de espíritos vagam simplesmente no Astral e nem se lembram de quem foram, as vidas que viveram, e nem conseguem aceitar que morreram tal é o seu grau de atraso e perdição.

Todos formam um imenso estrado de sofredores onde, a começar de algum ponto que possa ser considerado um mérito, estas almas começarão a ser socorridas e, a partir desta simples intervenção, nasce a ciência da liberdade do espírito, pois o períspirito se funde com a alma, e aí o etérico devolve as lembranças, e a fácil compreensão na sua transformação abrevia o momento da surpresa e, ao mesmo tempo em que recupera a presteza do raciocínio, já vem compreendendo as razões e se dispõe com a resignação e a coragem para enfrentar as novas provas em nova existência.

Estas recuperações, entretanto se realizam, às vezes, em condições que parecem, mas não são casuais. E outras, em mansões espirituais, onde são aplicadas curas e ensinamentos, através dos quais são revisados e revistos os planos de existência em relação às dívidas retribuidoras das ofensas, etc., mas vista assim, a morte não é o fim da vida, porém parte dela. Dessa forma, são muitos os que voltam em várias condições, pois a Terra recebe de volta espíritos ou almas, entre os velhos e novos, preguiçosos, céticos, orgulhosos, supersticiosos, fracos, etc. Estes são os estigmas estabelecidos pela justiça cósmica e repartidos de acordo com a missão regeneradora de cada um, que na vida futura já são registrados na aura.

Então a morte não é o fim da vida, mas através dela é que volta muitas vezes a saúde e novas condições e outras possibilidades. Entretanto, muitos dos que vão e dos que ficam não sabem aceitá-la. Há jovens e velhos, sãos e doentes, feios e bonitos, pobres e ricos que morrem, gente que acorda de manhã e à noite já está sendo velada no contexto das doenças, acidentes, partos, infecções, conflitos, etc., porque todas as pessoas são espíritos encarnados e todos os espíritos são subordinados às leis da metafísica, de causa e efeito, de Talião, e da evolução, enfim do seu Carma.

Porque muitos simplesmente não entendem que todas as vidas são provisórias e ligadas a histórias maiores. Como consequência disso, se lhes torna difícil aceitar a perda de alguém próximo e querido, pois se entregam ao desespero e tornam-se irracionais, porque não sabem que ninguém morre em definitivo e que, com a sua postura, podem até afetar o espírito daquele que faleceu. Dizem os espíritas que morrer aqui é nascer no Astral, onde o espírito é recebido pelos amigos, com festa reservada a quem nasce lá, mas já vimos que não é assim tão fácil, porque este fato está subordinado ao grau de evolução em que acontece, e daí a morte pode vir a ser um prêmio, ou então um castigo ou uma grande penalização.

Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA

Nenhum comentário:

Postar um comentário