Allan
Kardec se apresentou com o seu codificador, Hippolyte Denizard Rivail, no
lançamento do seu trabalho na França, em meados do século XIX, afirmando a
realidade desse mundo dos espíritos, como um fato científico baseado numa
filosofia como a doutrina cristã, ampliada numa atualização aos seus tempos, e
nas subentendidas instruções dos espíritos, já de inspiração cármica, que se
contemplam nos contextos doutrinais védicos e orientais, nos quais sabemos que
se respalda a origem da doutrina Mosaica e a Cristã.
Nisso
apresenta a reconstrução do evangelho segundo o espiritismo, que se define a
partir daí como kardecismo, que reafirma as bases espirituais da doutrina
cristã e segue estas pegadas originais. Da mesma forma que, degrau a degrau, o
cristianismo elevou o contexto espiritual das pessoas, também por degraus o
kardecismo encaminhava nesta obra, a sua contribuição para esclarecer o
obscurantismo mais que milenar implantado pela igreja católica.
O
kardecismo começou então a ser conhecido onde nasceu, na França, mas os que
aderiram nos primeiros tempos eram curiosos, que fugiram com a primeira reação
da igreja. Os que aderiram ao seu contexto geral, dos que voltaram depois,
foram muitos que não o compreenderam bem, isto é: - não sentiram a obrigação de
esclarecer os menos evoluídos, e nunca hostilizaram ninguém e nem exigiram de
si mesmos uma exclusividade ideológica. A maioria, frequentando ao mesmo tempo
o centro espírita e a igreja do bairro, realizava um exercício doutrinário
confuso. Revelavam nisso mais a clara influência católica que receberam, e um
fascínio pelo espiritismo sincrético e por que não, pelo próprio Kardec.
Assim
é que este espiritismo é exercitado, pelo entendimento de pessoas de preparação
espiritual bem superficial, em que não existe uma representatividade
hierárquica ou personalidade que assuma esta representatividade perante o
mundo. Neste contexto, que pode definir-se como transitório, chega-se aos dias
de hoje com a sua definição, e aí nasce a LITÁURICA.
A
LITÁURICA é uma filosofia espiritualista subordinada às verdades das ideologias
“védica, crística e espírita”, que se une neste contexto, na instauração da
Religião Única e Universal. A LITÁURICA, nos planos espirituais nasceu em 25
de dezembro de 1986, para assumir em si mais tarde, a mais elevada expressão
espiritual da humanidade. Não é partidária, mas real e através desta ascende
se à vida eterna evolutiva, nos contextos da antiga universalidade. Degrau
evolutivo que muitos espíritos nos planos espirituais já estão se aprontando a
galgar para retornar, porque muitos também já passaram a fazer parte. Neste
contexto se definem novos conceitos como caridade e carma, em que aquele que
podia fazer e não fez se posiciona com quem não faz, ao mesmo tempo em que não
exigir de si mesmo uma exclusividade ideológica demonstra claramente incerteza,
pois isto não é nem fé e nem evolução e não predispõe a galgar o degrau
evolutivo que desliga definitivamente das exigências da matéria.
Nesta
se confirma a trindade humana, do corpo físico, do astral e seu espírito, a
reencarnação sem juízo final até o Juízo Final, inferno ou paraíso, ou penas
eternas, etc. Onde o espírito se purifica e se desenvolve na medida em que se
reencarna nas diferentes e sucessivas existências materiais. Onde, porém, o
espiritismo encontra a sua exata colocação cármica e a dor e o sofrimento tornam-se
abrandados no seu entendimento e pelo esforço dos trabalhos reformadores e
humanísticos em prol do bem- estar comunitário.
Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA
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