A
faculdade mediúnica, sob este aspecto, não é mais que um meio para o Plano
Espiritual exercer o plano cármico. Mas, sempre houve nisso uma ligação não bem
compreendida com o oculto, e daí o homem sempre se condicionou com este
argumento, ainda ligado aos rastros da vida material, com os contextos religiosos.
Mas é um grande erro crer que seja só por meios mediúnicos que estas ações
corretivas sejam realizadas. Podem ocorrer por muitas maneiras, mais ou menos
ocultas, que o homem ainda tem dificuldades para compreender.
Estas
correções acontecem a todo o momento e são de todos os tipos: mesmo os que
nisso não acreditam, ou tenham outras crenças e convencimentos e nem se
preocupam com o contexto todo, são ainda atuados e condicionados da mesma
forma. Não há defesas específicas contra isso, e a única forma de precaver-se é
conhecendo estes fatos.
Esta
“faculdade” mediúnica é radicada em todos os organismos, e em alguns de forma
mais evidente, e isso independe dos valores morais ou religiosos, mas pode
estar relacionado a um passado muitas vezes religioso. Há uma relação nisso que
esta característica tem com o contexto religioso, é um atraso e os espíritos
dizem que as pessoas têm este dom porque dele precisariam para corrigir-se dos
defeitos espirituais e seus caracteres, e também em relação à folha corrida do
passado.
Mas
foram muitas as pessoas que se desviaram destes contextos, para agravar ainda
mais o problema, desperdiçando assim esta possibilidade de recuperação. Pois
ter mediunidade, hoje, é só uma forma de ajudar estas entidades ainda não
evoluídas, num contexto de dívidas que envolvem o espiritualismo do médium. É
também um contexto de interferências com imperfeições morais, que são como
portas abertas para o acesso destas energias que agem na aura e interferem com
a estabilidade psicoemocional, à procura de um caminho que virá só nos
contextos doutrinários.
E
o que mais interfere nisso é o orgulho do médium, condicionado ao seu fanatismo
e superstição, postos no seu contexto religioso.
O
orgulho do médium, desta forma, age contra a sua recuperação, e nisso até a
sociedade o influencia, pois que, nesta mediunidade, muitas vezes se cria até
um prestígio profissional, ocorrendo um deslumbramento por contextos
religiosos, que desperdiça a sua possibilidade de recuperação. Esquece-se nisso
de ser simplesmente o portador do problema mediúnico e, como tal, centro de um
problema que envolve a si mesmo e as entidades espirituais que criaram o
problema. É aí que surge a necessidade da figura do diretor do trabalho
mediúnico, do técnico, pois sempre foi um erro acreditar que é preciso ser
médium para atrair os seres do mundo invisível, eles povoam os espaços e sempre
os temos a nossa volta intervindo, seguindo-nos ou evitando-nos. Conforme
atraímos uns, automaticamente repelimos outros.
A
“faculdade” mediúnica em nada influi nisso, as comunicações serão de acordo com
o objetivo dos obsessores forçados pela espiritualidade, quando está conforme
com as evocações do diretor da sessão e da assistência: o médium é, nisso,
simplesmente a parte visível, que suporta a plêiade de suas entidades carentes
de evolução. Entretanto, estas serão simpáticas ao médium porque, para o mal ou
para o bem, são ligadas a ele.
É
por aí que se vê a influência e a natureza das manifestações, sempre cármicas,
mas que, às vezes, são precursoras e outras se manifestam à procura do
esclarecimento e valores espirituais que ainda não encontraram.
Entretanto esta faculdade é muito mais rara do que se
acredita, pois a maior parte dos médiuns são simples portadores de problemas
mediúnicos da sua própria aura.
Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA
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