sábado, 6 de julho de 2013

A MEDIUNIDADE

A faculdade mediúnica, sob este aspecto, não é mais que um meio para o Plano Espiritual exercer o plano cármico. Mas, sempre houve nisso uma ligação não bem compreendida com o oculto, e daí o homem sempre se condicionou com este argumento, ainda ligado aos rastros da vida material, com os contextos religiosos. Mas é um grande erro crer que seja só por meios mediúnicos que estas ações corretivas sejam realizadas. Podem ocorrer por muitas maneiras, mais ou menos ocultas, que o homem ainda tem dificuldades para compreender.

Estas correções acontecem a todo o momento e são de todos os tipos: mesmo os que nisso não acreditam, ou tenham outras crenças e convencimentos e nem se preocupam com o contexto todo, são ainda atuados e condicionados da mesma forma. Não há defesas específicas contra isso, e a única forma de precaver-se é conhecendo estes fatos.

Esta “faculdade” mediúnica é radicada em todos os organismos, e em alguns de forma mais evidente, e isso independe dos valores morais ou religiosos, mas pode estar relacionado a um passado muitas vezes religioso. Há uma relação nisso que esta característica tem com o contexto religioso, é um atraso e os espíritos dizem que as pessoas têm este dom porque dele precisariam para corrigir-se dos defeitos espirituais e seus caracteres, e também em relação à folha corrida do passado.

Mas foram muitas as pessoas que se desviaram destes contextos, para agravar ainda mais o problema, desperdiçando assim esta possibilidade de recuperação. Pois ter mediunidade, hoje, é só uma forma de ajudar estas entidades ainda não evoluídas, num contexto de dívidas que envolvem o espiritualismo do médium. É também um contexto de interferências com imperfeições morais, que são como portas abertas para o acesso destas energias que agem na aura e interferem com a estabilidade psicoemocional, à procura de um caminho que virá só nos contextos doutrinários.

E o que mais interfere nisso é o orgulho do médium, condicionado ao seu fanatismo e superstição, postos no seu contexto religioso.

O orgulho do médium, desta forma, age contra a sua recuperação, e nisso até a sociedade o influencia, pois que, nesta mediunidade, muitas vezes se cria até um prestígio profissional, ocorrendo um deslumbramento por contextos religiosos, que desperdiça a sua possibilidade de recuperação. Esquece-se nisso de ser simplesmente o portador do problema mediúnico e, como tal, centro de um problema que envolve a si mesmo e as entidades espirituais que criaram o problema. É aí que surge a necessidade da figura do diretor do trabalho mediúnico, do técnico, pois sempre foi um erro acreditar que é preciso ser médium para atrair os seres do mundo invisível, eles povoam os espaços e sempre os temos a nossa volta intervindo, seguindo-nos ou evitando-nos. Conforme atraímos uns, automaticamente repelimos outros.

A “faculdade” mediúnica em nada influi nisso, as comunicações serão de acordo com o objetivo dos obsessores forçados pela espiritualidade, quando está conforme com as evocações do diretor da sessão e da assistência: o médium é, nisso, simplesmente a parte visível, que suporta a plêiade de suas entidades carentes de evolução. Entretanto, estas serão simpáticas ao médium porque, para o mal ou para o bem, são ligadas a ele.

É por aí que se vê a influência e a natureza das manifestações, sempre cármicas, mas que, às vezes, são precursoras e outras se manifestam à procura do esclarecimento e valores espirituais que ainda não encontraram.

Entretanto esta faculdade é muito mais rara do que se acredita, pois a maior parte dos médiuns são simples portadores de problemas mediúnicos da sua própria aura.

Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA 

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