A
lei do amor foi instrumentalizada, mas serviu, pois hoje muitos dos povos cristãos evoluíram por si mesmos e têm condições de compreender o engano que
sofreram. Pois o ser dimensional encarna na terra para progredir e tornar-se um
espírito e, para alcançar este objetivo, deve saber que está sujeito às leis
físicas e metafísicas e demonstrar que entendeu o contexto, realizando da sua
vida uma boa obra, estando esta favorecendo o progresso comunitário. Foi
condicionado aos cultos, mas ser útil à comunidade é rezar? A obra dignifica o
homem e é boa quando ele faz isso conscientemente, isto é: - evoluindo o seu
espírito quando visa a ser útil, como um pássaro que espalha a semente para
manter a vida e controlar a praga, mas entendendo que se ele passasse a vida
somente cantando não serviria para nada.
Pois
qual significado teria a vida, se fosse dedicada exclusivamente ao sucesso na
terra? Que importância terá isso na evolução e na reencarnação? Visando
exclusivamente os meios para alcançá-lo, são muitos os que assim se descuidam
dos direitos alheios, ativando dessa forma as leis da causa e efeito. Muitas
das grandes personalidades do passado amargam depois as expurgações que isso
lhes irá gerar nas vidas sucessivas. Sabemos assim que muitos dos grandes
construtores do passado hoje não podem entrar nas obras que construíram, nem
pela porta de serviço, e muitos que escreveram grandes obras hoje não as
entendem mais. Por que isso? Pagaram a colaboração que receberam da Natureza
para viver de que forma? Rezando?
Enfim,
vieram a este mundo para quê, se não entenderam? Encarnaram e reencarnaram e
quantas vidas penalizadas deverão ser vividas para compensar um dia vivido
naquele excesso? Certamente não valeu a pena e muitos nem perceberam o
desperdício, mas hoje o ser é chamado para passar a fazer parte da “Nova Era”,
da nova sociedade humana, consciente de não fazer parte desta ou daquela
religião, mas da criação, feita para progredir e sempre visando o bem de todos.
Onde
cada um é chamado a ser o sacerdote do seu lar, e a viver os conceitos
combinados e juntos, simultâneos com a lei do amor, do amar a Deus acima de
tudo: - “que é o Todo da natureza, do ar, da água, da lua, da terra, do
Universo, etc., Senhor das leis da vida e da causa e efeito físicas e
metafísicas, que são inalteráveis, e supervisionam para que a lei seja cumprida
e respeitada, na perseguição cármica dos que não a cumpriram ou
desrespeitaram”. E da segunda parte que diz: - “fazer aos outros, o que
queremos que os outros façam para nós”. E onde cada um deve ainda combinar-se a
isso, trazendo a harmonia, a paz, o esclarecimento de que precisa o socorro
mútuo de irmão para irmão e as responsabilidades individuais intransferíveis,
como intransferível é essa participação na vida de cada um.
Desse
modo não adianta pagar dízimos na conversão, porque isto deve ser feito para
cada um que do seu plantio queira recolher os seus frutos, pois se cada um
planta um pouco do que tem para continuar tendo no futuro, terá sempre, e do
excesso poderá até doar um pouco. Mas se descontar disso uma parte para os
outros plantarem, não conte de ter algum retorno para isso. Neste contexto o
homem queria sustentar a evangelização, mas sustentou a ganância e incentivou o
atraso, porque se ninguém pode respirar para outro, há coisas que não podem ser
pedidas a outros e cada um deve fazer para si. Mas isto é passado, e a palavra
de ordem agora é evolução, e fora disso não é problema de salvação, mas de
continuar aqui.
Do Livro: O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA
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