“A alma não precisa de elevação espiritual, uma vez que é pura”. É o corpo que necessita ser purificado, uma vez que foi esta a intenção do Criador ao criá-lo. “O corpo queima para que o espírito se purifique”.
Nestes contextos se encontram o ponto inicial e final da evolução espiritual, mas de onde é que estes conceitos nasceram? Da Cabala, velha como este mundo, que se utiliza da divisão em mundos, para determinar as suas dimensões na realidade cósmica.
Estes mundos são: o mental, da lógica ligada ao materialismo, e onde as religiões primitivas basearam o seu fundamento. O espiritual, mas só simbólico, e onde se deduz: - quem somos nós, para poder acrescentar alguma coisa ao Cosmo, ou ao Universo? O da conexão, das emanações, isto é, do progresso na ação, mas sem representação dos ganhos. O emocional, mundo da formação do tesouro interno.
Aí está a última dimensão do nosso objetivo, que também se expressa como sustento, no espaço do tempo e na oportunidade, a partir de um nosso passado emocional, isto é, em miúdos: - o nosso investimento em Deus, que significa em contexto real, “magnetismo consequente do trabalho realizado na lei da solidariedade, ou amor ao próximo, vinculado ao trabalho real, que se liga na lei do retorno, ou à causa da miséria”. Mas há necessidade de acreditar em Deus, nas Suas Leis e na continuação da vida na reencarnação.
Neste trabalho de solidariedade paga-se o direito à existência, e nisso Deus garante o “sustento”, e isto indica que o raio de ação da órbita do retorno deste investimento é combinado com o nosso retorno à matéria. Veja-se o exemplo: Quando alguém passa parte de seu tempo para escrever um livro de utilidade sobre a filosofia espiritual, há um mérito embutido nisso, pois no caso estabelece relações com o que o tornou possível, e esta relação está nos investimentos no passado. Mas é uma forma condicionada à órbita do retorno, da mesma forma que é trabalho contemplado na lei da solidariedade de agora, e vale como investimento para o futuro.
Se este alguém dedicasse o seu tempo ao ócio, ao lazer ou aos exercícios aeróbicos de culto ao corpo, ou objetivando ao aumento de seu patrimônio, não faria investimentos na lei do retorno, onde ninguém teria compromissos com o seu “sustento”.
A partir deste conceito primário material, o enriquecimento material e o culto baseado no materialismo é um mau negócio, pois deixa de ser básico, o que se torna perceptível à medida que as etapas de vivência da alma são completadas, e onde esta se encontra com o seu limite e, quando entende este conceito, entra no enriquecimento da alma.
A partir deste conceito primário material, o enriquecimento material e o culto baseado no materialismo é um mau negócio, pois deixa de ser básico, o que se torna perceptível à medida que as etapas de vivência da alma são completadas, e onde esta se encontra com o seu limite e, quando entende este conceito, entra no enriquecimento da alma.
É aí, inclusive, onde se vai emendar outra lei que diz: “É melhor fazer nada do que tornar nossas riquezas em nada”. E depois, alguém que grande riqueza tivesse, conseguiria levar consigo uma moedinha destas além da vida material? Mas, em sã razão, poderia renunciar por isso ao seu futuro sustento?
Entretanto, nem sempre aquele que tem, tem. Como nem sempre aquele que não tem, não tem. Por isso, enquanto não conseguirmos mergulhar fundo nestas leis cósmicas, continuaremos presos às confusões, às leis da matéria e ao paradoxo, portanto imobilizados em nosso crescimento espiritual.
Quantos recursos, tempo e sofrimentos são perdidos neste processo, por não sabermos medir as consequências do que fazemos? - (do livro O EVANGÉLHO SEGUNDO A LITÁURICA).
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