Espiritismo é o despertar do ser humano consciente e inteligente, para as verdades das quais ele antes sempre fugiu. No jogo de seus mitos e encenações teatrais, só tem a prova de que as cerimônias suntuosas, os enterros espetaculares, de nada valem para os mortos que voltam depois, nas sessões espíritas, perdidos, necessitados de uma gota de humildade e esclarecimento para apaziguar-se. Por isto, o que adiantam as recomendações dos cadáveres, as missas e os te-deums solenes, oficiados pelos hierofantes das religiões? Abandonem as trapaças e os dogmas! Não procurem, porém, novas formas de religiões para continuar com as mesmas falsidades, malabarismos e comércios, que continuarão levando todos a lugar nenhum.
Não vamos comparar a submissão do crente ao fanatismo do dogma, e ou da prática mediúnica do espiritismo, com um saber provado e comprovado pelo bom senso e cientificamente. Pois os fatos espíritas hoje são comprovados pela fotografia da aura, na qual se dimensionam e onde se prova ainda que a reencarnação exista como também existem as perseguições dos mal feitos em vidas além do túmulo, que levam ao mediunismo. Porque esta tem validade espírita, não aquela forjada no contexto dos médiuns, que é realizada por novos políticos compromissados com o poder material.
Os pesquisadores livres, responsáveis, têm provas destes tipos de manifestações já nas antigas civilizações, como a egípcia, a sumeriana, a mesopotâmica, etc., pois as interferências com os direitos alheios já existiam, e as suas cobranças áuricas na lei da causa e efeito ou de Talião também. Nenhuma outra crença no mundo é mais antiga, porém o ser humano sempre foi leviano e passou por cima e incólume por suas investigações, porque nisso sempre se escondeu.
Foram promovidas pesquisas por grandes cientistas que a contestaram, porém em nome da ciência por sua vez condicionada, mas quase todos foram obrigados, até por condições próprias, a proclamar essa realidade às vezes vivida, comprovante desta verdade e a curvar se a ela. Por isto, os espíritas não podem ser considerados em paridade aos profissionais das religiões, ao contrário, porém, cada um deles tem nisso as suas experiências diretas e daí as suas responsabilidades, e por serem portadores destas consequências, que manifestam nas suas sensações, também devem curvar-se a elas. Assim é que a eclosão arrasadora da toxicomania, as tragédias deste século, as conflagrações mundiais, o desencadeamento da violência, a devassidão homossexual, a explosão ridícula das seitas, a sobrevivência das congregações e os desajustes de uma civilidade em conflito, a incompreensão de suas raízes selvagens, etc. Tudo isto é, de certa forma, imputável a esta irracionalidade espírita.
Isso demonstra que todo espírita que doutrina os mortos, que se entrega ao fascínio desse espiritismo na forma simplória, ou segue uma religião preconcebida, é um inconsciente, por não emendar nisso a própria irracionalidade. Não entende que não podem ser combatidas as práticas sincréticas e supersticiosas e nem as inculturas das maiorias, sem o esclarecimento doutrinário ao homem vivo, em função dos fatos que ali se enxergam.
As criaturas precisam de uma concepção mais clara e precisa, e têm de ser postas a par da realidade da vida humana na Terra. Todo o esforço deve ser feito, não só para praticar, mas para sustentar e manter a difusão, além de manter a integridade da sua doutrina livre da superstição e do condicionamento da igreja. Mas não se podem superar heranças mágicas e religiosas seculares, em um simples passe de mágica. Se estas fazem parte do espiritismo, são necessários esforços, mudanças e contribuições reais, não explorativas, pois sem estes tudo fica preso a uma visão trágica e desoladora do mundo e desta sua vida. Esta, inclusive, é a hora da escolha, pois ou reage, ou o espírita ficará no passado, apegado ao materialismo dos rituais e dos indivíduos supersticiosos, que os mantêm na massa dos condicionados que de nada valem.
A Terra se abre para o progresso e o infinito, suas pétalas de luz indicam os rumos das constelações, onde há outras humanidades. Com essa humildade e não com inovações pretensiosas, podem começar a lutar, juntar-se aos litáuricos. Sem esta transformação, poucos poderão pisar o limiar da “Nova Era”. Sem meios reais e sem a colaboração consciente e espontânea das pessoas e também dos espíritas, grande parte da Humanidade ficará bloqueada e os espíritas nisso só acarretarão seu concurso nesta culpa, pois deveriam ser já bem mais adiantados nisso. - (do livro O EVANGELHO SEGUNDO A LITÁURICA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário