Na natureza humana existem almas novas, almas renovadas e espíritos saídos recentemente do embrutecimento. Espíritos que passaram por sofrimentos, degradações, desânimos, alegrias, lampejos, quedas, êxtases, felicidades, tristezas, glória e martírios. Espíritos cujos sofrimentos foram frutos de seus excessos, e os que os horrores da morte arrojaram no terror da morte e do arrependimento. Todos regulados pela lei cósmica de Talião: do dente por dente, do carma. Na união, na fraternidade deste trabalho litáurico, ampliamos aqui o nosso pensamento, e fazemos com que baixem, entre as sombras da ignorância espiritual, onde vivemos, e entre as paixões da superstição, a tranquila claridade, rasgando o véu que nos esconde o Criador. Rezamos para que seja permitido que esta claridade acalme os nossos males e nos dê o bálsamo do consolo, onde possamos nos reencontrar.
Nostradamus foi um médico e vidente, que viveu na França, em 1550, e profetizou muitos acontecimentos que desde aquela época os homens viram suceder-se no mundo todo. Tomou fama por isso e veio a ser respeitado nas suas previsões, e com elas vaticinou o fim dos tempos em outubro 1999 - o que determinou numa frase bastante conhecida, “mil e não mais mil anos”, que se referia ao ciclo da igreja. Depois esta teria sucumbido ao mar e sucumbido ao Anticristo que, segundo ele, viria do mal para acabar com a Igreja. Pois para ele, apesar de viver os tempos da inquisição católica que aterrorizava o mundo, queimando e torturando milhares e milhares de pessoas, a igreja, que ainda explorava milhões e milhões de pessoas, era o bem, e qualquer coisa que viesse a ameaçá-la era mal. E imaginou que esta figura teria vindo da Mongólia ou do mundo do Islão, entre os muçulmanos.
Depois teriam vindo duas figuras místicas, Enoque e João o Batista, o precursor do cristianismo, companheiro de Jesus. Mais ou menos isso, é muito confuso, pois a confusão já vem pela sua crença, porque não considerava alternativa a “heresia da reencarnação” que ainda existe nela. Estes acontecimentos viriam no limiar dos tempos e estes, os estamos vivendo hoje. Onde podemos conferir e determinar que queimar pessoas em praças públicas, que ele desconsiderava, para nós hoje, não mais consideramos como coisas boas. Começamos a fazer indagações, descobrindo outras coisas não muito boas, que ele não podia saber, porque teria de pesquisar o passado em vez de prever o futuro, e não podia porque estes que queimavam as pessoas, também queimavam todos os livros e relatos e os escritos destes acontecimentos.
Mas, garimpando nisso, viemos a descobrir também que este Cristo da igreja pouco tem a ver com o verdadeiro. O Jesus carpinteiro que morreu na cruz é outro, o verdadeiro, e aquele da igreja vieram a ser forjado junto com a espada romana, acostumada a queimar as pessoas. E descobrimos mais, pois hoje, neste mundo, há milhões e milhões de pessoas que, se pudessem escolher, talvez escolhessem as fogueiras ao invés de viver a vida e seu futuro. Isto é uma consequência, que a ação e a influência desta política da igreja e do seu Cristo lhes proporcionaram, pois acontece que esta não é a igreja de Deus, mas a “Católica Apostólica Romana”, nascida em Roma, bem depois dos apóstolos e com finalidades específicas que nunca foram humanitárias. Foi criada especificamente para manter a ordem nas dominações das terras conquistadas por Roma. Sua finalidade era e sempre foi acumular riquezas para manter as luxúrias e o luxo da sua corte, e é o que esta Igreja procura fazer até hoje, instrumentalizando até a caridade pública.
Roma, a capital do império romano, se tornou cidade eterna e sede da santidade, mas também descobrimos que santidade é outra coisa, pois esta queimou, perseguiu, fomentou guerras de irmãos contra irmãos em nome de um Cristo que existiu certamente, mas mártir desta sujeira que sempre foi só uma extensão do poder romano. A história sempre rende justiça aos fatos, e hoje podemos ver que esta gente queimou muita coisa escrita para esconder os seus crimes, mas alguma coisa se salvou. Podemos reconstruir que os fatos principais desta história começam no ano 325 D.C., quando o imperador Constantino decidiu tomar conta do cristianismo que, depois dos apóstolos, desandava. O cristianismo não era uma religião poderosa, mas podia vir a ser, se no lugar da resistência passiva a ser sustentada pelo amor, viesse a ser sustentada pela espada romana.
Esta história começou lá e é bem ardilosa, já de início, vindo depois a ser sempre melhorada, e até hoje se descobrem ainda escritos de concílios que nunca existiram. E milagres, quantos milagres, que produziram as desgraças em que o mundo se encontra hoje, e os espíritos perdidos que se encontram de todos os lados, que iriam continuar aqui, se neste limiar dos tempos não tivesse sido enviado novamente um Reformador para acabar com isso tudo.
Do livro: O EVANGÉLHO SEGUNDO A LITÁURICA
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