segunda-feira, 20 de junho de 2011

INJÚRIAS E VIOLÊNCIAS

No século VI os homens, julgando-se capazes de dirigir a humanidade, ousaram mudar os preceitos das leis divinas. Discutiram o poder soberano de Deus e, para tornar o papado firmemente estabelecido, os cristãos foram obrigados a optar entre renunciar à própria integridade, aceitando os cultos e as cerimônias pagãs papais, ou passar a vida nas masmorras, ou sofrer a morte pela machadinha do verdugo, pelo instrumento de tortura, ou ainda perecer nas fogueiras.

Para realizar este assentamento, desencadeou-se a maior e mais furiosa das perseguições, e o mundo tornou-se um vasto campo de batalhas. De um lado, estavam aqueles que sustentavam o bem e as reformas do verdadeiro cristianismo; do outro, novamente o retorno ao paganismo e ao obscurantismo.

Os espíritos mais independentes se inutilizavam nas orgias, ou davam demonstrações de si com ações miseráveis, os menos irreligiosos se sustentavam com instituições em injúria a Deus. Neste Dédalo herético, monstruosos erros e desprezíveis absurdos começaram a gerar as paixões fanáticas que, em nome de Deus, desfecharam em delinquente concupiscência.

Por isto, até hoje, a doutrina de Jesus é mal conhecida, ao ponto de Ele ser considerado Deus por alguns, um louco por outros, um mito pelos demais, e o paganismo mais obscuro cedeu lugar ao papado, que fixou a sua sede na cidade imperial e se declarou: “A cabeça visível da Igreja de Cristo é o representante de Deus na Terra”. Mas esta não é a obra do Mestre Primordial, é o dragão da ignorância que deu à Besta: “O seu trono e grande poderio”. (Apocalipse l3:2) Foi o meio dia do papado, mas as trevas passaram a dominar na Terra, e estas forças, geradas pela ignorância, voltaram a estender-se hoje sem impedimentos, submetidas a chefes impiedosos e autoritários, que agem eficientemente em legiões organizadas e disciplinadas. Hoje agem no plano humano e no sub astral, infestam as sessões de macumba, dos feiticeiros, cercam os terreiros e, com a mesma facilidade, penetram igrejas onde se sentem em casa, e invadem o espiritismo em todos os níveis.

Este mal se encravou na natureza humana e é o resultado da ignorância, da paixão e do fanatismo, portador de impurezas e dos sentimentos narcisoides da falsa humildade. Nisso, muitos destes fanáticos são apoiados por correntes malignas, tenebrosas e assombrosas, criadas também por um sem número de componentes destas religiões distorcidas que, nisso, adquirem grandes capacidades de penetração.

Estas forças agem no contexto das sociedades e em todos os seus segmentos, nas ruas, nos lares, e nos diversos setores das atividades humanas. Obcecam, perturbam milhões e milhões de pessoas e, com o proliferar de seitas e congregações, centros de espiritismo misturados com o africanismo, se tornam sempre mais intensas e poderosas, e sempre mais numerosas as suas atividades.

Quem poderia, então, segurar tudo isso? Quando o próprio espiritismo, em geral, é feito disso, e o cristão, já não está mais seguro nem na sua casa ou nas suas sessões. O reino da igreja sucumbirá ao mar... E a transmigração das almas já está bem próxima... Foi dito há tempo.

Ainda há tempo? Se há, é preciso introduzir, agora, reformas aprimoradas e clareza de ideias, e um imediato retorno à liturgia original do cristianismo que se identifica com a “Mesa de Orações Litáuricas”.

A aplicação da disciplina LITÁURICA nos seus preceitos, no contexto da recuperação e da organização das forças já em bom estágio de evolução, visando com isto proteger das perturbações os próprios litáuricos, pois estes se defrontariam com os mesmos problemas que hoje acometem os espíritas, variando desde o simples encosto, até formas mais avançadas de obsessão. - (do livro O EVANGÉLHO SEGUNDO A LITÁURICA). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário