segunda-feira, 3 de outubro de 2011

VIDA DE JESUS DITADA POR ELE MESMO - 2ª PARTE - CAPÍTULO X - RESUMO

Tem-se dito que o cumprimento das profecias só o é em aparência; pela convenção que se fez dos fatos com elas. Assim também tem-se dito que somente a credulidade em Jesus concebeu o cumprimento das profecias e o acontecido com Jesus.
Mas eu digo-vos que tudo quanto há de acontecer, designado com antecipação se descobre no ambiente espiritual, podendo, portanto discerni-lo todo o espírito de alguma penetração, ainda que não seja espírito do Senhor, senão espírito das trevas.
Não é, portanto a profecia o que chamar se possa um milagre, o qual não existe, senão a previsão do que há de acontecer, porquanto designada está já muito antes sua época para todo o acontecimento.
Em minhas visões muitas cousas chegaram certamente ao meu conhecimento que somente havia de ter lugar no porvir. Assim também acompanhava-me especial dom para o conhecimento dos homens, o qual me serviu para escolha de meus apóstolos, entre os quais, se certo é que um traidor houve, mais foi ele vítima de circunstâncias, que não soube vencer, que de natural disposição à falsidade e à maldade.
Assim, bem foram escolhidos os que em minha obra santa me deviam acompanhar. Eles foram propriamente os eleitos porquanto, como já vos disse, uma só família com Jesus formaram.
Os habitantes de Nazareth, que, por conhecerem meus pais e meus irmãos, escarneciam de minha filiação divina, alcunhavam-me o Filho do Homem, sendo nisso acompanhados por meus próprios irmãos, que em certa ocasião chegaram até a intentar fazer-me passar por louco com o auxilio também de minha própria mãe. Certamente na primitiva incredulidade de Maria muito havia do amor materno que queria ocultar a perigosa realidade a seus próprios olhos e desviar-me da rota em que me via colocado. Mas quando a luz, que do alto para os mortais baixa, principalmente veio iluminá-la, ela com sublime resignação aceitou tudo o que o amor de mãe lhe fazia descobrir como perigos e sofrimentos que por seu filho adorado devia passar.
Por fim, de meus irmãos partiu ainda a ideia de fazerem-me passar por louco, mas não já com o propósito do escárnio, mas com o afetuoso desejo de minha salvação, e com tal objetivo desesperados esforços fizeram em meu favor, prejudicando talvez, ainda que involuntariamente, a missão de Jesus.
Apesar de muito me ajudarem meus apóstolos no ensinamento e divulgação do que lhes encomendara, sua obra era deficiente porquanto, como já vos disse, longe se encontravam da elevação da alma e da inteligência precisa e mais longe ainda encontrava-se seu auditório. A vontade, porém, jamais eles a tiveram de menos, o que principalmente demonstram ainda depois de minha morte. Mas a obra da redenção humana a eles não foi encomendada e sim ao Messias, que à sua frente há de encontrar-se ainda durante muitos séculos. Com muitos defeitos, portanto, transmitida vos foi a palavra de Jesus. Mal compreendida, malconservada, pois que de simples memória foi durante muito tempo e mal transmitida, somente suas cinzas até vós chegaram.
Meus apóstolos, tão pobres de instrução como ricos de fé, muito fizeram certamente na sementeira que lhes encarregara em nome do Pai, mas não podiam oferecer de si o que não tinham, isto é, a sabedoria, que acrescentada a fé e aos sentimentos de amor que o Filho de Deus lhes inspirava com sua palavra e com seu exemplo, muita grandeza teriam dado à predicação das doutrinas que reveladas eram à Humanidade por sua mediação.
Do livro: VIDA DE JESUS DITADA POR ELE MESMO – Páginas 349 a 352

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