Irmãos meus: A predicação de Jesus, já vos disse, sofreu alteração desde seu começo, pelo atraso dos homens que mal a compreendiam e pelo próprio fanatismo e ignorância dos apóstolos, quando a obra do Messias foi substituída pela de seus discípulos depois do cruel sacrifício no Gólgota.
Assim, pois, se sempre falei do meu Deus e do nosso Deus, se em cada instante dei provas de minha completa submissão ao Pai, que me enviou e nada disse de nenhum Espírito que não fosse significação do espirito de luz, espírito de graça ou espírito de verdade, não “Espírito de Verdade” e tampouco “Espírito Santo”, como mais tarde se acrescentou, por que se tomam de minhas palavras tão estranhos ensinamentos, formando três Deuses, para virem a ser finalmente um só Deus, dando-me, a mim próprio, culto divino e fazendo do que chamado é em geral Espírito, uma pessoa com o Espírito Santo?
Quando foi dito por Jesus: de seu nascimento de uma virgem, por obra do espírito, de sua essência como segunda pessoa da Divindade e de seus muitos milagres, endireitando aleijados, fazendo caminhar os paralíticos, dando vista aos cegos, ouvidos aos surdos e ressuscitando os mortos, tudo o que referido é já da pessoa de Cristna?
Quando dito foi por Jesus alguma cousa referente à morte dos inocentes (que não sucedeu), mandada por Herodes e que referido se encontra já com relação ao nascimento do mesmo Cristna?
Não deis importância à forçada semelhança de dois nomes escritos em idiomas diferentes, diversamente pronunciados e habilmente acomodados para trazer confusão entre os crentes, pelos que não o são.
Assim, portanto, não vos deixeis levar pelas estranhas fantasias que vieram lançar sobre a obra de Jesus as aparências do mito, mediante maliciosas confusões entre o que realmente, se disse e se fez em nome do Pai e o que se acrescentou de fabuloso e sobrenatural.
Do livro: VIDA DE JESUS DITADA POR ELE MESMO – Páginas 421 a 423
Nenhum comentário:
Postar um comentário